segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

POLÍCIA FEDERAL MAU CRIADA.

Delegados da PF temem fim da “independência” e ensaiam rebelião contra a constituição

Do Blog Crônicas do Mota

Seria patética, se não fosse preocupante pelo seu teor sedicioso, a nota que a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal soltou quando soube que José Eduardo Cardozo iria sair da chefia do Ministério da Justiça.
Ora, se eles eles são incapazes até mesmo de saber de quem é um sítio em Atibaia ou um apartamento no Guarujá, como é que tinham certeza que Cardozo seria defenestrado por “pressões políticas”, como escrevem no documento?
Outra coisa: que história é essa de que “receberam com extrema preocupação” a notícia da saída de Cardozo?
Funcionários públicos que são, os delegados não têm de se preocupar com quem vai ser seu chefe, pois isso é, constitucionalmente, atribuição do presidente da República – no caso, da presidenta Dilma.
E essa lorota de que “defenderão a independência funcional para a livre condução da investigação criminal e adotarão todas as medidas para preservar a pouca, mas importante, autonomia que a instituição Polícia Federal conquistou”?
No governo FHC a Polícia Federal não era independente, fazia o que o chefe queria, sem pudor de sujar as mãos em inquéritos políticos, não tinha nem equipamentos nem verba para investigar coisa nenhuma, seus funcionários ganhavam uma merreca – e ninguém reclamava!
Se hoje os delegados da PF têm essa pose toda, é porque a o governo trabalhista – esse mesmo governo que sabotam cotidianamente e que querem derrubar – equipou a corporação e deu a ela condições de trabalho.
O fato é que esses delegados estão desolados com a saída de Cardozo porque temem que seu sucessor, Wellington César Lima e Silva, ex-procurador-geral de Justiça da Bahia, exija deles ao menos que cumpram a lei, obedeçam a hierarquia e deixem a atuação partidária para quando estiverem fora de serviço.
A deprimente nota dos delegados, é a seguinte:
“Os Delegados da Polícia Federal receberam com extrema preocupação a notícia da iminente saída do Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em razões de pressões políticas para que controle os trabalhos da Polícia Federal.
“Os Delegados Federais reiteram que defenderão a independência funcional para a livre condução da investigação criminal e adotarão todas as medidas para preservar a pouca, mas importante, autonomia que a instituição Polícia Federal conquistou.
“Nesse cenário de grandes incertezas, se torna urgente a inserção da autonomia funcional e financeira da PF no texto constitucional.
“A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal permanece compromissada em fortalecer a Polícia Federal como uma polícia de Estado, técnica e autônoma, livre de pressões externas ou de orientações político-partidárias.
“Contamos com o apoio do povo brasileiro para defender a Polícia Federal.”
Há tempos que a POLÍCIA FEDERAL, ou  melhor dizendo  alguns  homens servidores do Estado brasileiro  se  acham,  os paladinos da justiça, não respeitando sequer  o mínimo do  que diz a Constituição  Federal.
No  mínimo  os  servidores  que  servem  a instituição  tem  que respeitar  a  hierarquia funcional e isso  é muito latente  que  há um  bom  tempo  não  vinha  sim
ocorrendo nos  corredores da Polícia Federal, penso  que  essa  carta,  é uma  maneira de pressionar, o governo Federal.
Cabe ao executivo não  a Polícia Federal, as  medidas que estão  em curso, pois estão  dentro  do  que  diz a
CONSTITUIÇÃO.
O  que cabe a  POLÍCIA FEDERAL  é trabalhar  e não fazer  politicagem aberta contra  o  Governo.
Pensem nisso  enquanto  eu vos digo até amanhã.

A FORÇA DE LULA É O SEU LEGADO

A força que protege Lula

PAULO  MOREIRA  LEITE  -  BRASIL 247


Ricardo Stuckert / Instituto Lula:
"O último DataFolha explica por que, a depender do juiz Sergio Moro, força-tarefa do Ministério Público e da mídia grande, a Operação Lava Jato não irá terminar tão cedo.
Embora já tenha produzido um massacre jurídico-midiático como nunca houve na política brasileira, realizando prisões cinematográficas em ritmo semanal por dois anos consecutivos, seguidas de vazamentos espetaculares destinadas a manter o país com a respiração em suspenso, do ponto de vista do seu alvo político a Lava Jato é um fracasso relativo.
Deixando de lado eufemismos morais e proclamações de tom messiânico, a operação ainda não deu conta de sua missão principal: eliminar o Partido dos Trabalhadores da cena política e, para isso, destruir a personalidade pública de Luiz Inácio Lula da Silva.
Programada para “deslegitimar a classe política”, como Sergio Moro deixa claro no artigo sobre As Mãos Limpas Italiana, a Lava Jato se encontra na metade do caminho, ainda que tenha realizado um desastre político enorme, em grande medida injusto, sem fundamentos jurídicos apropriados pelo Estado Democrático de Direito.
Desse ponto de vista, e imaginando que o país poderá cumprir o calendário eleitoral sem atropelos golpistas, nem Lula nem o PT deveriam ter direito de chegar a 2018 como uma força política-eleitoral expressiva. Mesmo que não seja capaz de vencer a eleição presidencial, este condomínio construído em volta de Lula também poderia reunir r condições de polarizar a resistência a um novo governo, voltado para revogar as conquistas da última década e meia.
Problema: para 37% dos brasileiros, informa Data Folha, Lula continua sendo o melhor presidente que o país já teve, um patamar sem comparação que se encontra a anos-luz de outros antecessores.
É um número ainda mais notável quando se recorda que Lula obteve essa aprovação dias depois da prisão do publicitário João Santana, da retomada de investigações sobre o tríplex, o sítio em Atibaia e outras notícias negativas. É bom sublinhar também que, do ponto de vista técnico, este desempenho – altamente competitivo por qualquer critério político – foi obtido numa pesquisa onde a avaliação era rebaixada artificialmente por um questionário no qual as perguntas se limitavam a apontar pontos negativos.
Como sabe qualquer calouro de sociologia, se o objetivo era apurar como Lula é visto pela maioria dos brasileiros, teria sido indispensável incluir, para uma avaliação mais isenta e adequada, os pontos positivos cumpridos em seus dois mandatos.
Os 37% mostram que a luta não terminou. Neste patamar, nenhum eventual candidato presidencial pode ser desprezado. Nem se pode assegurar que seja porta-voz de um projeto político extinto, que o eleitor não reconhece, não valoriza nem pode reavaliar positivamente em futuro próximo, quando tiver condições de olhar para fatos e argumentos com alguma frieza e liberdade de raciocínio.
É por essa razão, que é possível prever novos ataques, até porque a oposição mostra-se tão frágil, tão carente de raízes reais junto ao eleitorado, que todo cuidado é pouco. Seus principais concorrentes conseguem perder intenções de voto mesmo quando são tratados a pão de ló – o que também se vê no Data Folha.
Não me parece absurdo constatar uma diferença importante. Lula tem caído com ajuda da mídia, da Lava Jato – e também da crise econômica – mas os líderes da oposição são derrubados por méritos próprios.    
Pode-se prever não só novas cargas diretas contra Lula e seu círculo mais próximo, mas também contra  empresários que, de uma forma ou de outra, integraram o tripé socioeconômico que deu sustentação as mudanças ocorridas a partir de 2003, alimentado pela “perspectiva de ganhos mútuos com a ampliação de um mercado de massas – vantajosa para as empresas, para a sustentação eleitoral dos governos Lula-Dilma e para os assalariados em geral, em especial para a parcela superexplorada dos brasileiros,” como argumento na página 19 do livro A Outra História da Lava Jato.
Essa situação contém uma advertência para o governo e seus aliados, também. Os 37% de Lula se explicam por uma identidade política construída a partir de 2003, que a população reconhece e aprova, ainda que, em 2016, esteja enfrentando uma das mais graves recessões de nossa história econômica. Mais do que nunca, cabe ao governo preservar e fortalecer essa identidade, mostrando lealdade as conquistas e direitos obtidos no período."
Nesses  tempos bicudos de caças às bruxas do PT    e  principalmente  de suas maiores  lideranças,  e  entre elas
LULA, que até  o  momento  encontra-se incólume  diante 
ataques sistemáticos da mídia  conservadora   brasileira.
Isso  mostra  a todos nós que o  povo,  ou alguma  parcela 
dele  tem  memória e não  esqueceu  o que  LULA  fez para
o País  quando  esse , o  governou por  8  anos.
Pensem nisso enquanto  eu  vos digo até amanhã.


domingo, 28 de fevereiro de 2016

A FESTA LINDA DA PRÉ MUAMBA

Sábado, foi  um dia  de muita  festa  e  alegria,  com muito  samba no  pé,  a pré  Muamba foi   um
total  êxito, tudo  foi lindo.
Um  público  que  frequentou a gare da Estação  Ferroviária  de Santa Maria  em  torno de  3 mil foliões foi  pra brincar e  extravasar  sua alegria pois o  povo estava  sedento de uma festa plural em
todos os sentidos.
Cabe aqui,  colocar,  que estive  no evento, e  é  preciso  parabenizar a todos  e todas   os que  foram  até   a Gare  pela  maneira  que  se comportaram,  uma  irmandade,  harmonia só, não houve nenhum
senão que possamos aqui  colocar,  a festa  foi  pro  povo,  e o  povo  com  sua sabedoria e cidadania
soube  ocupar  aquele  espaço  para fraternizar  a alegria.
Gente  de todas as idades, famílias, que  vieram com  suas cadeiras  de praia  para sentar  e olhar  o
espetáculo  de alegria,  mães  com  seus  filhos  de colo  estavam  curtindo a bela  festa.
O  que  ficou evidenciado foi  que  quando  queremos  participar  de qualquer  evento e estarmos  com  o  coração  aberto  somente para coisas  boas, as  coisas boas ocorrem,  e foi  isso   o  que  a  noite  proporcionou, apenas alegria.
Não  foi  visto,  ao menos esse  blogueiro,  não  viu, órgãos  que cuidam da segurança  pública naquele  local, tanto  da  Brigada  Militar,  como  da Guarda Municipal, passarem  por lá.
Mas a  organização do  evento  pelo  que  sei mandou  ofício aos  órgãos competentes  pedindo apoio
ao  evento.
Mas saindo  desse quesito  segurança   é  muito  bom  sabermos  que o  que lá estiveram  estavam  lá
para  curtir  e  se divertir.
No  dia 12/03/16,  ocorrerá  a segunda Muamba  e com  certeza,  teremos  um  número  triplicado  de
público, a Muamba  contra  qualquer tipo  de intolerância  que há  em nossa  sociedade.
Como estive  no  evento,  dessa  pré  Muamba, alguns momentos  da alegria   da noite   os quais  eu
repasso pra todos:







Pensem nisso  enquanto  eu  vos digo até amanhã.

sábado, 27 de fevereiro de 2016

TEM ALEGRIA NA GARE

Acontece  hoje, com inicio  marcado  pra  começar  as  21;00h,  o  esquenta, da  pré  muamba  na Gare da Estação  Ferroviária.
A  grande  bandeira  desse esquenta é  a alegria  e  que todos  que por lá aparecerem  poderão  se divertir na Quadra da  Escola de Samba  Arco-íris,  com um  bom samba  no  pé,  e  a cadência dos
ritmistas da Escola.
A Programação  será:
. harmonia e bateria  da Escola  de  Samba  Arco-iris
.apresentação  dos  blocos  e coletivos da Muamba  e  suas musas
.apresentação  da corte da Muamba: porta  estandarte   e musas
.apresentação da drag  Loretta Comish
.homenagem  ao  Babalorixá  Guto de Xangô(in memorian)
.shows com bandas  de pagode
.apresentação  de rap  com o  Corap
.discotecagem  de Samantha Ribeiro

 No  dia 07/3/16 vai  acontecer a  Muamba da Tolerância  que  aqui  nesse espaço  foi divulgado.
Portanto,  quem  quiser aparecer  na Gare  chegue por lá  mas  vá com o espírito da alegria  e  com o
coração alegre,  para brincar,  sambar e curtir  umas horas  de energias  positivas.
Pensem nisso enquanto  eu  vos digo até amanhã.

AQUECENDO A CAMPANHA POLÍTICA EM SANTA MARIA

Esse blog  esteve  pela manhã  no  clube Comercial de  Santa Maria para  acompanhar  a reunião convocada  pelo  Diretório  Municipal  do PT  local,  para  as primeiras conversas  com alguns dos
nomes  que vão  concorrer a  vereança  da cidade,  nessas eleições vindouras em Outubro.
Além  do  presidente  local   do PT,  Cid,  esteve  presente entre outros, o  Deputado Valdeci Oliveira,
Helen  Cabral, o  presidente  da Câmara  de Vereadores, Fort, Luciano Ribas, Valdir  Oliveira, AdãoVilaverde, Gláucia,  e outros  membros e assessores políticos do PT.
 Houve uma apresentação  de dois  vídeos,  em que  foram  destacados a  trajetória  do  grande líder
Lula,  ex-presidente.
Os assuntos tratados,  versaram,  sobre a  realidade  política atual, tanto  municipal,  estadual   como
federal, e  o  quadro, em síntese aqui na cidade  de  Santa Maria  que ainda está  em formatação  final
no que tange aos  possíveis  candidatos para os outros  partidos.
Foi  consenso geral  que será uma  campanha dura  mas  o partido do PT  tem  chances  sim  de eleger
o prefeito  e fazer  uma  boa bancada.
O  que ficou  claro,  nessa  reunião  é que essa  eleição  será uma disputa  por  projetos ,  será  sim  uma  luta de classes.
Após a manifestação inicial  foi  colocada a  palavra aos presentes  para dar suas  opiniões.






Pensem nisso  enquanto  eu  vos digo  até amanhã.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

MAUS PRESSÁGIOS PARA MÍDIA DO GOLPE

Péssimas notícias para a mídia golpista

:
"Duas notinhas publicadas na Folha talvez ajudem a explicar o desespero dos barões da mídia, que nos últimos tempos radicalizaram ainda mais as suas posições políticas e escancararam o seu golpismo. A primeira revela a força da internet, que ameaça o modelo de negócios da imprensa tradicional. Segundo a coluna Painel desta segunda-feira (22), “a internet deve passar a receber mais publicidade federal. A Secretaria de Comunicação Social da Presidência elabora para este ano uma nova norma para atualizar a fatia da internet na partilha da comunicação social do país – em 2015, os investimentos federais na internet foram de 12,4%, marca que o Executivo considera insatisfatória”.
A notinha até tenta fazer intriga, especulando que “o Planalto promete não mudar os critérios de mídia técnica, uma reivindicação do PT para repassar mais recursos a blogs e sites simpáticos às causas do partido. Segundo previsões internas, a fatia da internet subiria para algo próximo a 20%. O governo diz que deseja ‘qualificar a audiência’, mexendo na forma de medir os acessos na internet”. Mas ela não deixa de evidenciar os temores da família Frias, que presencia acentuada queda da tiragem do seu jornal – de mais de um milhão de exemplares nos anos 1980 para menos de 200 mil atualmente. A explosão da internet, entre outros fatores, seria uma das principais causas da decadência do jornalão.
Assinaturas canceladas
A outra nota foi publicada na quinta-feira passada (18) e representa mais um revés para a mídia impressa. Ela informa que “a Mesa Diretora da Câmara Federal, presidida por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decidiu cancelar as assinaturas de jornais e revistas, que geraram um custo de R$ 1,96 milhão no ano passado, de acordo com a Primeira Secretaria... O edital do contrato, firmado em 2010 e renovado até fevereiro deste ano, previa 621 exemplares do ‘Correio Braziliense’, 572 assinaturas da Folha, 377 de ‘O Globo’ e 259 de ‘O Estado de S. Paulo’, entre outros jornais. No caso das revistas, os maiores volumes de assinaturas eram de ‘Veja’ (416), ‘IstoÉ’ (233), ‘Época’ (161) e ‘Carta Capital’ (120)”.
A Folha tucana, que sempre se jactou de ser o jornal mais lido pelos parlamentares em Brasília, até tenta disfarçar o impacto da medida. Após festejar a eleição do golpista Eduardo Cunha para a presidência da Câmara Federal, ela agora se faz de vítima de perseguição política. “A decisão [de cancelar as assinaturas] ocorre em um momento em que o peemedebista é alvo de acusações de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras e após sofrer uma derrota na Câmara, com a vitória de Leonardo Picciani (PMDB-RJ) para líder do partido na Casa. Eduardo Cunha tem reclamado da atuação da imprensa na cobertura dos casos envolvendo seu nome”. Ou seja: a familia Frias engoliu o seu próprio veneno!
‘Folha’ morre de medo de Lula
Em recente texto de opinião assinado pelo próprio editor de “Poder” da Folha, Fábio Zanini, o principal diário brasileiro explicitou a sua tática de “sangrar” Dilma e “matar” Lula. O articulista não vacilou em escrever que “decretar o fim da carreira política de Lula é tentador”, mas confessou que a tarefa oposicionista não é tão fácil assim. Após lembrar que “Lula já foi dado como acabado pelo menos três vezes em sua longa carreira política e sempre ressurgiu para surpreender seus críticos”, ele analisa que a continuidade do ciclo político iniciado pelo líder petista dependerá da evolução da economia e dos próprios méritos do ex-presidente. De forma marota, ele dá a linha para a oposição partidária.
Para ele, Lula “mantém muito de seu status mítico dentro do partido. Tem recall, carisma e dois mandatos que nem os opositores mais ferozes negam que tenham sido bem-sucedidos. Ele conta, assim, com uma base sobre a qual concorrer em 2018, na hipótese de conseguir em algum momento parar de afundar. Num cenário de economia em alguma recuperação, ainda que tímida, teria uma chance de chegar ao segundo turno. E, daí, é uma eleição aberta”. Em outras palavras, a orientação para evitar uma quinta vitória do “lulopetismo” consiste em dois movimentos: desgastar o governo Dilma, inclusive no terreno econômico, e fazer de tudo para desconstruir o “mítico” legado de Lula.
Por que esta orientação tática é tão “tentadora” para a famiglia Frias? Por duas razões. A primeira é eminentemente política. Os barões da mídia não toleram sequer o “reformismo brando” dos governos Dilma e Lula e sonham com a volta dos neoliberais puros ao poder – com sua política de desmonte do Estado, da nação e do trabalho. A segunda componente é mais mesquinha, mercenária. Diante da grave crise que atinge o modelo de negócios da mídia tradicional, em decorrência da explosão da internet e da perda acentuada da sua credibilidade, eles contam os dias para o retorno ao Palácio do Planalto dos seus amigos demotucanos – que retribuiriam a gentiliza com publicidade, isenções, empréstimos e outras mutretas. Eles se recordam de FHC, o grande amante dos barões da mídia!"
Pensem nisso  enquanto  eu  vos digo  até amanhã.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

POLÍCIA ANTIPETISTA


Conheça a Polícia Política Antipetista (PPA)

:
No âmbito da narrativa sobre ditadura que se abateu sobre o Brasil (um regime paralelo ao poder oficial que é, de fato, o que controla o país), há que reservar um capítulo para o órgão que executa a repressão.
Todos os regimes ditatoriais requerem uma polícia política destinada a perseguir e "anular" os que possam incomodar os ditadores. De acordo com o nível de truculência de cada ditadura, sua polícia política promove essa anulação através da violência física.
A violência física é uma característica das ditaduras e é usada em diversos graus de contundência.
Algumas ditaduras não têm alternativa à violência física escancarada, com torturas e até assassinatos. Essas ditaduras são aquelas que se instalam à revelia de governos populares.
No Brasil já tivemos vários regimes dessa natureza, mas é a primeira vez que experimentamos um novo tipo de ditadura, a ditadura extra-oficial que governa sem estar no poder através do controle dos órgãos de Estado.
O fato é que todos os governos petistas desde 2003 foram fracos desde o primeiro momento. O primeiro governo Lula assumiu sob concessão da direita. Sem a "carta aos brasileiros", muitos acreditam que a direita nem deixaria esse governo tomar posse.
Desde o primeiro dia os governos petistas estiveram sob lupa e sob avaliação constante. Tiveram que fazer profissões de fé no respeito à propriedade privada e aos ganhos do rentismo, ou não assumiriam.
Lula ou Dilma não teriam força para montar um aparelhamento dos órgãos de controle e do STF como fizeram seus antecessores. Seria imaginável a direita aceitar que Lula colocasse um "engavetador" na Procuradoria Geral da República.
Apesar da altíssima popularidade dos governos do PT entre 2003 e 2013, esses governos não tinham força para fazer e acontecer como um governo Fernando Henrique Cardoso, por exemplo, que dispunha de apoio da mídia até nos momentos das suas grandes barbeiragem, como na maxidesvalorização do real, em 1999.
Blindado contra investigações de corrupção, apoiado pela mídia, agraciado por maioria em um Congresso ameaçado por essa mesma mídia de ser demonizado caso não se rendesse ao governo federal, FHC conseguiu a proeza de quebrar e saquear o país sem jamais ter sido investigado por nada.
Com o PT, a fórmula para explorar sua fragilidade foi usar os órgãos de controle, que passaram a ter liberdade total sob o petismo, para formação de uma política política cujo único propósito é investigar e prender petistas por crimes verdadeiros ou forjados pelo governo paralelo.
Este Blog divulgará nos próximos dias informações sobre as entranhas desse monstro que passo a chamar de PPA (Polícia Política Antipetista). O que você lerá a seguir não é especulação, é fato. Foi revelado a este Blog como funciona a PPA.
Essa polícia política é formada, basicamente, por setores do Ministério Público que hoje o controlam, por setores da Polícia Federal que hoje a controlam, por setores do Judiciário que hoje o controlam, por partidos de oposição assumidos ou enrustidos e, por último e mais importante, por um grupelho de impérios de mídia.
A Operação Lava Jato é o coração e os pulmões da PPA, a polícia política da ditadura informal que hoje governa informalmente o país no lugar de Dilma Rousseff, manietada pelo Legislativo, pelo Judiciário etc.
Funciona assim: toda semana a Lava Jato envia aos principais impérios de mídia do país informações sobre seus próximos passos. Os "releases" de Sergio Moro e companhia sobre seus próximos alvos chegam às redações com uma semana de antecedência, na pior das hipóteses.
Muitas vezes, porém, os relatórios da Lava Jato para a mídia são passados em reuniões periódicas que apontam quais alvos do "petismo" e do governo federal serão fustigados ao longo de períodos maiores.
Moro ou seus prepostos mantêm reuniões frequentes com os grandes grupos de mídia e juntos planejam campanhas de difamação contra petistas e contra o governo federal. E, claro, estratégias para enfraquecer Lula.
Não estou supondo, não estou especulando, estou apenas comunicando ao país que existe uma Polícia Política Antipetistas controlada pela Lava Jato e que, como diz o nome, só existe por que o PT está no poder.
A PPA – ou a Lava Jato – não visa combater a corrupção coisa nenhuma; visa combater a corrupção que possa existir no PT ou em governos do PT de qualquer nível (Federal, Estadual ou municipal). E, caso não se ache nada desabonador, a PPA inventa.
Nos próximos dias, o Blog apresentará uma prova do que está afirmando. Aguardem.

Pensem nisso  enquanto  eu  vos digo até amanhã.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO O PROTEGIDO DA MÍDIA

Novela FHC-Mirian já perde audiência

:
"denúncias da jornalista Mirian Dutra, de que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso lhe mandava dólares através da empresa Brasif, baseada nas ilhas Caymann, e pagou dois abortos durante o tempo em que teve uma relação extra-conjugal com ele, já caiu no esquecimento da mídia. Diante disso, FHC, que passou alguns dias acuado pelas acusações da ex-amante, já se sentiu encorajado a continuar criticando o governo e a pregar o golpe. Em recente entrevista ele disse: "Quase tudo o que construímos está sendo destruído. A união entre incompetência e corrupção levou o Brasil às cordas. Mas o Brasil é forte e vai sair das cordas e nós vamos voltar a governar o Brasil". Face a essa declaração, pergunta-se: o que foi mesmo que ele construiu? Alguém sabe responder? O Plano Real, a única realização que os tucanos sempre apresentam, não vale, pois não foi obra do governo dele, mas do governo de Itamar Franco.
Em matéria de cinismo FHC é imbatível. Ele sabe, como de resto todo mundo, que dilapidou o patrimônio nacional, entregando nossas estatais e riquezas naturais ao capital estrangeiro a preço de banana. Ele sabe que subornou deputados para a aprovação da Emenda da Reeleição. Ele sabe que impediu todas as investigações da Policia Federal sobre corrupção no seu governo e abafou todas as tentativas no Congresso para instalação de Comissões Parlamentares de Inquérito destinadas a investigá-lo. Ele sabe que deixou o país com uma inflação de dois dígitos, as dívidas multiplicadas e as reservas quase no fundo do tacho. A única verdade que disse nessa entrevista é aquela de que o Brasil é maior do que tudo isso e sem dúvida vai sair do sufoco. Agora, quanto a voltar a governar o país só se for por meio de um golpe, que estão desesperadamente lutando para conseguir, porque através das urnas está muito difícil.
O fato é que o ex-presidente tucano tem conseguido, desde o seu governo, manter-se sob as graças da Grande Mídia, que se esforça para preservá-lo contra qualquer fato desabonador, divulgando a notícia discretamente, quase obrigando o leitor a utilizar lupa para lê-la, ou simplesmente ignorando-o. Além disso, também caiu nas boas graças de setores do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Policia Federal, que fazem vista grossa para as graves denúncias recentemente feitas por delatores contra ele. O ex-diretor da área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, por exemplo, afirmou a investigadores da Lava Jato que a compra da empresa argentina Pérez Companc (PeCom) pela Petrobras, por US$ 1,02 bilhão, em julho de 2002, "envolveu uma propina ao governo FHC de US$ 100 milhões". Ele nem precisou jurar inocência para evitar ser investigado. Bastou dizer, em nota, que as afirmações eram "vagas" e que "sem especificar pessoas envolvidas, servem apenas para confundir e não trazem elementos que permitam verificação". Já imaginaram se essa acusação fosse feita a Lula? O mundo viria abaixo e o ex-presidente operário estaria preso.
A acusação de Mirian Dutra de que ele usou a Brasif S.A. Exportação e Importação para lhe enviar dinheiro a Barcelona, onde estava exilada desde a descoberta da gravidez do filho dele, também não mereceu a menor atenção dos diligentes procuradores e policiais. Ele também não precisou negar veementemente, como faria qualquer pessoa inocente. Bastou dizer: "É invenção, não sei de quem. São coisas menores. Estou preocupado com o Brasil". Assim como no caso da propina de 100 milhões de dólares, conforme acusação de Cerveró, a denúncia da jornalista também foi ignorada, solenemente, pelos "caçadores de corruptos", segundo classificação de uma revista americana. Até o ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, preferiu não incomodar o ex-presidente tucano com essas "bobagens". Nesse ponto FHC mostrou mais competência do que Dilma. Ele impediu qualquer investigação ao seu governo, tanto por parte da Policia Federal quanto do Congresso Nacional. E continua imune.
Além da blindagem, o ex-presidente tucano também conta com a defesa canina de alguns colunistas, como Ricardo Noblat, do Globo, e Eliane Cantanhede, da "Folha". Noblat criticou a colega, acusando-a de ter se exilado na Europa de livre e espontânea vontade depois da descoberta da sua gravidez, ao mesmo tempo em que questiona a sua reclamação de que trabalhou pouco: "Por que continuou recebendo salário da Globo sem pegar no pesado?". Quem responde a Noblat é Luiz Carlos Azenha, com outra pergunta: "Por que a Globo pagou 7 mil dólares mensais a uma correspondente que não trabalhava?". Ainda na defesa do jornal em que trabalha, acusado de esconder a notícia do filho bastardo de FHC, Noblat saiu-se com esta: "A imprensa poderia ter publicado, sim, que os dois namoraram durante seis anos. Mas a imprensa brasileira sempre evitou falar da vida privada de homens públicos". Desde que não seja a vida privada de Lula, faltou dizer, porque esta foi escancarada e escandalizada.
Por sua vez, a colunista Eliane Cantanhede, que já aborda a questão da cassação da presidenta Dilma Rousseff pelo TSE como fato consumado, preferiu responsabilizar o PT pela denúncia de Mirian Dutra, segundo ela, para desviar o foco do massacre a Lula. "A sua entrada em cena e o que ela diz embaralham o jogo político, desviam o foco do tríplex, do sítio, dos filhos e da venda de medidas provisórias e reforçam a estratégia do PT", ela disse em sua coluna. Eliane tem razão: o PT é culpado de tudo o que acontece de ruim – é culpado pelas chuvas intensas que provocam enchentes; é culpado pela seca que castiga o sertão; é culpado pelos tornados que destruíram cidades no Sul; é culpado pelo rompimento da barragem do Fundão, em Minas, que causou 17 mortes e destruiu extensa área; é culpado pela proliferação do mosquito Aedes aegypti, embora o tucano José Serra tenha demitido 6 mil mata-mosquitos quando ministro da Saúde do governo FHC; é culpado pelo aquecimento global, etc, etc. Esse pessoal continua achando que o povo brasileiro é imbecil.
Entre os ingredientes pitorescos do novelão estão personagens que já morreram e outros que continuam muito vivos e até uma funcionária-fantasma do Senado, "cunhada" de FHC, irmã de Mirian: Margrit foi empregada no Senado pelo "cunhadão" FHC quando ainda na Presidência da República, mas nunca cumpriu expediente. O senador José Serra, em cujo gabinete ela é lotada, apresentou uma desculpa candente para justificar a sua ausência do Senado: ela está fazendo para ele um "trabalho sigiloso" em sua própria casa. Uma mentirinha ao estilo tucano. O colunista Ricardo Noblat, no entanto, que se caracterizou como porta-voz dos interesses do Globo nesse caso específico, noticiou que o fantasma já foi exorcizado. E observa-se agora que, sem audiência, o novelão saiu do ar sem provocar nenhum dano ao galã oitentão. Seria esse o último capítulo, insosso, desse dramalhão? É bem possível, no entanto, que o seu autor oculto – o destino – esteja preparando um final bem mais interessante. O tempo dirá."
Enquanto nossa mídia corrupta acomunada  com  setores  progressistas estiverem  ao lado de uma oposição  que "tanto  pior  melhor" e  escondendo as verdades que  ocorrem  no País, para  comprometer  um  governo  já combalido  por ataques ferozes  diariamente  será muito  difícil enxergamos
a luz  esperada  no  fim  do  túnel.
FHC,   o  príncipe  da privataria  tucana vendeu  o  Brasil sem
cerimônia alguma, mas para isso há o  silêncio nojento  de uma  mídia  que não  inspira confiança ao  cidadão.
Pensem nisso enquanto  eu  vos digo até amanhã.

MARGRIT CADÊ VOCÊ MOÇA ?


margrit5
Ela estava ao lado do Senado, mas não para trabalhar

O imbroglio Mirian Dutra/FHC trouxe de lambuja as desventuras da irmã de Mirian, Margrit Dutra Schmidt.
Margrit é funcionária fantasma do senador José Serra. Teria de cumprir nove horas de expediente, mas nunca foi vista pelos colegas.
Um chefe de gabinete de Serra forneceu uma desculpa cínica: “Ela trabalha para o senador como consultora. Ele solicita trabalhos e ela produz”.
O salário é de R$ 9.456,13. Serra veio com uma conversa absurda de que Margrit estaria envolvida em um “projeto educacional”.
Pediu a um repórter que não adiantasse o assunto porque se trata de algo sigiloso. “Conheço a Mag há muitos anos. Tenho relações pessoais e intelectuais”, afirma.
Como alguém iria “adiantar um assunto” se ele não existe? Que misteriosas “relações pessoas e intelectuais”?
A última vez em que se ouviu falar de Margrit ela estava na República Dominicana, coincidentemente no mesmo período em que João Santana esteve no país.
Desde então, sumiu.
Parêntese: o colunista Ricardo Noblat conseguiu dar mais um chute em sua longa carreira de cacetadas a esmo (como esquecer do fantástico “furo” sobre a morte “para as próximas horas” de Ariano Suassuna quando o pobre velhote já estava na UTI por um fio?)
De acordo com Noblat, ela será demitida. Até 2020, quem sabe, isso ocorra. Fecha parêntese.
Suas contas nas redes sociais foram apagadas. Margrit, como todos os infelizes que moram no Facebook, postava foto de suas viagens (inclusive da Dominicana), da família, dos cachorros, da comida, de tudo enfim.
É uma típica revoltada on line. Tremendo 171, há 15 anos na maciota com chefes tucanos, vivia gritando contra a corrupção, os petralhas e o escambau.
É uma mulher rica. Foi casada com um antigo lobista de Brasília, Fernando Lemos, amigo de Fernando Henrique. Segundo o jornalista Palmério Doria, Lemos foi o operador das tentativas de suborno do governo para tentar melar a reportagem sobre Mirian Dutra da “Caros Amigos” em 2000.
Primo de Roberto Campos, figura folclórica, Lemos teria intermediado a jogada para a Brasif pagar Mirian no exterior. Morreu em 2012 com seus segredos e suas pilantragens.
Serra está bem vivo e deve explicações, mas elas não lhe serão cobradas. Entre outras coisas, o feroz opositor do ajuste fiscal e dos cortes públicos sustenta uma senhora com dinheiro público.
Senhora essa que sabe Asmodeu onde estará, mas que ninguém deverá se surpreender se não estiver morando mais no Brasil.
DO  DCM
PENSEM  NISSO  ENQUANTO  EU  VOS DIGO  ATÉ AM,ANHÃ.

POR QUE LULA ?

LEONARDO YAROCHEWSKI
"Sétimo dos oito filhos de um casal de lavradores analfabetos que vivenciaram a fome e a miséria na zona mais pobre de Pernambuco, Aristides Inácio da Silva e Eurídice Ferreira de Melo, Luiz Inácio da Silva nasceu em 27 de outubro de 1945 em Caetés, que à época era um distrito do município de Garanhuns, interior de Pernambuco. Como ele mesmo disse:
"Somente quem passou fome sabe o que é a fome. Uma coisa é a fome de literatura. Uma coisa é a fome de você saber, por ouvir dizer, que alguém está com fome. Outra coisa é a fome de quem passa fome. Outra coisa é uma dona de casa ver o sol se pondo, um fogão de lenha com uma boca só, um pedacinho de madeira queimando, um pouquinho de água fervendo e não ter 300 gramas de feijão para colocar naquela água, não ter o arroz, não ter o leite e muito menos o pão. E não é apenas um dia. São vários dias, durante vários meses e, às vezes, durante vários anos".
Antes de chegar à presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva amargou três derrotas. A primeira derrota do homem de origem humilde, nordestino, torneiro mecânico, metalúrgico do ABC paulista, sindicalista e fundador do Partido dos Trabalhadores (PT), veio nas eleições diretas após a redemocratização do país. Em 1989, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chega ao segundo turno das eleições, mas perde para o candidato Fernando Collor de Mello (PRN) – o caçador de marajás - que recebeu amplo apoio da mídia e do empresariado que se sentiam ameaçados pelo "radicalismo" do ex-sindicalista de esquerda.
Naquela época, até a barba, ainda negra, cultivada por Lula causava arrepios na classe dominante que avistava com medo a possibilidade de ser governada por um homem que fugia completamente o perfil idealizado e cultivado pela "fina flor" e pela classe média. Um homem que embora fosse a cara do povo brasileiro e, talvez, por isso fosse odiado pela elite e pela oligarquia. De igual modo, o neófito Partido dos Trabalhadores(PT), fundado em 1980, apesar da presença de vários intelectuais, ainda não conseguia por si só arrebatar um número de pessoas suficientes para eleger o presidente da República.
Depois de ser derrotado por Fernando Collor, que acabou sofrendo o impeachment, Luiz Inácio Lula da Silva amargou mais duas derrotas para Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 1994 e 1998.
Foram necessárias três derrotas e mudança de estilo, inclusive no vestir, para que a elite engolisse o "Sapo Barbudo", no dizer de Leonel Brizola. A elite, incluindo boa parte da classe média, política, econômica e social do país.
Finalmente, em 27 de outubro de 2002, derrotando o candidato da situação José Serra (PSDB), Luiz Inácio Lula da Silva é eleito o 35º presidente da República do Brasil.
Em 29 de outubro de 2006 Luiz Inácio Lula da Silva é reeleito presidente da República derrotando Geraldo Alckimin (PSDB). A rivalidade do Partido dos Trabalhadores (PT) com o PSDB aumentava a cada nova eleição.
Após deixar a presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva com o seu inegável prestigio político, alto índice de aprovação e enorme cacife eleitoral fez em 2010 sua sucessora Dilma Rousseff. A presidenta Dilma, na eleição mais acirrada e disputada do país, se reelege em 2014, derrotando Aécio Neves, mais uma vez um tucano. Inconformado com a derrota nas urnas o PSDB, DEM e outros partidos que se opõem ao projeto político e social do governo, continuam tentando no "tapetão" dos tribunais do país destituir Dilma Rousseff da presidência da República. Paralelamente há uma sórdida tentativa por parte dos setores mais conservadores e autoritários da sociedade brasileira em destruir Luiz Inácio Lula da Silva e tudo que ele representou e representa para o povo brasileiro e para o país.
Embora tenha deixado a presidência da República há cerca de seis anos, Luiz Inácio Lula da Silva continua sofrendo ataques preconceituosos e discriminatórios. Agora as ofensas estão acompanhadas de uma tentativa vil de criminalizar o ex-presidente.
Por que Lula? Porque ele é filho da miséria; porque ele é nordestino; porque ele não tem curso superior; porque ele foi sindicalista; porque foi torneiro mecânico; porque é fundador do PT; porque bebe cachaça; porque fez um governo preferencialmente para as classes mais baixas e vulneráveis; porque retirou da invisibilidade milhões de brasileiros etc.
Fosse Luiz Inácio Lula da Silva um homem de posses, sulista, "doutor", poliglota, bebesse vinho e tivesse governado para os poucos que detêm o poder e o capital em detrimento dos que lutam sofregamente para ter o mínimo necessário para uma vida com dignidade, certamente a história seria outra. Grande parte daqueles que rejeitam Lula o fazem pelo que ele representa e pelo que ele simboliza. A elite nunca suportou ser governada por um homem do povo, com a cara e o jeito do povo brasileiro. Do mesmo modo que a elite não aceita ver pobres, negros e a classe operária saindo da invisibilidade para frequentar lugares, antes exclusivos das classes dominantes.
No que se refere aos excluídos e "invisíveis" Agostinho Ramalho observou que:
"Nos últimos anos, muitos deles têm sido vistos fora do 'seu' lugar: nos aeroportos, nos shopping centers, nos restaurantes. De repente, tornaram-se 'visíveis'. E isso choca e ameaça a classe que se acostumou historicamente a olhá-los 'de cima' e que agora se sente ameaçada de ser 'desalojada' do que sempre se acostumou a enxergar como o 'seu' lugar. O sentimento, agora, já não é de indiferença ('sou indiferente em relação a quem nem vejo'), mas de ódio ('odeio a quem vejo como ameaça para mim')".
Este mesmo "ódio" contra os excluídos (negros e pobres) é, também, direcionado a Luiz Inácio Lula da Silva quando ele passa de coadjuvante a protagonista, passando a ocupar a presidência da República. O "ódio" a Lula e ao povo se reflete nos ataques aos programas sociais do governo como Bolsa Família, ProUni, Luz para todos etc.
Muitos dos que se dizem democratas esquecem o verdadeiro sentido da democracia do ponto de vista material e não apenas formal. Democracia em sentido material compreende seres humanos com autoestima, portadores de dignidade e detentores de direitos e garantias. No dizer do constitucionalista José Afonso da Silva
"A democracia que o Estado Democrático de Direito realiza há de ser um processo de convivência social numa sociedade livre, justa e solidária (art. 3º, I da CR), em que o poder emana do povo, e deve ser exercido em proveito do povo, diretamente ou por representantes eleitos (art. 1º, parágrafo único); participativa, porque envolve a participação crescente do povo no processo decisório e na formação dos atos de governo; pluralista, porque respeita a pluralidade de ideias, culturas e etnias e pressupõe assim o diálogo entre opiniões e pensamentos divergentes e possibilidade de convivência de formas de organização e interesses diferentes da sociedade; há de ser um processo de libertação da pessoa humana da forma de opressão que não depende apenas do reconhecimento formal de certos direitos individuais, políticos e sociais, mas especialmente da vigência de condições econômicas suscetíveis de favorecer o seu pleno exercício".
Foi necessário que um trabalhador, filho da pobreza nordestina, identificado com o povo brasileiro assumisse a presidência para dar o verdadeiro e substancial sentido à democracia. Não há democracia com o povo de barriga vazia. Não há democracia na miséria. Democracia pressupõe vida digna. O Estado que se pretende democrático e de direito não pode ter cidadãos de primeira e segunda categoria. Não há democracia com o encarceramento em massa dos jovens, negros e pobres. Não há democracia quando o Estado Penal toma o lugar do Estado Social.
Infelizmente, por tentar construir um país mais igualitário, justo e verdadeiramente democrático Luiz Inácio Lula da Silva vem pagando um alto preço pela sua história, pela sua luta e pela sua origem. O preconceito e a discriminação nunca, absolutamente nunca, deixaram de acompanhar o ex-presidente.'
Pensem nisso enquanto  eu  vos digo até amanhã.

O TEMPO

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