domingo, 17 de janeiro de 2016

A LAMA DA MÍDIA

                       ARAÚJO AO  247 : ÉPOCA  DEVE   INVESTIGAR SEUS PATRÕES
                       Paulo Moreira  Leite
:
"Horas depois que a revista Época chegou às bancas, neste sábado, com uma capa tão escandalosa como vazia contra o advogado Carlos Araújo, que foi casado com Dilma Rousseff e é pai da filha de ambos, Paula, ele deu uma pequena entrevista ao 247.
Araújo bateu duro, realizando um contra-ataque contra os donos da Globo, proprietária da Época: "A revista deveria preocupar-se em esclarecer por que seus patrões resolveram viver homiziados em Miami, cidade que é um dos endereços preferidos pela máfia internacional."
O advogado diz: 
– Fui surpreendido com tanta maldade. Isso é coisa de jornalismo bandido, que não tem fatos, não tem provas, e tenta forjar uma impressão negativa sobre as pessoas que querem atingir. Sou uma pessoa honrada e minha prática sempre foi coerente com minha ideologia.
Advogado por formação profissional, calejado pelos rigores da luta contra a ditadura militar, quando foi um dos principais dirigentes da VAR-Palmares, uma das principais organizações armadas do período, Carlos Araújo avalia a edição da revista como uma operação política, cuja finalidade óbvia é tentar atingir a presidente:
 – É puro jornalismo marrom, que atende a finalidades políticas e só isso. Como todos descobriram que não têm como publicar uma denúncia capaz de atingir Dilma diretamente, pois não há nada contra ela, tentam agir por via indireta, tentando atingir pessoas do círculo próximo, como eu.
A história divulgada pela revista é a seguinte. Desesperado pela crise da Engevix, empresa investigada na Lava Jato, um dos dirigentes da empresa, José Antunes Sobrinho, que hoje cumpre prisão domiciliar, teria feito uma "reunião secreta" com Araújo, de quem teria ouvido a promessa de receber a ajuda esperada. No mesmo período, diz a revista, um casal amigo de Araújo – e da própria Dilma – teria recebido um pagamento de R$ 200 mil. A tentativa de construir a narrativa de uma vulgar operação triangular é evidente como o perfil do Pão de Açúcar na paisagem do Rio de Janeiro – o problema é que não se apoia em fatos que possam ser comprovados, até porque a revista não se deu ao trabalho de conferir as informações que acabaria publicando.
O único encontro  entre o advogado e um profissional da revista teve duração curtíssima e terminou de forma abrupta:
– Num recurso desonesto, diz Araújo, um dia um repórter da revista se infiltrou no meu escritório para tentar me abordar. Preencheu ficha como cliente, mas, quando sentou-se a minha frente, começou fazer perguntas sobre a Engevix, perguntou quanto eu havia recebido. Fiquei indignado e exigi que se retirasse imediatamente.
Araújo e Antunes se encontraram – não só uma vez, mas três vezes. O assunto era sempre o mesmo:
– Ele estava cada vez mais desesperado com a situação da empresa e queria de todas as maneiras que eu o ajudasse a marcar um encontro com a Dilma. Pretendia falar da situação com ela. Foram três conversas e em todas expliquei que este não era e nunca foi meu papel. Tenho a minha vida, a minha história, os meus valores. Jamais iria tentar interferir na agenda da presidente. Nem ela iria permitir isso.
(Momentos antes da entrevista, o Planalto desmentiu que o encontro tenha se realizado)
Começando a refletir sobre as providências jurídicas que tomará, Araújo afirma que "irei a Justiça defender meus direitos com todos os recursos cabíveis. Fui vítima de uma calúnia e vou entrar com uma ação contra isso.  E vou exigir direito de resposta, cuja necessidade agora ficou mais evidente. Mesmo pensando em tudo isso, acho pouco. Não se pode fazer isso contra uma pessoa, sem prova, sem fatos."  
Uma  mídia  brasileira  que se presta  pra esse  papal  sujo  e nefasto  não merece  respeito,  e nem consideração.
Pobre  jornalismo que  busca enlamear  reputações  para lá
adiante se sentar   no banquete  daqueles  que  protege.
Precisamos  de um  jornalismo  sério, crítico e atuante  e   não
um  ente atrelado  a  uma oposição  para juntos, tentar   sim
derrubar uma presidente eleita pelo  voto  popular.
O  ex marido  da Presidente Dilma, faz  bem  em  ajuizar ação
na justiça para reparação  de danos.
Pensem nisso enquanto  eu vos digo  até  amanhã.
  

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