quarta-feira, 29 de julho de 2015

KISS - A ESPERA DA JUSTIÇA ATÉ QUANDO ?

                                                         Em  27 de  janeiro  de 2013,  Santa  Maria,  foi  o  palco do  horror  com o  assassinato de 242  jovens  que  foram  a uma boate para  se divertirem  e de lá
 foram  destruidos pela  fumaça  e pelo  fogo.
                                                        Sabe-se  que não  se precisa  ser um  juiz,  um  advogado para
sabermos  as causas  daquele holocausto  dos nossos  jovens, é latente saber  que as causas  foram a
omissão das autoridades  públicas responsáveis   pela fiscalização  das casas  de  entretenimento  que
tem  aqui  em Santa Maria ,  no  caso  em questão  a KISS.
                                                       As vezes me pergunto  uma tragédia  dessas  proporções  que  abalou,  a cidade, o  país,  e  o mundo  e  muito mais  os pais  daqueles  jovens  que  até hoje gritam
por justiça, não  teria  que ocorrer  uma força tarefa para agilisar esse caso e  ao  menos dar um pouco
de alívio aos corações  dos pais   que perderam   prematuramernte  seus  filhos ?
                                                       Não  seria  o  caso  dos poderes  constituídos, principalmente  os
da justiça, tomarem  como  bandeira e  colocar  essa  tragédia em  primeiro  plano  para  ser levada
aos caminhos  da justiça  e  punjir  os responsáveis  por toda essa matança dos nossos jovens?
                                                       Estamos esperando  o  que ?  Caducar,  esse  processo ?  Levar ao
esquecimento? Aumentar mais e mais a dor  de pais e parentes que perderam  seus  meninos e meninas?
                                                       Realmente,  seria  isso  mesmo  mas me parece  que não  há o interesse devido, a celeridade  que  se impõem  a  esse  caso, e  com  certeza penso eu,  outros interesses  estão  em jogo,  ou não estão?
                                                      Até  quando? Vai  terminar  tudo isso ?
                                                      Para  algumas coisas  a nossa  justiça é muito  rápida  principalmente quando  é do  seu  interesse, ou não  é?
                                                      Fala-se  aqui  e  ali,  que esse  processo será longo,   que todos os
envolvidos   devem  receber toda  e qualquer guarida  da lei, conforme diz nossa lei maior.
                                                      Mas  e  os  nossos  jovens,  os nossos  242  que  simplesmente  foram  se divertir e encontraram  a morte não  tem  direito  a  justiça  do  que  eles passaram, sofreram  e  perderam  suas   tenras vidas?
                                                      Pensem  nisso  enquanto  eu  vos digo  até amanhã.
                         
                               

segunda-feira, 27 de julho de 2015

EU APOSTO NA BOA POLÍTICA

                                                      Um  dos mais  conceituados jornalistas  gaúchos, Juremir Machado,  coloca  em  seu  texto  nas  páginas do  Correio  do Povo,  jornal  gaúcho,  uma visão sua  na qual eu
 a coloco aqui  nesse espaço  aos  guris e as gurias embora  discorde democraticamente de sua opinião
 penso que  devemos  buscar  sempre  a boa prática  política  e não  só  termos  esse sentido   em nós
mas  que cada  cidadão  brasileiro  esteja  certo  que o  caminho  é o respeito  a  democracia e ele o
cidadão  buscar  também  ser  protagonista.
                                                    Eis, o  texto:

Triste Brasil, o país da podridão partidária

Postado por Juremir em 27 de julho de 2015 - Uncategorized
O Brasil é um filme com poucos momentos felizes.
Getúlio Vargas se matou no poder. Depois disso, praticamente só tragédias. Jânio Quadros renunciou. Jango foi derrubado. Generais ditadores mandaram no país durante um quarto do século torturando, matando, cassando políticos, censurando, encobrindo a corrupção e atolando a nação nas trevas das suas poucas luzes intelectuais. Depois, veio José Sarney e sua mediocridade. Com ajuda de mídia, elegeu-se um imbecil, Fernando Collor, que não durou até final do mandato.
O melhor que tivemos nesse tempo todo, incrivelmente, foi Itamar Franco. No governo dele deu-se o Plano Real.
FHC consolidou a estabilização da economia, mas fechou os olhos para a compra da emenda da sua reeleição, mudando a regra do jogo, em seu benefício, com o o jogo andando e enterrou o país na “privataria tucana”. Nos oito anos do Doutor FHC, as universidades públicas foram ao fundo do poço, sucateadas, esquecidas, maltratadas e desprezadas. O Procurador-Geral da República, o famoso Geraldo Brindeiro, engavetava tudo. Como nada se investigava, não havia corrupção.
Lula e Dilma tiveram uma oportunidade histórica. Em princípio, parecia que saberiam aproveitá-la. Criaram ou ampliaram mecanismos de distribuição, ainda que parca, de renda. Recuperaram as universidades públicas, apostaram em cotas, botaram a Classe C na universidade, tiraram um continente inteiro da miséria. O Brasil levantou a cabeça e preparou-se para decolar.
Tinha um preço. A corrupção.
A esquerda deu à direita corrupta o que ela precisava: a chance de erigir-se em guardiã da moralidade.
O Brasil está encurralado: uma parte quer voltar aos tempos hediondos da ditadura por ignorar o que foi o regime militar ou por admirar o reacionarismo da época; outra parte quer, supostamente em nome dos bons costumes, recuperar as capitanias hereditárias perdidas. A esquerda no poder não saber o que dizer. Finge-se de ofendida. Tenta desconversar.
A república das empreiteiras baseou-se num esquema simples: dar para receber.
Uma reportagem da Folha de S. Paulo mostra um pouco mais dos vínculos da Odebrecht com os donos do poder: “Nestes projetos, acusa o Ministério Público, a propina a dirigentes da estatal e a operadores do PT, do PMDB e do PP teria alcançado de R$ 377 milhões -parte supostamente depositada por um intricado sistema de contas secretas no exterior”.
Nada mais cômico do que ouvir deputados do PP, citados na Lava-Jato, bradando contra a corrupção.
Que fazer? Livrar-se de todos eles. Por trás dessa ideia simples, porém, esconde-se uma armadilha: jogar fora um esboço de Estado do Bem Estar Social como forma de combate à corrupção. A direita não quer acabar com a corrupção. Quer acabar com o que chama de assistencialismo eleitoreiro. A esquerda encontra nisso seu último álibi. Teria roubado pelos pobres.
O clichê mais vulgar ganha força: todos ladrões!
Todos, todos, não! Mas o sistema.
Golpe da esquerda: roubamos, mas quem não rouba.
Golpe da direita: nós não roubamos, provem isso. Não temos nem tivemos ninguém na Papuda.
Golpe da esquerda: esse moralismo favorece a direita e anula o que foi feito de bom.
Golpe da direita: nada há de bom, o país está atolado na sua maior crise econômica.
A única coisa boa para o Brasil seria saltar diretamente para 2018.
Parafraseando o poeta, nós perdemos também este crepúsculo.
Melhor, depois de alguma luz, as trevas desceram novamente sobre o país.
Pensem  nisso enquanto eu  vos digo até amanhã.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

QUANDO SE ESQUECE OS FATOS NA HISTÓRIA

Publicado em 23/07/2015

Prof. Gaspari dá
uma aula de manipulação!

Quando não interessa, não vem ao caso !




Dos chapéus é um mestre !



Conversa Afiada reproduz aqui afiado artigo de Sergio Saraiva, extraído do Nassif, sobre aquele que, aqui, é conhecido como notável historialista (ver no ABC do CAf) dos chapéus (também no ABC):

APRENDENDO COM OS MESTRES: UMA AULA DE JORNALISMO, POR SÉRGIO SARAIVA



Imperdível, para quem se interessa por jornalismo, o artigo do professor Elio Gaspari – “A cabeça dos oligarcas”, na Folha de São Paulo de 22jul2015. O professor Gaspari é o criador do “jornalismo mediúnico” e, no texto citado, nos dá uma aula sobre um tema extremamente atual no jornalismo brasileiro: a manipulação da informação.
por Sergio Saraiva

O professor inicia apresentando-nos aOPERAÇÃO LAVA JATO como uma luta do bem contra o mal. Ambos, bem e mal, como valores absolutos.


“De um lado [da Lava Jato], estão servidores a respeito dos quais não há um fiapo de restrição moral ou mesmo política. São os magistrados e os procuradores. Do outro lado está o outro lado, para dizer pouco”. 

Do lado do bem, os magistrados e procuradores. O lado do mal, o “outro lado”, tanto podem estar os réus da Lava Jato como os que criticam seus excessos, Gaspari não os discrimina. Assim como não apresenta o porquê de representarem o mal. Deixa para que cada leitor imagine, por sua conta, algo hediondo de que acusa-los.

Louvores devidos à maestria do mestre.

Gaspari não coloca entre os “fiapos da restrição moral ou política” que se poderia fazer aos procuradores e magistrados, o fato de as acusações a Aécio Neves, ainda que detalhadas e coerentes com outros casos onde o senador é envolvido, terem sido descartadas, ao mesmo tempo em que o tesoureiro do PT, João Vaccari, está preso com base na criativa tese de que as doações legais ao PT eram ilegais. Para não citar o “descuido” na análise das informações que levaram sua cunhada à prisão por ser parecida fisionomicamente com a irmã – a esposa de Vaccari.

Não lhe parece condenável que suspeitas infundadas em relação à, então, candidata Dilma Rousseff fossem vazadas às vésperas das eleições e acabassem por ser utilizadas para beneficiar seu adversário, a quem esses mesmos procuradores teciam elogios nas redes sociais.

Aqui, Gaspari, parece apoiar-se, nas lições do professor Paulo Henrique Amorim que nos ensina que, para a manipulação da informação jornalística, alguns fatos, mesmo que relacionados ao assunto tratado, “não vêm ao caso”.

Em outro sentido, Gaspari demonstra como dois opostos podem ser apresentados como estando do mesmo lado. Tal se dá quando ambos os lados podem ser apresentados como o que se costuma chamar de “farinhas do mesmo saco”. E habilmente associa o termo “briga de quadrilhas” ao governo Dilma.


“Há uma armadilha nessa afirmação [de que Eduardo Cunha esteja constrangendo o governo federal]. Ela pressupõe uma briga de quadrilhas, com Cunha de um lado e o Planalto do outro”. 


Gaspari sabe, até porque Cunha não esconde, que a CPI do BNDES é uma retaliação, pouco importando a que resultado chegue. Mas o professor mostra que é possível apresentar se uma chantagem como um fato positivo.
“Ou há esqueletos no BNDES ou não os há. Se os há, a CPI, bem-vinda, já deveria ter sido criada há muito tempo. Se não os há, nada haverá”.

Seria absurdo usar o mesmo argumento para justificar uma CPI que investigasse se Gaspari, que é filho único, na juventude, estuprou sua irmã. Mas isso não vem ao caso.

Prosseguindo, o professor Gaspari mostra porque é cultuado como um dos grandes jornalistas da atualidade. Em um único parágrafo, demonstra porque o PT deve ser condenado a pagar as penas devidas pelos seus adversários.

Para tanto, compara o tratamento distinto dado pela Justiça aos casos da Lava Jato e da Castelo de Areia.

A Castelo de Areia foi uma operação da Polícia Federal que apanhou maganos, para usar um termo caro ao professor Gaspari, do DEM, José Roberto Arruda e um secretário do governo Kassab, aliados de José Serra, recebendo propina da empreiteira Camargo Correia. A Castelo de Areia também envolvia o senador Agripino Maia e Paulo Skaf, além de um filho de Ministro do TCU – Tribunal de Contas da União.

Pois bem, apesar da fartura de provas, a Castelo de Areia foi anulada nos tribunais superiores devido a filigranas jurídicas.

Como o professor Gaspari se posiciona, então?


“A verdadeira crise institucional está nas pressões que vêm sendo feitas sobre o Judiciário. Cada movimento que emissários do governo [Dilma] fazem para azeitar habeas corpus de empresários encarcerados [em prisão preventiva na Lava Jato] fortalece a ideia de que há um conluio entre suspeitos presos e autoridades soltas. Ele já prevaleceu, quando triturou-se a Operação Castelo de Areia”.


Ou seja, à leniência utilizada ao se julgar os delitos do DEM deve corresponder, como compensação à sociedade, um rigor exemplar a ser aplicado no julgamento de casos envolvendo o PT.

Gaspari não advoga que a Castelo de Areia seja reaberta, à luz da Lava Jato, mas inova magistralmente ao defender não apenas a inversão do ônus da prova em relação ao PT, mas, além, a inversão do ônus da pena. Repare-se ainda que, em nenhum momento do seu texto, Gaspari cita o DEM e sua aliança com o PSDB.

Genialidade é pouco para qualificar esse parágrafo genial.

Assim como genial é a forma como exalta indiretamente o Juiz Sergio Moro. Utiliza-se de uma analogia carregada de audácia e risco.

“Quem joga com as pretas tentando fechar o registro da Lava Jato sabe que a Polícia Federal e o Ministério Público estão vários lances à frente das pressões. Da mesma forma, quem se meteu nas petrorroubalheiras sabe que suas pegadas deixaram rastro. Curitiba dribla como Neymar. Quando baixa uma carta, já sabe o próximo passo”.

Os críticos do juiz Moro encontram analogias entre suas longas prisões preventivas para obter confissões e delações premiadas e as detenções efetuadas por seu xará, Sergio Fleury, durante a ditadura de 64. Fleury, para descobrir o paradeiro de algum adversário da ditadura, prendia seu advogado. E para garantir que o procurado se entregaria sem resistência, prendia a mãe do procurado. Nem de longe que Moro faça uso do pau-de-arara.

Gaspari conhece o modus operandi de Fleury, dadas as suas extensas pesquisas para a elaboração da sua magistral série de livros sobre a ditadura. O professor Percival de Souza também o descreve no seu livro “A autópsia do medo”.

Mas Gaspari opta pela comparação de Moro a Neymar, o craque do Barcelona. Por certo, não o capitão da seleção derrotada na Copa América.

Onde a audácia e o risco?

Neymar é um craque, não há quem o negue. Usá-lo como analogia é um elogio, desde que se esqueça de que o craque temperamental costuma ser expulso de campo por agredir adversários e está envolvido até a alma em um caso de sonegação de impostos.

Por fim, Gaspari esconjura a possibilidade de absolvição futura dos réus devido à falhas processuais na Lava Jato. E já os condena a 150 anos de prisão.

O professor demonstra como argumentar convincentemente que os réus da Lava Jato não podem ter direito à defesa. Já que tal defesa corresponderia a fomentar uma crise institucional. Para tanto, faz uso de seu cosmopolitismo e vai buscar uma analogia internacional. Compara a Lava Jato ao caso Maddoff e ao atentado às torres gêmeas do World Trade Center.

Maddoff é um picareta que aplicou o golpe da pirâmide em gananciosos milionários americanos. Foi a julgamento, com direito à defesa, e está preso.

Vejamos a analogia feita pelo professor Gaspari:


“Afora os amigos que fazem advocacia auricular junto a magistrados, resta a ideia da fabricação da crise institucional. É velha e ruim. Veja-se, por exemplo,… Bernard Maddoff: …ele sabia que seu esquema deINVESTIMENTOS fraudulentos estava podre. Quando dois aviões explodiram nas torres gêmeas de Nova York… ele pensou: “Ali poderia estar a saída”. Eu queria que o mundo acabasse”.

Outro jornalista culpou Lula pela crise grega e caiu no ridículo, mas, dado o brilhantismo da argumentação, esse risco Gaspari não corre.

O uso do caso Maddoff relacionado ao 11 de Setembro, ainda que próximo à ficção ou à liberdade poética, é, no entanto, um lance de mestre de Gaspari. Evita que seja levado a tratar da “crise institucional” do “estado policial” do Ministro Gilmar Mendes que facilitou que Daniel Dantas se safasse da Satiagraha.

Gaspari argumenta que o diário de Marcelo Odebrecht é um risco institucional. Inteligentemente, o professor reveste Odebrecht de um poder que, no entanto, não serve sequer para garantir luz elétrica na sua cela, quanto mais para abalar a República. Já Dantas mandou prender o delegado que o investigou e levou a julgamento o juiz que o condenou. Isso do alto de dois habeas corpus obtidos em menos de 24 horas diretamente do STF.

Mas o professor sabe: isso não vem ao caso.

Por fim, em um dia de ressaca jornalística, após a cobertura da deblaquê de Eduardo Cunha, resta-me agradecer ao professor Elio Gaspari pela aula de jornalismo contida em seu pequeno texto, como pequeno são os frascos que contém os grandes perfumes e os grandes venenos.


PS1: por óbvio, não faço referência, neste post, ao professor Luis Nassif. Não faltaria material sobre o assunto, na sua obra “O Caso Veja”. Porém, citá-lo poderia parecer adulatório, evitei. Tampouco cito o mestre Janio de Freitas, pelo simples fato de não ter encontrado em sua obra o que pudesse ser associado à manipulação de informação.

PS2: para os que dispõem de alguns tostões para pagar a travessia pelo paywall da Folha, segue aqui o acesso ao texto do professor Gaspari.

PS3: para acesso a textos abandonados à caridade pública, visite a oficina de concertos gerais e poesia.
Diante  de  tudo  isso   uma pergunta  me vêem,  como  podemos  esquecer fatos
reais,  verdadeiros, recentes, para  poder  fazer  outra visão  manipuladora e  colocar
como  verdade?
Esse contexto,  onde o  nobre  professor  distorce  fatos, é uma maneira de  falsear
gritante os fatos  verdadeiros  achando  que parte  de brasileiros  somos idiotas ou
bobalhões.
Pensem nisso  enquanto  eu  vos digo até amanhã.

sábado, 18 de julho de 2015

FICA ATENTO TRABALHADOR-CIDADÃO BRASILEIRO

Um dos grandes tumores no mundo do trabalho

Foto: Gilson Abreu/FIEP: Em ritmo inverso ao da média brasileira, o emprego na indústria do Paraná cresce pelo 22.º mês consecutivo.
Foto: Gilson Abreu/FIEP
Luz vermelha para os trabalhadores brasileiros. Não bastasse a inflação em alta, o desemprego crescente, o aumento do custo de vida e o ajuste fiscal por meio da MP 665, que restringiu o acesso ao seguro-desemprego, abono salarial e seguro-defeso, está em processo avançado no Congresso Nacional um projeto de lei que permite a terceirização de qualquer setor de uma empresa, incluindo a atividade-fim.
O projeto (PL 4330/2004) já foi aprovado na Câmara e agora está tramitando no Senado, na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), com o nº 30/2015, sob minha relatoria. Na prática, esta proposta, caso aprovada, será o primeiro passo para o fim de direitos e conquistas históricas garantidas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e na Constituição Cidadã de 1988.
Cito como exemplos carteira de trabalho, previdência social, vale transporte, férias, fundo de garantia, 13º salário, piso salarial, entre outros. Isso diz respeito a 45 milhões de trabalhadores. O caminho a seguir é o inverso. Ou seja, temos que fazer justiça aos 12,5 milhões de terceirizados hoje no Brasil. Eles não possuem direitos. Além do mais, a proposta enfraquecerá o sistema de negociação coletiva e o controle judicial.
Segundo o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), em cada dez acidentes de trabalho, oito acontecem em empresas terceirizadas. De cada cinco mortes, quatro são em empresas terceirizadas. O levantamento das centrais sindicais, por sua vez, mostra que o salário é 30% inferior ao normal. Trabalham, em média, três horas semanais a mais, e permanecem menos tempo no emprego: 2,5 anos ao passo que os demais permanecem seis anos, em média. Os terceirizados não podem ser tratados como trabalhadores de segunda categoria.
O Congresso Nacional só vai recuar se a sociedade e os movimentos sindical e social se mobilizarem e forem às ruas exigir o engavetamento desta proposta. Aliás, iniciativa fundamental está sendo feita pelo Fórum em Defesa dos Trabalhadores Ameaçados pela Terceirização, integrado por centrais, sindicatos, estudantes, especialistas, Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra).
Destaque para a posição do magistrado Paulo Luiz Schimidt, presidente da Anamatra: "caso o projeto venha a ser aprovado, vamos inaugurar uma era de insegurança jurídica. Levaremos uma década ou mais para consolidar o real alcance da lei". E complementa: "a participação do fator trabalho na renda cairá dos atuais 34 a 37 por cento para algo em torno de 25 a 30 por cento. Isso tem efeitos catastróficos".
A CDH Senado e o Fórum estão percorrendo o país inteiro, realizando audiências públicas em parceria com as assembleias legislativas para mostrar o quão prejudicial é este projeto. Temos que deixar claro para o Brasil que a terceirização precariza e desorganiza o mundo do trabalho.
A ideia é que ao final, percorridos os 26 estados e o Distrito Federal, seja redigida a "Carta a Nação" a ser entregue aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
Antonio Baylos, catedrático de direito do trabalho e previdência social da Universidad de Castilla-La Mancha, afirma que a terceirização é um dos grandes tumores no mundo do trabalho, sendo uma forma de evitar as responsabilidades básicas sobre os direitos trabalhistas. "Precisamos uma vez mais rever esse fenômeno na lógica da proteção e da cultura dos direitos".
Estou me valendo das palavras do professor espanhol para chamar a atenção que o Brasil pode estar a caminho de um retrocesso nas relações de trabalho, muito semelhante ao ocorrido na Europa durante a década de 1990, com predominância da mentalidade neoliberal que levou à forte redução de direitos e garantias sociais.
Esse  projeto  caso  seja aprovado  será  péssimo  pro trabalhador  brasileiro  mas  com  certeza  deve  haver  uma
mobilização  de trabalhadores  e  seus  sindicatos  e fazer valer
os seus  direitos.
Tenho  dito aqui  em  alguns comentários  que  quando   nós
não  nos envolvemos  na política  e deixamos  que outros o façam  com  certeza   temos esse  risco  pois  não  há dos
nossos  políticos  digo  aqueles  que não  gostam  de  debater
temas  que  interessam ao  trabalhador.
Cabe  ao trabalhador  brasileiro  e  cidadão  brasileiro  brigar
por seus  direitos  sempre.
Pensem  nisso  enquanto eu  vos digo até amanhã.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

UM PAPA REVOLUCIONÁRIO: FRANCISCO I

                                                           O  papa Francisco,   nesse  seu  recente  pontificado  tem demonstrado  por anda anda  em suas  visitas, aos povos ,  suas idéias revolucionárias,  pregando
entre  outras  coisas,  o  compartilhar,  o  amor,  o  cuidado  com  a natureza, e  sobre  homofobia
além  de outras causas.
                                                           Muitos  setores  da própria  igreja católica  conservadores não
comungam  ou estão  atônitos  com a maneira  liberal  do papa  de tratar muitos  assuntos que  antes
eram  tabus  para  a própria igreja católica.
                                                           O  papa  Francisco  não  cansa de  dizer   ao mundo,  fazendo
uma mea culpa  pra própria  igreja  que ele comanda  que se precisa abrir-se para  o  mundo e  deixar
ela  a própria igreja  ficar apenas olhando  pro  seu umbigo.
Publicado em 17/07/2015

Comparato: Francisco I
é um revolucionário

Nao esquecer que João Paulo II visitou o Chile e Pinochet!


A abertura da Igreja Católica a setores não ligados à religião e a crítica ao capitalismo fazem do Papa Francisco I um revolucionário -  é a opinião de Fábio Konder Comparato, pensador, escritor e Professor Emérito da  Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo – http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727856D9.

Nessa quinta-feira (16), Paulo Henrique Amorim entrevistou Comparato no Conversa Afiada e tratou da Encíclica Laudato si’, publicada em 18 de junho de 2015, em que critica o consumismo e denuncia a degradaçao do meio ambiente, e do pronunciamento do Papa no encontro de Movimentos Sociais, em Santa Cruz de la Sierra, na Bolivia.

“ Essa Encíclica não é apenas uma continuação das Encíclicas sociais anteriores, ela representa, também, uma abertura para todos os líderes não cristãos e religiosos. Uma abertura no sentido do altruísmo, ou seja, precisamos de deixar de olhar para o nosso umbigo. Temos que sentir os grandes problemas da humanidade. E o grande problema da humanidade é a destruição da biosfera”, afirmou Comparato, que concorda com o teólogo Leonardo Boff, para quem o papa fez a opção pelos pobres.

Para Comparato, “ a crítica severa da situação atual do mundo vem da formação jesuítica de Francisco”.

Leia outros trechos da primeira parte da entrevista:


Inovação do Papa Francisco I


Ele representou uma abertura extraordinária que antes só havia sido feita por João XXIII, quando convocou o Concílio e disse que a Igreja precisava se abrir para o mundo, pois estava fechada sobre si mesma.

A desigualdade


Um fato evidente é que a partir da Revolução Industrial iniciou-se um processo de desigualdade entre pobres e ricos na humanidade. 

E quem produziu isso foi o sistema do capitalismo, que é fundado no egoísmo.



Critica do Papa Francisco ao capitalismo


É uma crítica moderada. Na verdade, a Igreja nunca teve coragem de criticar o capitalismo. Ela seguiu, nesse particular, a sentença determinante de Jesus quando disse: “Não podeis servir a dois senhores, a Deus e ao dinheiro”.

A Encíclica Laudato si’ não é literalmente contra o capitalismo.

O Papa disse, na Bolívia, que é preciso apoiar os mais pobres com os três Ts: terra, trabalho e teto.


O Papa Jesuíta


O fundamento dessa crítica severa da situação atual do mundo vem da formação jesuítica dele. Os jesuítas sempre foram analistas muito profundos dos males da sociedade.

O Papa Francisco é um verdadeiro revolucionário. Ele se liga às grandes autoridades religiosas adeptas do altruísmo. Por exemplo, o Dalai Lama, que diz claramente que a sua pregação não é religiosa.


O Papa Francisco e a teologia da libertação

Ele tem uma outra tonalidade, pois critica muito o capitalismo, mas não parece ter uma influência marxista, como na teologia da libertação.

Comparato critica a perseguição a Leonardo Boff e lembra que João Paulo II foi ao Chile e abençoou o ditador Augusto Pinochet. O contraste entre João Paulo II e Francisco I é muito grande.

Comparato discute ainda que tipo de influência Francisco I pode vir a ter sobre partidos e políticos brasileiros: não será uma influencia do ponto de vista religioso, disse ele.



Não deixe de ler também as entrevistas de Alfredo Bosi Leonardo Boff ao Conversa Afiada, sobre o Papa.

Breve, o Conversa Afiada exibirá a segunda parte da entrevista, em que Comparato trata do Papa, da Comunicação de Massa e do Brasil.
Um  papa com a cabeça sintonizada  com  os clamores do mundo, que sabe  do seu papel
nesse  contexto  mundial podemos dizer  que é uma benção.
A  coragem  de Francisco I , todos os  lugares  que ele   vai  em  sua peregrinação  mundial
para levantar  a sua  voz,  e  ao menos  dar um  caminho  ao  mundo que  sem sombras de
dúvida  precisa de  mais amor,  paz e partilhas.
Pensem nisso  enquanto eu  vos digo  até amanhã.

CARRASCO GHIGGIA

                               A  morte  do  ex-jogador  uruguaio  que sofreu ataque  cardíaco  na tarde de ontem
  exatamente  60  anos  depois  da histórica vitória  Uruguaia  em pleno  Maracanã,  feito conhecido
  mundialmente  por  Maracanazo  feito  esse   ocorrido em  16 de julho de 1950  deixa  sem sombras
  de dúvida  o  mundo  do futebol  triste.
                             O Maracanã  totalmente   lotado, entupido de torcedores  não  acreditou   no  que
 estava ocorrendo após  estar  vencendo  o  jogo  por  1x0 e  sagrando-se  campeão do mundo  sofreu
 a  virada  histórica onde Alcides  Edgardo Giggia  fez   o  gol  da vitória  da seleção  celeste  e sendo
 campeã do mundo,  os brasileiros  choraram,  um sonho  virado  em  pesadelo.
                            As  ondas  dos antigos  rádios de válvulas irromperam  aos quatros  cantos  do  solo
brasileiro para levar  essa  tragédia do  futebol  até então.
                            Giggia,  um  homem   humilde  jamais  se vangloriou  do  feito  Uruguaio apenas
dizia  que o  futebol  tinha  essas  surpresas  e por isso tinha essa paixão,  nem  sempre  o  melhor, a
melhor  seleção vence,  os caminhos do futebol  são  outros dizia  com sua  humildade característica.
                            O  futebol  agradece  ao  grande jogador  Uruguaio  pois ele  dignificou  o  nome
de jogador, atleta  de futebol.  Giggia  vá  em  paz..
                            Pense nisso  enquanto eu  vos digo até amanhã.

O EXEMPLO DA BAHIA

O TEMPO

O TEMPO MOISÉS MENDES Para lembrar ou para esquecer no fim do ano: uma lista de fatos que parecem ter ocorrido anteontem. 11 de dezembro d...