quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

2016 TE ESPERAMOS

É  o ano  velho que  vai  arrumando  suas malas para partir e  um  novo  ano  se avizinha com o passar   dos ponteiros do  relógio.
É  sempre assim, um  novo ano,  novas esperanças,  projetos,  novos  sonhos, e  fazermos tudo aquilo
que não  pudemos fazer.
Peço ao Deus  de cada um  que  suas bençãos   sejam  derramadas a  cada um  de vocês,  guria e guris que estiveram  aqui  nesse simplório  espaço,curtindo, vendo,  lendo, concordando, discordando   mas
o  mais importante que estiveram  o  que mais  me  orgulha  é que  muitos são  guris  e gurias  de  outros  países  o que muito   me orgulha  e me dá  mais  força para melhorar  e  continuar   dando  os
meuis  pitacos naquilo  que  importa, e  também  eu  possa  ajudar a cada  um  a  juntos  refletirmos
para  buscarmos um  mundo  melhor.
A  todos  e todas, desejo  um  ano  novo cheio  de  amor,  muita luz,  e paz.

Pensem  nisso  enquanto eu vos digo até amanhã.

sábado, 26 de dezembro de 2015

CHICO BUARQUE E O ATAQUE DOS INSANOS

Eu vivi pra ver um colunista da Veja defender Chico Buarque. Na última coluna de Marcelo Madureira, intitulada “Respeite o Chico”, ele fala do último impropério no Leblon, quando meia dúzia de playboys direitistas insultaram o artista:
“Chico Buarque não é um merda, é um grande compositor. (…) a gente tem que aprender a ter uma discussão política elevada.”
Madureira não ultrapassou o óbvio, o corriqueiro, o trivial; o seu discurso pode ser traduzido num simples convite ao respeito e à civilidade – mas, para os leitores da Veja, isso é pedir muito.
Tanto que muitos comentários infelizes seguiram o vídeo.
“Nossa paciência se esgotou!!! Não vai ter dialogo!!! Lugar de bandido é na cadeia, e o Chico é um MMMMDDD mesmo!!”
Esse comentário destila ódio em cada exclamação. Eu quase posso ver um leitor enfurecido, ruborizado e com as veias faciais saltadas enquanto digita odiosamente em caps lock. Seria mais fácil e mais salutar encontrar contra-argumentos. Mas como contra-argumentar a ideia de respeito e civilidade? Como contra-argumentar, aliás, qualquer coisa que seja, se você se informa com a Veja?
“Que vídeo infeliz. Chico Buarque achincalha brasileiros, aqueles que por anos compraram seus discos. Comunista não merece respeito, merece dedo na cara e denúncia pública.”
Este já não faz questão de disfarçar: diz com todas as letras quem não concorda com suas ideias doentias não merece respeito. Talvez Alexandre Frota, o “artista” e herói da direita, o mereça. O dedo de um direitista odioso na cara de Chico Buarque é quase uma piada. Seria trágico se não fosse cômico.
“Desculpa, Madureira: o Chico Buarque e TODOS os que pensam como ele nos tratam como inimigos; eles, que se acham donos da Virtude, crêem que nós – você, eu, etc etc – somos merdas. “Não dá para ser racional com o câncer”. Por tudo isso é que entre nós, gente que respeita as diferenças, e eles, os merdas são eles. E o Buarque, por ser porta-voz daquela mentalidade doentia, se outorga publicamente o título de MERDA.”
Aqui se ultrapassa todos os limites da coerência: Xingar um artista – e TODOS os que pensam como ele – é de fato uma prova clara de respeito às diferenças.
Compreensível: leitores da Veja passam longe da coerência.
Além destes, seguem muitos outros comentários de doer os olhos. Eis, portanto, o melhor conselho para os tempos de ódio: Jamais leia os comentários. Se eles forem escritos em uma coluna da Veja, então…
Você provavelmente encontrará um punhado de ignorância e muito ódio (eles andam de mãos dadas). Meia dúzia de insultos, xingamentos em caps lock, longos textos que não dizem absolutamente nada.
Não raro, os insultos são o disfarce para a falta de argumentos. É por isso que xingaram o Chico no Leblon. É por isso que nas manifestações pró-impeachment jamais houve discussão política – havia apenas o ódio sendo destilado da maneira mais asquerosa possível.
Fascistas não argumentam, bradam. Não competem, tentam ganhar no grito. E estão tão convencidos de suas irracionais certezas que passam de todos os limites do aceitável.
Os comentários da Revista Veja refletem fidedignamente o pensamento da elite brasileira. Tão fidedignamente que chega a me dar náuseas. Aquela gente que troca de carro duas vezes por ano e não lê um livro sequer. Que usa o próprio dinheiro em viagens para a Disney e nunca vai ao teatro – porque se vai, não entende absolutamente nada.
Poderiam consumir música de qualidade, cinema, literatura, arte. Mas estão ocupados lendo – e comentando – a Veja. Poderiam tentar compreender um pouco melhor a lógica das coisas em vez de consumir um discurso fabricado pela mídia. Assim, quem sabe, passariam menos vergonha.
Mas não. Preferem ir às ruas fazer coreografia pró-impeachment – que tipo de manifestação séria faz uma coreografia ritmada, Santo Cristo? – e expor cartazes que nos causam uma mistura de asco e vergonha alheia.
Para eles, Chico Buarque é um merda e Alexandre Frota é um mito.
Marcelo Madureira bem que tentou. Mas o que esperar de quem lê a Veja?
(Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).

"" Realmente vivemos tempos outros onde  não  há diálogos  e sim  uma  total
falta de respeito  ao  próximo,   estamos  vivendo  tempos  de barbárie  em nossa
sociedade.
Um  País  onde  um  conceituado  artista,  para  não dizermos  de milhões  de  brasileiros   honestos,  trabalhadores, são  achincalhados  por  meros  filhinhos
de papai,  que pagam  mesadas para  esses  não  cidadãos tentarem colocar  num
mito  da nossa  mpb   suas  idéias conservadoras  e preconceituosas  sobre  um
partido,  e sobre  pessoas  que  tem  simpatia  pelo PT.
Chico  Buarque  não  merecia  esse  achincalhe,  esse  pessoal precisa ler  muito
sobre a história política  do  Brasil  e  saber  um  pouco da  história  desse  grande  brasileiro.""
Pensem nisso  enquanto  eu  vos digo até amanhã.

O PRECONCEITO DESCARADO E INFAME



il




Blogueira do Globo esculacha pobres em artigo espantoso

Silvia Pilz, colunista de O Globo, resolveu externar todo o seu nojo contra pobres em um texto que viralizou na internet e causou manifestações de repulsa nas redes sociais. Conteúdo é espantoso

Silvia Pilz globo pobres
A colunista de O Globo Silvia Pilz (reprodução)
Em artigo publicado na sua coluna de O Globo, a jornalista Silvia Pilz revela todo o seu nojo contra os pobres. Nele, Silvia descreve a relação entre pobres e saúde. Para a colunista, o pobre que frequenta consultórios médicos finge estar doente para se sentir em um cenário de novela. “O pobre quer ter uma doença” – como tireoide, é quase chique”, diz. Silva afirma ainda que o principal objetivo do pobre é “procriar”. Nas redes sociais, o texto provocou manifestações de repúdio. Confira abaixo a íntegra do texto:

O plano cobre

Todo pobre tem problema de pressão. Seja real ou imaginário. É uma coisa impressionante. E todos têm fascinação por aferir [verificar] a pressão constantemente. Pobre desmaia em velório, tem queda ou pico de pressão. Em churrascos, não. Atualmente, com as facilidades que os planos de saúde oferecem, fazer exames tornou-se um programa sofisticado. Hemograma completo, chapa do pulmão, ressonância magnética e etc. Acontece que o pobre – normalmente – alega que se não tomar café da manhã tem queda de pressão.
Como o hemograma completo exige jejum de 8 ou 12 horas, o pobre, sempre bem arrumado, chega bem cedo no laboratório, pega sua senha, já suando de emoção [uma mistura de medo e prazer, como se estivesse entrando pela primeira vez em um avião] e fica obcecado pelo lanchinho que o laboratório oferece gratuitamente depois da coleta. Deve ser o ambiente. Piso brilhante de porcelanato, ar condicionado, TV ligada na Globo, pessoas uniformizadas. O pobre provavelmente se sente em um cenário de novela.
Normalmente, se arruma para ir a consultas médicas e aos laboratórios. É comum ver crianças e bebês com laçarotes enormes na cabeça e tênis da GAP sentados no colo de suas mães de cabelos lisos [porque atualmente, no Brasil, não existem mais pessoas de cabelos cacheados] e barriga marcada na camiseta agarrada.
O pobre quer ter uma doença. Problema na tireoide, por exemplo, está na moda. É quase chique. Outro dia assisti um programa da Globo, chamado Bem-Estar. Interessantíssimo. Parece um programa infantil. A apresentadora cola coisas em um painel, separando o que faz bem e o que faz mal dependendo do caso que esteja sendo discutido. O caso normalmente é a dúvida de algum pobre. Coisas do tipo “tenho cisto no ovário e quero saber se posso engravidar”. Porque a grande preocupação do pobre é procriar. O programa é educativo, chega a ser divertido.
Voltando ao exame de sangue, vale lembrar que todo pobre fica tonto depois de tirar o sangue. Evita trabalhar naquele dia. Faz drama, fica de cama.
Eu acho que o sonho de muitos pobres é ter nódulos. O avanço da medicina – que me amedronta a cada dia porque eu não quero viver 120 anos – conquistou o coração dos financeiramente prejudicados. É uma espécie de glamourização da doença. Faz o exame, espera o resultado, reza para que o nódulo não seja cancerígeno. Conta para a família inteira, mostra a cicatriz da cirurgia.
Acho que não conheço nenhuma empregada doméstica que esteja sempre com atacada da ciática [leia-se nervo ciático inflamado]. Ah! Eles também têm colesterol [leia-se colesterol alto] e alegam “estar com o sistema nervoso” quando o médico se atreve a dizer que o problema pode ser emocional.
O que me fascina é que o interesse deles é o diagnóstico.
O tratamento é secundário, apesar deles também apresentarem certo fascínio pelos genéricos.
Mesmo “com colesterol” continuam comendo pastel de camarão com catupiry [não existe um pobre na face da terra que não seja fascinado por camarão] e, no final de semana, todo mundo enche a cara no churrasco ao som de “deixar a vida me levar, vida leva eu” debaixo de um calor de 48 graus.
Pressão: 12 por 8
Como são felizes. Babo de inveja.

Pensem  nisso  enquanto  eu  vos digo  até amanhã.

UM IMPRENSA - MÍDIA SELETIVA

"Enquanto o PT aparece, diuturnamente, como o mais corrupto da história nacional, o PSDB, quando apanhado, merece manchetes, chamadas e registros relativamente discretos. O primeiro transita na área do megaescândalo, ao passo que o segundo ocupa a dimensão da notícia comum", diz o colunista André Singer, que condena os dois pesos e duas medidas da imprensa brasileira para tratar de corrupção; ele menciona o caso Alstom, que envolveu Robson Marinho, braço direito de Mario Covas, e também Andrea Matarazzo, arrecadador da campanha de FHC".
Na real isso ocorre porque nossa imprensa  brasileira é descaradamente seletiva
omitindo criminosamente fatos e verdades em  suas plataformas de informação.
E  com isso  quando um  lado  é selecionado  para ser atacado  criminosamente 
fica  a distorção cínica na maior  cara-de-pau de nossa imprensa.
Ainda bem que  um  grande número de  brasileiros  acessam a internet e podem
com isso ter uma informação mais real e democrática e  fazer seu  contraponto.
Não é nenhuma novidade,aqui no Brasil da queda de audiência em seus informativos  pois o  povo  já  detectou que  não  é bem  assim  que a carroça
anda.
Não  se quer uma  imprensa atrelada a  um  lado,  e sim  atrelada  ao  bem  do
Brasil  e  seu  povo  mas  também  uma imprensa crítica e vigilante.
Pensem nisso  enquanto  eu  vos digo até amanhã.

REFLEXÕES DE NATAL

É  natal  o p ovo   está nas ruas.As  lojas   cheias  de presentes  para serem  disputados.Pessoas  caminham  apressadas,  o  trânsito   insano   vira um  caos e  o  corre-corre contra o  relógio cada
vez  mais perto  e tem  que  comprar  o  presente.
O  papai  noel ,  com as encomendas  prontas   para entrega  espera os  retardatários  como sempre da
última  hora.
O  tempo está escasso   mas a correria  não diminui, nas calçadas,  fisionomias   de rostos  diferentes
trombam, passos apressados, outros lentos,  e   os ponteiros do  relógio, não param.
O  presente  é o  ponto mais aguardado  nessas loucas procuras,pois  sem presente   não  é natal.
Jesus  vai nascer lá pelas  banda  de Belém.
A  festa da chegada do  filho salvador  está  próxima  de acontecer.
Mas a  ânsia  da busca do presente  para  presentear  não  pára.
Jesus de Nazaré,  nasceu. A estrela  de  Belém   brilhou no céu  do mundo  avisando a  chegada do
filho do  homem  mas parece   que aqui   dentro  da gente,  do coração odos  homens mortais  estamos
esquecendo  dele.
O  verdadeiro  natal.  O  natal  da comunhão  do amor.
Pensem  nisso  enquanto eu  vos digo até amanhã.



sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

UM NOVO NATAL!! FELIZ NATAL


        A TODOS OS GURIS E AS GURIAS DESSE MUNDO DE DEUS....UM FELIZ NATAL COM MUITA LUZ...BEIJOS.
        PENSEM NISSO ENQUANTO VOS DIGO ATÉ AMANHÃ.

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

O JOGADOR SUL-AMERICANO


Triunfo do futebol europeu?


Torci pelo River contra o Barcelona.
Na Copa do Mundo, torci para a Argentina contra a Alemanha.
Sou latino-americano. Ouço Mercedes Sosa e ainda me emociono.
O que vi em campo na vitória do Barça contra os argentinos? O triunfo da técnica sul-americana: os dribles do argentino Messi, os passes do brasileiro Neymar e as conclusões do uruguaio Suarez. Em campo, 17 sul-americanos em 22 jogadores. Cinco coadjuvantes europeus. O futebol sul-americano conquistou mais um mundial para os europeus. Não foi uma vitória da tática europeia. Foi um triunfo da velha técnica da América do Sul.
Nada mais solitário do que o drible. Só há uma testemunha: o driblado. Dizer que futebol é coletivo não passa de uma simplificação. Afirmar que o futebol é mera individualidade brilha pelo exagero. Futebol é o coletivo transfigurado por individualidades extraordinárias. Os sul-americanos continuam a produzir os melhores jogadores. A Europa entra com o “melhor” dinheiro. Na globalização, as verdadeiras seleções são clubes europeus como Barcelona e Bayern de Munique. Seleções do mundo. O Barcelona é uma seleção do mundo, com base no Cone Sul, completada com alguns europeus. A América do Sul continua a ter seus metais preciosos levados para a Europa. Não passa de um exportador de commodities. O mais perverso é um campeonato mundial de clubes no qual times sul-americanos depauperados pelos europeus enfrentam seleções mundiais, como o Barça, com distintivos de um clube.
Aí se diz: vitória dos europeus.
Os famosos 7 a 1 aplicados pela Alemanha no Brasil servem para confirmar uma tese pré-existente: os europeus são mais organizados e mais inventivos taticamente. Esse raciocínio apoia-se no esquecimento de que a Argentina, tão ou mais esculhambada do que o Brasil, perdeu para a Alemanha, na final da Copa do Mundo do ano passado, por detalhe. Poderia ter vencido. Messi errou o que quase sempre acerta. O Brasil que ganhou em 1994, foi à final de 1998 e venceu em 2002 era o Brasil da CBF de Ricardo Teixeira, tão (des)organizado quanto o que pagou mico em 2014. Sim, organização conta bastante. Mas o que conta mesmo é ter dinheiro para reunir os melhores jogadores do mundo ou possuir, no caso de uma seleção nacional, uma boa safra de jogadores. Quem mais errou contra Alemanha foi o gaúcho Felipão. Escalou mal o time. De resto, um gol chamou o outro e o resultado foi atípico.
Os teóricos da superioridade europeia não gostam que se fale na atipicidade desse jogo. Querem ver nesse placar a prova das suas teorias. A globalização está acabando com a competividade no futebol. O que se pode fazer contra seleções mundiais? Qual time pode bater os melhores do mundo reunidos? O modelo do campeonato gaúcho, radicalizado, vai dominar o mundo. Na Alemanha, um clube só ganha tudo. Na Espanha, dois clubes mandam e um terceiro tenta alguma coisa e, uma vez na vida, consegue. No Brasil, a Globo vai implantar o modelo espanhol com Corinthians e Flamengo dominando tudo. É questão de tempo. O futebol virou uma imensa Fórmula 1. Todo ano, a máquina mais poderosa faz 70% das poles, ganha a maior parte das corridas e leva o título. A China, novo rico do mundo, poderá vir a ter o melhor futebol. Basta que compre os melhores. Inclusive os técnicos.
Messi, Neymar e Suarez podem ter aprendido tática na Europa e obtido condicionamento físico ideal. Ensinam, porém, o essencial: o talento inato. Queria ver Guardiola ou qualquer outro fazer o melhor time do mundo sem direito a contratar sul-americanos ou, melhor ainda, só com jogadores de um único país. Velho romantismo nacionalista. Futebol é negócio. Nessa lógica, o exportador de matéria prima deve ser espancado pelo importador e ainda reverenciá-lo. Sim, continuaremos colônia. Nosso destino é vender o que temos de melhor para os Europeus e perdermos para eles graças aos nossos. Só tem um jeito: criar outra competição: nascidos na América do Sul contra nascidos na Europa. Talvez tenhamos alguma chance. Mínima. Afinal, europeus sempre dão um jeito de triunfar. Se não pode fazê-lo com as próprias forças, compram todos os seus adversários e usam-nos para esmagar seus oponentes.
"" Ainda  precisammos sim  sermos organizados em muitos planos  de nossas  vida, temos  a matéria prima fundamental, quando  falamos  de futebol, nossos  melhores 
jogadores vão  para o  exterior, fazer  fortuna,  voltarem  ricos  e depois no ocaso de suas  brilhantes  carreiras, já ricos e  sem  aquela  tesão  pro  futebol,  vem para o Brasil
jogar mais um pouquinho para ficarem  de bem  com a galera.
Penso  que   os jogadores são  os  artistas principais  do  teatro  do futebol   e temos que  aprender aqui  no Brasil   e na América Latina  que  futebol  não  se faz só com 
talentos,  precisa  de um  projeto, organização, e muita realidade,  tem que ser    sim
muito  profissional.
Juremir Machado  colocou esse  assunto  com  sua maestria  da letras e tocou sim  no
ponto  fundamental, os nossos  jogadores  fazem  a diferença,  são  os  melhores  do
mundo, aqui  falta apenas  o  dimdim."
Pensem  nisso  enquanto eu  vos digo até amanhã.

UM RECADO PROS POLÍTICOS


Minha segunda catilinária


Cícero, o grande, fez quatro discursos contra Catilina. Cícero, o pequeno, ou seja, eu, também me sinto no direito de publicar quatro catilinárias. A primeira foi contra tudo e contra todos. Nesta segunda, investirei contra o Catilina brasileiro, o político esperto. Até quando, ó político esperto, abusarás da nossa paciência? Por quanto tempo ainda há de zombar de nós essa tua loucura? A que extremos se há de precipitar a tua audácia sem freio? Essas frases são do Cícero original. As minhas começam agora. Até quando, ó político malandro, abusarás da nossa paciência dizendo uma coisa e pretendendo que entendamos outra? Até quando, ó político sem escrúpulos, ainda há de zombar de nós essa tua retórica barata?
A que extremos, ó político 171, se há de precipitar a tua audácia sem freios para inventar novos golpes e receber novas propinas? Até quando, ó político fajuto, abusarás da nossa paciência justificando tuas canalhices como consequência de um sistema perverso que ajudaste a montar? Até quando, ó político corrupto, vais relativizar os teus roubos alegando que os outros também roubaram? Até quando, ó político astuto, condenarás os roubos dos teus colegas e esquecerás que também te fizeste desviando dinheiro público ou recebendo propinas de empresas privadas para facilitar negócios com o Estado? Até quando, ó político verborrágico, enrolarás eleitores vulneráveis com tuas promessas que se apagam no dia seguinte ao das eleições? Até quando, ó político venal, te venderás por uma conta na Suíça?
A que extremos chegará a tua cara de pau para continuar?
Até quando, ó político sem convicções, defenderás ideias que não te pertencem e lerás na Constituição o que nela não está escrito apenas para satisfazer tua sede poder a qualquer custo? Até quando, ó político infame, mentirás, enganarás e roubarás como se fosse normal? Até quando te permitirás dar de ombros e dizer que sempre foi assim? Até quando chamarás de estratégia as tuas artimanhas para enganar os incautos e chegar aos teus fins odiosos? Até quando inventarás notas frias para ganhar diárias indevidas? Até quando inventarás viagens desnecessárias? Até quando manipularás odômetros? Até quando pedirás aos teus funcionários uma parte dos salários para o teu bolso ou para a caixinha do teu mandato ou da tua campanha? Até quando, ó político cretino, pensarás “meu pirão primeiro” e dirás “pelo bem do povo”?
Até quando, ó político politiqueiro, tramarás nas garagens, venderás teu voto e reclamarás que a mídia te persegue? Até quando, político ordinário, farás discursos em nome da transparência e acordos secretos? Até quando, político astuto, votarás em reformas políticas que pioram o existente fazendo crer que estás empenhando em salvar a lavoura e ampliar a democracia? Até quando, ó político canalha, tentarás nos convencer de que política é isso mesmo, jogo de cena, representação, faz que vai mas não vai, toma-lá-dá-cá, uma mão suja a outra e quem pede recebe? Nossa paciência está acabando. Será a tua desfaçatez eterna?
"Precisamos  da boa política e  acima de tudo  de homens  comprometidos  com  seus
deveres e direitos, tanto  na sua vida  privada  como  na sua vida pública.
A  política  não pode  ser  o  palco de  maus   homens que vão  para  a vida pública para  se  locupletarem e  fazerem  mau  ao  povo  e  fazerem  com que  a cada  dia nós
percamos o  gosto  e  o  desejo  de fazermos uma boa politica, a  política boa para todos  e não  para  os "amigos".
Nesse  final  de ano,  seria muito  bom, cada um de nós  fazermos um  "mea culpa" e
pensarmos  nas  nossas escolhas, lembramos o que  fez  aquele candidato   que  eu  votei   e  que  com o  meu  voto esta vereador,  deputado, governador, presidente,  senador, enfim, todos nós reclamamos  desse  ou  daquele  mas  nós  também  somos
responsáveis  pois  não  praticamos  nossa  cidadania, ficamos esperando  que os  nossos  governantes,  representantes façam tudo   e  isso  não  é política,  tem que haver,  essa interação entre o  cidadão e os representantes do  povo  e vice-versa  pois
só assim os  caminhos para todos serão  melhores  e  poderemos olhar  com  mais cor
o  nosso próximo futuro  para nós  e para os nossos  pequenos.
Pensem  nisso enquanto eu  vos digo  até amanhã.

O WHATSAPP - NOSSAS CONEXÕES

Somos  conectados  pela tecnologia e  não  pelos nossos  sensores  humanos. É  mais  fácil  digitar, pegar  um  celular,  um  computador  ou qualquer  aparelho  moderno  que a  nossa tecnologia nos
coloca  a disposição  ainda porque até os nossos pequenos  já nascem  com um celular na mão  e
por  incrível que pareça  incentivado  pelos  pais , isso  é a modernidade,  somos  dirigidos  como uma
manada para  estarmos ligados,  conectados  e  até dormirmos  com  nossos aparelhos,  ir ao banheiro,
num casamento,  num  aniversário, e  até igrejas, pasmem,  é só olharmos  a nossa  volta  somos sim
namorados,  amantes, casados  com  os  aparelhos,  esses  sim , são os verdadeiros parceiros  nossos,
com certeza  não  é só  o  gordinho  "aquele"   que pega todas, com o seu  charme e poder de sedução.
Os tempos mudaram, as relações mudaram,  digo as relações mudaram, sim, as pessoas dão  muito mais atenção ao  seu  aparelho  celular, andróide, seja   lá o que  for, para  sua relação.
São  os conflitos dos  tempos modernos,  da modernidade, e  temos sim  que conviver com essa  boa
nova. O  mundo se comunica, fica mais  pequeno, até as fofocas,  as intrigas,mentiras, safadezas se
multiplicam  exponencialmente.
Essa conexão digital,   é  imprescindível   para  as relações,  humanas,  para  as relações  laborais pois
elas maximizam e  viabilizam   as relações.
Segundo o   geógrafo Milton Santos(1926-2001)"uma  tirania  da informação   que nos bombardeia  e, de certa  forma,  nos aliena   em relação   ao  próprio  conhecimento e à  informação,  pois acabamos  por "engolir",  tal como  nos  apresentam  nas redes sociais, uma informação  globalizada,
guiada por um  modelo elitista, muitas vezes sem grandes questionamentos sobre  sua origem.Apenas
adotamos   como  uma verdade, reproduzindo-as  e produzindo   opiniões  em cima de opiniões.
É sabido  e muito que estamos sim, à mercê dessa  tecnologia  e presos a tudo isso, e esquecemos da
verdadeira relação  humana, pois o  mais importante  é estarmos  conectados seja com quem  for e
a hora que for.
Com essa  histeria  que ocorreu  quando  do  bloqueio  do app whatsapp  nos damos conta  e isso  é
verdadeiro  que  estamos ligados mais  do que nunca  e  prisioneiros  dessas  ferramentas  em  nossas
relações.
Penso  que uma reflexão nossa  sobre  essas tecnologias  seria muito  bom  sobre  nossa necessidade e utilidade de conexão com   o  nosso mundo  virtual  que que  permite a invasão  sem cerimônia de nossa  privacidade como  cidadãos,  nossas exposições de todo  o  tipo,  de idéias  em  comentários e
o  mais contundente  penso  eu, "e  produção  de verdades"  não  comprovadas,  é uma  conexão,   sim aparente, mas que muitos estão  envolvidos  mas na verdade   nos afasta, acaba, realmente  de  nossas
reais necessidades humanas.
Que o papai noel  nos traga essa percepção, para  dentro  da gente, e não nos deixar de ver um mundo sem cheiro,  sem toques  e abraços reais,  pois é esse  mundo  que respira que é o real.
Que  os amores, as relações  sejam  fruto do verdadeiro  sentimento  entre os seres, entre um  homem
e uma mulher e que a vida real não  coloque entre  todos nós os whatsapps da vida.
Pensem nisso  enquanto eu  vos digo até amanhã.



segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

O VEREADOR CASSADO DE SANTA MARIA - RS

Santa  Maria teve  na  tarde  do dia  17/12/2015,  o  seu  primeiro  vereador  cassado,João Carlos Maciel, do  PMDB, que foi alvo  de uma  investigação   por  90  dias por uma  comissão  da Câmara de Vereadores  ,  a qual  não  encontrou  provas   do  que foi  apurado, dando  seu  parecer  para  ser
arquivado o  processo de  cassação.
A quebra  de decoro  praticada pelo  vereador,  foi  aceita  pelos  vereadores,  os quais  na sua maioria
 16  a 4 votaram  pela cassação  do  vereador.
O  Psol fez a denúncia  e o  caso  passou a ser apurado  em setembro, agora passado. Os motivos que
foram  a causa do motivo  de denúncia foram:1) exigência por parte do  vereador de parte dos salários
de  três de  seus assessores  parlamentares  em 2009,  quando  João  Carlos Maciel era o presidente do
legislativo  e 2) uso de assessores  para fins particulares.
Esse  mandato do legislativo de Santa Maria  penso  eu, é um dos mais inócuos   que eu já  presenciei
na política  pois,os trabalhos dos vereadores  não produziram o que  se espera  de uma casa legislativa
que é fiscalizar  o  executivo, elaborar leis.
Se não  fosse  o Psol entrar com uma representação  contra o  vereador cassado muito provavelmente
ele não  seria  cassado.
Mas  no  ocaso do  ano, a Câmara de Vereadores ao  menos teve  uma  conduta condizente  com o seu  papel.
O  que fica  disso  tudo   é um  alerta  para todo  aquele  que entra  para  a política  pensando  que está à margem  da lei, a maioria dos  vereadores,  pensam que  estão no  mundo  de fantasia  e que apenas
podem  fazer o  que  acham.
A maioria  dos projetos  que  passou  na  casa, eram  de nomes de ruas, homenagens  a  cidadãos e isso  é muito pouco  para uma legislatura.
O vereador  tem  que estar  conectado  com sua  comunidade  e fazer com responsabilidade  o seu
papel.
Pensem nisso  enquanto  eu  vos digo  até amanhã.

sábado, 12 de dezembro de 2015

O GOLPE

Maio de 68 em São Paulo, capitães do golpe e o melhor discurso de Dilma

O Brasil vive um momento especial.
A gurizada de São Paulo fez o maio de 1968 brasileiro: derrubou a burrice do poder burocrático, que pretendia reformar escolas levando jovens a estudar mais longe de casa sem razão alguma.
A meninada ocupou escolas, deu lições de cidadania, retomou o melhor sentido da política, invalidou a estupidez da tecnocracia, que reagiu mandando a polícia bater em adolescentes e, no melhor estilo já conhecido do governo paranaense, perdeu a compostura.
Em Brasília, as coisas começaram a definir-se. Eduardo Cunha acionou o golpe. Eliseu Padilha saltou do barco para ser o tenente do capitão golpista Michel Temer, que enviou carta à presidente Dilma choramingando por ter sido supostamente desvalorizado. Segundo ele, Dilma não confiaria no PMDB. Que razão teria Dilma para confiar num partido que a trai desde sempre? Um partido que não vota unido na chapa do seu presidente nacional.
O golpe está na pauta. Sem qualquer crime de responsabilidade da presidente da República.
As pedaladas fiscais são um pretexto pífio. As de 2014 estão invalidadas por artigo da Constituição, que impede de responsabilizar presidentes por atos de outro mandato. As de 2015 foram anuladas pelo PLN 5, que alterou a meta fiscal. Qualquer criança sabe disso.
Dilma fez um discurso corajoso. Assumiu que mandou bancos públicos adiantarem o pagamento do bolsa-família e do Minha Casa Minha Vida. Não fez empréstimo, não roubou. Apenas não deixou que pessoas ficassem sem o pouco que recebem para sobreviver.
“Uma parte do que me acusam é de ter pago o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida. Paguei sim. Nós pagamos com o dinheiro do povo brasileiro. Não foi empréstimo, foi o dinheiro legítimo dos tributos pagos pelo povo deste país”, disse a presidente.
Fez bem.
Devia ser condecorada.
Por que a direita nunca pediu o impeachment de governadores de todos os partidos que descumpriram leis como a do piso do magistério?
Adiantar benefícios não pode.
Deixar de pagá-los, sim.
A oposição brasileira precisa aprender com a Venezuela.
Lá, o resultado eleitoral foi acatado pelos perdedores.
Dito isso, o PT paga por muitos dos seus erros, por ter feito alianças espúrias, por ter vendido a alma ao diabo, por ser arrogante, por ter tolerado a corrupção e por sua soberba.
O PT quis golpear Itamar e FHC.
Na época, tucanos denunciavam o golpismo petista.
No Brasil, como na época de Carlos Lacerda, todos continuam golpistas.
Constitucional é o golpe que cada um, conforme a circunstância, apoia.
Democracia é acatar o resultado das urnas, salvo se houver crime indiscutível, e poder trancar ruas para protestar quando não se é ouvido ou se é vítima de injustiças flagrantes.
O conservadorismo adora a paz dos cemitérios.
Quer manifestações que não atrapalhem e que não surtam efeito.
Já era assim quando os negros lutavam pela abolição da escravatura.
Os escravocratas diziam que não eram contra, só não aceitavam os “métodos”, que consideravam radicais, e o momento. Entendiam que os escravos podiam esperar.
Quem não tem onde morar e não recebe ajuda das autoridades só tem uma coisa a fazer:
Parar o trânsito.
Pensem nisso  enquanto  eu  vos digo  até amanhã.

UMA CARTA PARA PRESIDENTA DILMA VANA ROUSSEFF

PEDRO  MACIEL  -  ADVOGADO

                                  Eu não faço parte dos setenta Juristas que a visitaram e entregaram pareceres à senhora, sou apenas um modesto advogado aqui na minha cidade, com credenciais igualmente modestas, mas tenho refletido e escrito sobre a tensão entre os Poderes da República faz alguns anos e sobre que chamei de "metodologia do golpe", ou seja, o processo de usurpação do poder por aqueles que não têm voto, com ajuda de parcela da mídia e de setores públicos apropriados pela ideologia liberal. Não preciso escrever sobre isso agora, quero dar uma sugestão para a senhora.
Escrevo à senhora porque sou brasileiro, patriota e porque penso compreender as causas não publicadas dessa crise política, a qual potencializa a crise econômica e gera tristeza e sofrimento; escrevo também porque me lembrei do conto "O moleiro de Sans-Souci", de François Andrieux.
Lembra-se dele PRESIDENTA?
É nesse conto que se cinzelou a famosa frase: "Ainda há juízes em Berlim!".
Antes de entrar no assunto registro que nossas vidas são como a poesia de Carlos Drummond de Andrade, ele a descreveu como algo cheio de imperfeições: "Minha poesia é cheia de imperfeições. Se eu fosse crítico, apontaria muitos defeitos. Não vou apontar. Deixo para os outros. Minha obra é pública.", mas mesmo qualificando-a como imperfeita ela foi, e é transformadora porque nos enriquece a alma e porque é capaz de nos fazer pessoas melhores.
A Política também é cheia de imperfeições e defeitos, mas apenas ela é capaz de fazer a sociedade melhorar e apenas através dela podemos superar crises, qualquer outro caminho leva ao sofrimento das pessoas.
Bem, feita essa ressalva, nós podemos dizer com orgulho que há juízes no Brasil também, assim como havia em Berlim. O Ministro Fachim, advogado honrado que a Advocacia empresta ao STF, mostrou isso essa semana... A senhora se lembra do conto Presidenta?
A história é sobre um humilde moleiro, que não queria vender suas terras para Frederico, o Grande (que as desejava para aumentar seus aposentos palacianos)? E, Quando o rei disse-lhe que era rei e tudo podia, o moleiro respondeu-lhe: "Vossa Majestade, mas ainda há juízes em Berlim". E Frederico desistiu.
Os patrimonialistas, herdeiros da UND, os capitães-do-golpe, os canalhas de várias espécies podem "ser rei" Presidenta, mas "ainda há juízes em Berlim", ou noutras palavras: há cidadãos no Brasil e são os cidadãos patriotas que criaram as instituições, as estruturas, o Estado e os três poderes, esses verdadeiros brasileiros, com os quais a senhora deve conversar pessoal e diretamente. Os cidadãos patriotas estão acima e além dos ímpios, verdadeiros simulacros de pessoas que, mesmo polidos, se distanciam das fundamentais virtudes humanas e das virtudes divinas.
A senhora que dedicou sua vida à Política e pauta-se de forma honrada deve estar profundamente decepcionada com muitas coisas e a decepção traz consigo uma tristeza que pulsa incômoda, além de uma frustração eloqüente, que fala à nossa consciência, mas creia: há Juízes no Brasil e esses juízes são os cidadãos, por isso faça o que deve ser feito.
Se os tempos se nos apresentam caóticos e apesar do caos, da decepção, há esperança e ela nos faz crer que esse caos não traz apenas anarquia ou desordem, o caos anuncia uma nova ordem.
Sei que o PT hegemonizou um processo novo na política brasileira, apresentou políticas sociais de reconhecido sucesso, investiu, multiplicou o PIB, gerou milhões de empregos, retirou duas dezenas de brasileiros da miséria, ou seja, fez o que se espera de um governo social-democrata inserido num mundo liberal, são legados inegáveis, contudo Presidenta Dilma, o governo não fez até agora uma autocrítica pública e humilde dos erros cometidos por agentes públicos de diversos partidos. Essa autocrítica pública é fundamental.
Essa é minha sugestão, faça essa autocrítica e pública para depois seguir seu caminho, defender seu mandato e defender as políticas sociais. Para isso seja justa com os companheiros e aliados, mas seja generosa com o povo.
Converse com a sociedade, converse conosco pessoal e diretamente, pois os ímpios não têm com quem conversar. Conversar e agir é o que o povo brasileiro espera da senhora. Nesses tempos sombrios é heróico agir, é heróico conversar. Não reduza a Política à judicialização.
Agir nesse momento é heróico, trabalhar e conversar com as pessoas e dizer o que está fato acontecendo é o que se deve fazer. Mas ignore personagens como o ministro Mercadante, ele não merece tanto prestigio, descarte-o, seu governo ficará melhor sem ele.
Vencer os impasses com ação, com diálogo, pois as questões policiais, que envolvem personalidades da republica, do setor financeiro e empresarial, são responsabilidade das policias, do Ministério Público e do Poder Judiciário. Esses assuntos policiais não podem paralisar uma nação. Uma nação se constrói com ações Políticas.
Bem, o país hoje vive vários impasses, alguns de dimensão internacional e no plano interno, o país vive um limite estrutural. O Brasil conquistou um conjunto de avanços, mas se os processos de expansão das políticas sociais chegaram a um limite, a partir do qual são necessárias mudanças estruturais explique para as pessoas, elas entenderão, mas a senhora tem de dizer.
Esse caos é seara fértil para propor e implantar democraticamente reformas; apresentar as propostas é heróico num país em que a resistência das elites mostra-se extremamente forte, não hesite Presidenta e, repito, afaste-se de maus conselheiros como Mercadante, gente como ele tem impedido que o governo siga na construção democrática das mudanças estruturais indispensáveis.
Não deixe as pessoas esquecerem que o país colheu avanços sociais impressionantes, históricos, mas os efeitos da crise internacional chegaram e há decisões importantes para tomar, decisões heróicas. Há apenas uma coisa a fazer: vencer o medo e com coragem para fazer reformas estruturais, eternamente adiadas.
Por isso será necessária coragem heróica para dizer à sociedade que o rentismo vem impondo uma ciranda de juros elevados para rolagem da dívida pública e alto custo do crédito para pessoas físicas e jurídicas, e que essa realidade se traduziu, na prática, em um severo limite ao ciclo de crescimento baseado no mercado interno.
Serão fundamentais heroísmo e alma de militante para construir a unidade de forças progressistas (PSOL, PSB, REDE, PCdoB e do Movimento Cidadanista Raiz) e os quadros progressistas e patriotas do PMDB, PDT e até do PSDB como Bresser Pereira e Marconi Perillo para levar o governo para o centro-esquerda e dar efetividade aos avanços conquistados de direitos civis, políticos e sociais desde a Constituinte de 1988, sem perder de vista o necessário crescimento econômico e o equilíbrio fiscal.
Será heroico romper com as limitações impostas pela elite financeira ao desenvolvimento pleno do país, para isso será fundamental que lideranças empresariais de federações da indústria, como a FIESP, por exemplo, apoiem as reformas e mais ainda, é fundamental que elas participem da elaboração da proposta. E serão aliados legítimos e legitimadores, especialmente porque como escreveu Ladislau Dowbor "os juros internos da economia esterilizam as ações de política econômica social. O Rubens Ricupero e o Bresser Pereira, que foram ministros da Fazenda e entendem disso, aprovaram as minhas anotações".
O diálogo e a ação unirão o país a partir da apresentação de proposta das reformas que, após aprovadas, representem reformas estruturais, inclusive uma reforma financeira, ou fazemos isso ou haverá um retrocesso indesejado, retrocesso social, econômico e político.
A democracia fez bem ao Brasil ao contrário do que propaga o mau-caratismo golpista, basta lembrar que Em 1991 nós tínhamos 85% dos municípios do Brasil que tinham um IDH muito baixo, inferior a 0,50, já em 2010 apenas 32 municípios estavam nessa situação, ou seja, 0,6%. Esse é apenas um exemplo e representa uma mudança extremamente profunda e estrutural.
Por isso tudo com heroísmo a senhora está a resistir, mas o próximo passo é propor as reformas estruturais, a reforma financeira, a reforma tributária, a reforma política, a reforma urbana, etc. O heroísmo está no diálogo permanente com a sociedade, com ou sem panelaço; heroísmo está em conversar com o congresso, com os sindicados, com as federações de indústrias. O heroísmo e humildade necessária está em ouvir muito e seguir ouvindo, pois muita gente quer falar sobre a decepção em constatar a incapacidade de diversos atores políticos, que gozaram da sua confiança e da confiança de Lula, em desconstruir feudos e malfeitos e pior ainda: vê-los acusados de participação ou omissão em diversos casos.
Heroico é resistir, dialogar e agir, pois para manter a democracia forte e em movimento de crescente desenvolvimento é fundamental não perdermos de vista os objetivos da república previstos no artigo 3º da CF e quem não se movimenta, não sente as correntes que o prendem.
Pensem  nisso enquanto  eu  vos digo até amanhã.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

QUANDO LAMENTAMOS APENAS

Lamentar não  aumenta  a nossa capacidade de reagir não aumenta e nem tão pouco  nos encoraja  a enfrentar  as nossas  dificuldades.
São as lamentações que nos deixam parados no tempo, perdendo a oportunidade de caminhar e seguir nossa vida.
Sempre colocamos as lamentações à frente de nossas lutas, sendo que lamentando não saímos do lugar, colocamos uma venda em nossos olhos e ficamos ali no escuro do nosso próprio engano.
Não lamentar e enxergar as dificuldades é tarefa daquele que se esmera em coragem, confiança e persistência, por isso levante-se reaja e continue sem lamentar.
Perdemos tempo demais lamentando enquanto há muito para ser feito.
Tudo o que há na vida é para ser explorado e vivido intensamente. cabe a cada um de nós a força para caminhar sem lamentações.
Sabemos que  a correria dos  dias  nosso  de cada  dia, nos  brutalizam   por  nossas andanças,  por  tudo que a
gente  vive,  o  ambiente em que estamos  inserridos   nos moldam,  muitas  vezes,  pro  caminho  a  ou pro  caminho b  e  isso  sem nos darmos conta.
Por isso  quando  enfrentamos  nossas  dificuldades e a gente enfrenta, talvez a gente  super valoriza elas mas
isso cada um de nós  é que sabemos, o que  uma outra pessoa   resolveria um  assunto  semelhante  rapidamente
outra  faria  diferente o  caminho.
É  muito  comum   amigos  e conhecid0os  de  nossas relações  dizerem,  "  deixa disso,  faça aquilo,  não dá bola,
é assim  memso,  voce esquenta a cabeça  demais..""  é  ou não  é ?
Mas  temos que  pensar  e levarmos em  conta que  cada um  de nós somos  pessoas diferentes, cada um de nós
tem  uma ess~encia,  tem suas  crenças, suas idéias,  o  seu  modo  de pensar  já  cristalizado.
O  bom de tudo,   e   o que  se deseja,  é que  tenhamos equilibrio,  serenidade e acima  de tudo  estarmos sim
equilibrados emocionalmente  para   todo  o  dia que  começa.
PENSEM NISSO  ENQUANTO  EU  VOS DIGO ATÉ AMANHÃ. 


quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

O IMPEACHMENT DE DILMA VANA ROUSSEFF

O povo nas ruas vai barrar o impeachment

Editorial do site Vermelho:

A Câmara dos Deputados já foi presidida por homens com alto sentido da função pública, da moralidade republicana, e da responsabilidade democrática. A lembrança de deputados do calibre e da honradez de Ulysses Guimarães ou Adauto Lúcio Cardoso se impõe. Eram políticos que colocavam os interesses do país, as exigências da democracia, e sua própria honra, acima de qualquer interesse pessoal.

Não é o que acontece em nossos dias. A Câmara dos Deputados é presidida por um deputado contra o qual se acumulam acusações sobre acusações. De faltar com a verdade em CPIs, de receber dinheiros ilícitos, de manter contas secretas no exterior. De usar seu cargo, que o coloca em linha direta na sucessão presidencial, como um biombo que o esconda dessas acusações ou como recurso para fazer chantagens políticas em defesa de interesses pessoais e espúrios.

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, decidiu, nesta terça-feira (2), iniciar um processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, e não há como esconder o objetivo de retaliação contra o anunciado voto dos deputados do PT, na Comissão de Ética da Câmara, pela abertura de um processo parlamentar em que ele será julgado.

Além das chicanas políticas, da pequenez da atuação desse parlamentar que, incensado pela mídia conservadora e com decisivo apoio da direita na Câmara dos Deputados (as bancadas do PSDB, DEM, PPS e Solidariedade foram decisivas na eleição e nas ações de Cunha), é preciso levar em conta que a luta de classes, em sua manifestação mais crua, surge sem disfarces na cúpula do Estado brasileiro.

Ao longo de nosso período republicano os governos democráticos e progressistas que estiveram à frente da Presidência da República geraram reações golpistas. A direita, que sempre foi o principal fator de instabilidade política no Brasil, agiu da mesma maneira contra Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, João Goulart, Luiz Inácio Lula da Silva e, agora, contra Dilma Rousseff, contra quem nada há que possa legitimar uma ruptura institucional tão grave que justifique a perda de seu mandato – nem há fundamento jurídico, nem a presidenta praticou qualquer ato ilícito que fundamente a medida absurda pretendida pela direita.

A direita, que ao longo do tempo mandou nos rumos do país, não recua em usar os recursos ilegais e antidemocráticos – se não alcança o poder pela via legal, pelo voto popular, rasga a lei para tomar o governo de assalto.

É o que tenta agora. Com os apoios de sempre, sendo o mais caricato deles a figura deletéria do senador, ex-governador mineiro e candidato tucano derrotado em 2014, Aécio Neves, que posa de “campeão” do impeachment.

A direita, sobretudo seu principal partido, PSDB, quebrou o Brasil três vezes, no governo de Fernando Henrique Cardoso. Foi campeã na criação de desemprego, de arrocho salarial, de empobrecimento dos brasileiros e de humilhação nacional ante as imposições de governos estrangeiros, principalmente dos EUA. Este quadro mudou desde o início do atual ciclo de mudanças democráticas e soberanas no Brasil. Nos governos Lula e Dilma, desde 2003, mesmo no cenário da grave crise mundial do capitalismo, o Brasil avançou, a vida do povo melhorou, o país se tornou respeitado no mundo.

São mudanças que contrariam o programa da direita e ameaçam seus privilégios. E movem a oposição conservadora para, a todo custo, retomar o controle da Presidência da República.

Mas não passarão. O golpe da direita, desta vez, vai fracassar. Os golpistas terão que derrotar o campo progressista e democrático nas esferas institucionais – na Câmara dos Deputados e nas posições mais altas do Judiciário.

A luta pela legalidade vai ocupar as ruas nesta conflagração iniciada pela direita. Os democratas e progressistas sairão em defesa da legalidade e do mandato constitucional da presidenta da República.

O povo, nas ruas, vai vencer os golpistas, derrotar de vez a direita e consolidar as mudanças democráticas que o Brasil vive desde 2003. A direita não passará!

Pensem  nisso enqunto eu  vos digo até amanhã.

GOLPE A DEMOCRACIA

 Já se sabia no horizonte político  que  seria assim, o  presidente  da Câmara dos Deputados  no momento  em  que se avizinhava  a sua  cassação  jogou sua última cartada para manter ou tentar
manter-se no  cargo.
Se fala muito  que foi  por vingança  ao PT,  a atitude de Eduardo  Cunha, dar  curso  ao processo  de
destituição  do cargo  de Dilma Vana Rousseff,  eleita  legitimamente   do  cargo  mas  esse  detalhe
vingança ou não, hoje não  conta, penso é o que  esses  senhores lá  da Câmara dos Deputados estão
fazendo ao Brasil.
É  sabido  que o  Congresso  está em ebulição  política  logo  que  terminou  a  eleição   no ano  de
2014, os perdedores não  gostaram  de perder para o   Partido  dos Trabalhadores   e  a partir daí    foi
acontecendo uma séria de medidas da oposição no sentido de  desgastar o governo, boicotar votações
importantes   para  a vida dos  brasileiros  e aliado  a  isso  a lava a jato no seu papel.
É  sabido que  Eduardo  Cunha  é  um  homem com um  currílo  invejável de processos  e  o  mais
gritante  é que ele  recentemente mentiu,  dizendo  que não   tinha contas na Suiça  e  isso  foi muito
comprovado que tinha  conta  no País europeu  com grandes somas.
Essa  aventura  desse  processo contra  a democracia brasileira, pode nos  levar    sim, a um processo
muito  perigoso  que ainda não  podemoo dimensionar.
Essa  é a política nossa, a nossa realidade e  o  que se  gostaria   que  ocorresse seria  uma maturidade real da política,  pensar mais no  Brasil, e não  em projetos pessoais.
Repasso, a entevista de  Dalmo DALLARI.   ao  blog  da Cidania:


O jurista Dalmo de Abreu Dallari (83) foi quem primeiro previu, inclusive com grande antecedência, aqui neste Blog, que o Supremo Tribunal Federal interromperia a tentativa canhestra de Eduardo Cunha de mudar o rito do impeachment de forma a que fosse dispensada a necessidade de dois terços dos deputados para admitir o processo contra Dilma Rousseff.
Após a bomba política explodida na última quarta-feira, esta página foi ouvir novamente o doutor Dallari a fim de que desse seu parecer sobre as possibilidades de esse golpe paraguaio prosperar.
Dallari desdenhou das possibilidades de esse processo alcançar seus objetivos nefandos. Além de dizer que o STF fatalmente sustará o processo se for provocado, pois é inconstitucional devido a falta de crime de responsabilidade da presidente da República, o jurista acredita que nem seria necessário porque a própria Câmara deve acabar pulando fora do que chamou de “aventura política”.
Confira, abaixo, a entrevista de um dos maiores juristas do Brasil, de quem a fama e respeitabilidade têm caráter internacional.
***
Blog da Cidadania – Com o acolhimento do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, quero perguntar ao senhor sobre as possibilidades de esse processo ser sustado pelo Supremo Tribunal Federal e como o senhor encara a forma como esse processo foi desencadeado.
Dalmo Dallari – Antes de mais nada, eu tenho a convicção absoluta de que não há o mínimo fundamento jurídico para um processo de impeachment. É uma aventura política que, na circunstância atual, tem toda a característica de uma chantagem.
Eduardo Cunha foi denunciado, é sabidamente corrupto – por muitas práticas – e, agora, está tentando fazer um “fogo de barragem” para se autoproteger. Mas como não há qualquer fundamento jurídico – esse processo aberto na Câmara é inconstitucional -, acredito que ele vai ter dificuldade dentro da própria Câmara.
Esse acolhimento do pedido de impeachment é um ato pessoal. Até aí, ele tinha como fazer. Mas, daqui por diante, ele vai ter que designar uma comissão [para analisar a admissibilidade do processo de impeachment] e essa comissão terá que emitir um parecer.
Naturalmente, ele vai tentar criar uma comissão que siga as suas determinações e, aí, acho que já vai começar a ter dificuldade porque, hoje, ele é uma figura muito desmoralizada. Assim, os deputados que forem na sequência de Eduardo Cunha vão sair desmoralizados, também.
Dessa maneira, acho que ele já vai ter problema até para o primeiro encaminhamento. Mas, depois disso, se for criada essa comissão ela terá que dar um parecer, fazer um relatório minucioso que será submetido ao Plenário da Câmara.
Para ser admitido o processo, porém, é preciso um quórum muito alto – são dois terços da Câmara, ou mais de 340 deputados. Na atual circunstância, parece-me duvidoso que tantos parlamentares queiram se ver associados a alguém que tem rejeição tão alta da sociedade.
Tudo isso é uma aventura política, uma encenação com, praticamente, NENHUMA POSSIBILIDADE de prosperar. Mas, em todo caso, do ponto de vista jurídico, se isso tiver seguimento é evidente que cabe uma ação da Presidência da República no Supremo Tribunal Federal.
Seria um Mandado de Segurança pela óbvia falta de fundamento jurídico do processo de impeachment, pois não se pode recorrer a tal procedimento sem uma causa plausível, só por razões políticas.
Blog da Cidadania – Como o senhor vê a postura do STF diante desse Mandado de Segurança?
Dalmo Dallari – Não tenho dúvida de que, na sua maioria, o Supremo Tribunal irá se orientar por critério constitucional assim como fez na questão do rito inconstitucional do impeachment que Eduardo Cunha tentou fazer passar recentemente, que reduzia drasticamente o quórum necessário para abrir o processo de impeachment.
Blog da Cidadania – Mas o senhor não acha temerário fazer essa afirmação diante do fato de que aquela Corte já tomou decisões questionáveis nos últimos anos?
Dalmo Dallari – Embora ainda haja membros do STF que não se guiam pela Constituição e, sim, por outros fatores, entendo que a maioria da Corte é orientada pelo respeito ao texto constitucional, que EXIGE uma causa para que esse processo seja desencadeado, causa essa que não existe. Por essa razão acredito que essa aventura de Eduardo Cunha pode ser sustada desde logo por um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal.
Blog da Cidadania – No fim da noite da última quarta-feira, o PT anunciou que iria ingressar com uma ação no Supremo Tribunal Federal que, inclusive, horas antes tinha sido defendida por este Blog.
Essa ação decorre do uso do cargo, pelo presidente da Câmara, em benefício próprio. É uma ação, abre aspas, por “abuso de poder”. Como o senhor vê a possibilidade de esse processo prosperar? O senhor acha que Eduardo Cunha pode vir a ser sancionado pela Justiça por usar o cargo de uma forma tão clara em benefício próprio?
Dalmo Dallari – Eu acredito que existe, sim, essa possibilidade, porque as informações a respeito desses desvios ilegais de Eduardo Cunha estão se multiplicando. Já há várias informações muito sérias inclusive a respeito de transferência de dinheiro para o exterior e de uso dos instrumentos da Câmara em benefício pessoal.
Blog da Cidadania – Quero aprofundar um pouco mais essa questão. A forma como a imprensa ventilou, fartamente, que Cunha estaria buscando uma barganha com o governo no sentido de que o PT votasse a favor dele no Conselho de Ética e, em troca, ele seguraria o processo de impeachment. Como o PT anunciou que não aderiria a essa chantagem e ele, em seguida, desencadeou o impeachment, isso, por si só, não poderia gerar uma condenação criminal do presidente da Câmara?
Dalmo Dallari – Aí, na verdade, foi uma tentativa de chantagem e o fato de ele ter encaminhado o processo de impeachment por não ter tido sucesso é muito grave. O próprio Miguel Reale, que deu um parecer favorável ao impeachment, fez pronunciamento – publicado hoje com todas as letras pelo jornal O Estado de São Paulo – que diz que Eduardo Cunha está fazendo uma chantagem.
Fica, ainda, a questão sobre como é que Reale dá parecer a um chantagista…
Blog da Cidadania – Na sessão da Câmara em que foi anunciado por Cunha o acolhimento desse processo de impeachment, vários expoentes da oposição fizeram discursos defendendo, ardorosamente, a medida que o senhor considera ilegal. Na hipótese de que essa oposição virulenta que se formou contra o governo Dilma Rousseff saia vencedora, como é que o senhor vê a situação de um país que comete uma enormidade dessas?
Dalmo Dallari – Primeiro eu vou chamar atenção para um aspecto que a imprensa não tem mencionado e que deveria ser posto em manchete. Na hipótese – a meu ver, remota – de que a presidente Dilma fosse cassada, surgiria a possibilidade de Eduardo Cunha virar presidente da República porque ele é o terceiro na linha de sucessão (!).
E como o vice-presidente Michel Temer é sabidamente candidato a presidente, é provável que ele não quisesse assumir o cargo, o que faria de Cunha presidente da República. Seria desmoralizante para o país.
Agora, o que eu acho que realmente deve ocorrer é uma reação dentro do próprio Congresso, na Câmara, porque, sabidamente, Eduardo Cunha é corrupto e os deputados que derem apoio a ele vão se ligar à iniciativa de um corrupto, de maneira que eu acho que, entre hoje e amanhã, eu acho que muitos deputados vão rever a sua posição. Em benefício próprio, diga-se.
Pensem nisso  enquanto eu  vos digo   até amanhã.

O TEMPO

O TEMPO MOISÉS MENDES Para lembrar ou para esquecer no fim do ano: uma lista de fatos que parecem ter ocorrido anteontem. 11 de dezembro d...