domingo, 31 de julho de 2016

LETÍCIA SABATELLA AGREDIDA EM ATOS DE INTOLERÂNCIA

Juca Kfouri: Grupo agrediu Letícia Sabatella neste domingo, em Curitiba. Veja o vídeo; se conhecer algum, denuncie

31 de julho de 2016 às 20h53
img_2904 img_2902 img_2903
 Ajude a identificar os agressores de Letícia Sabatella
Um grupo de intolerantes agrediu a atriz Letícia Sabatella hoje à tarde, em Curitiba.
Se você conhecer algum dos protagonistas ajude a identificá-los.
Está na hora de dizer basta à intolerância.
Veja o vídeo:
Publicado em 31 de jul de 2016
31/07/2016 – Letícia Sabatella disse: “Não fui provocar ninguém, passava pela praça antes de começar a manifestação e parei pra conversar com uma senhora. Meu erro. Preocupa esta falta de democracia no nosso Brasil. Eles não sabem o que fazem.”
Pensem nisso  enquanto  eu  vos digo  até amanhã.

PORQUE LULA TEM DIREITO DE IR A ONU, EXPLICAM OS PROFESSORES

Professores explicam porque Lula tem direito a reclamar na ONU

lulacomite
No GGN, de Luís Nassif, os professores Claudia Maria Barbosa e Luiz Moreira, das faculdades de Direito das PUC do Paraná e do Rio de Janeiro, escrevem um claríssimo artigo explicando como é improcedente a reclamação dos dirigentes da Associação de Magistrados Brasileiros contra a atitude de Lula de representar ao Comitê da ONU que vela pela preservação dos Direitos Humanos. Impressiona que, movidos pelo corporativismo e pela ânsia de poder, pessoas com formação jurídica  queiram que um cidadão seja privado de qualquer direito legal de exigir isenção do Judiciário.
Será que não sabem, que no primeiro artigo do Protocolo do Pacto de Direitos Humanos da ONU está escrito, com todas as letras, que os países signatários “reconhecem que o Comitê tem competência para receber e examinar comunicações provenientes de indivíduos sujeitos à sua jurisdição que aleguem ser vítimas de uma violação”.?
Juiz que não respeita direito não é juiz, é justiceiro que condena segundo suas próprias vontades.

O Comitê de Direitos Humanos da ONU e o corporativismo dos juízes brasileiros

Claudia Maria Barbosa e Luiz Moreira
A pressa com que a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e a Associação dos Juízes Federais (AJUFE) emitiram notas criticando a ação do ex-presidente Lula de acionar o Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), para lhe garantir julgamento justo e imparcial, talvez possa justificar em parte a fragilidade e os equívocos nelas contidos.
O Brasil é, desde 1992, signatário do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos da ONU e, desde 2009, também de seu Protocolo Facultativo, que expressamente prevê a possibilidade de particulares encaminharem comunicação escrita ao referido Comitê, quando se sentirem ameaçados pela violação dos direitos protegidos pelo citado Pacto de Direitos Civis e Políticos da ONU.
O ex-presidente Lula não fez nada de diferente do que poderia fazer qualquer cidadão, inclusive um ex-presidente ungido duas vezes ao poder pelo voto dos brasileiros e que deixou seu segundo mandato com 80% de aprovação popular.
Ao acusar Lula de procurar o Comitê de Direitos Humanos da ONU “para constranger o andamento de investigações em curso”, a AMB a um só tempo revela sua ignorância quanto ao alcance do Direito Internacional no Direito brasileiro e, portanto, ao Sistema Internacional de Proteção aos Direitos Humanos, como expressa sua má vontade em relação à ONU.
Conforme decisão do Supremo Tribunal Federal, os Tratados de Direitos Humanos de que o Brasil é signatário, têm caráter de norma supralegal, sendo de observância obrigatória para todos, especialmente para o Poder Judiciário.
Em sua nota a AMB parece confundir força e independência com irresponsabilidade. A força do Judiciário decorre da legitimidade que advém de sua atuação dentro dos estritos parâmetros normativos e de sua defesa intransigente da Constituição.
Nesse sentido, a independência judicial é condição necessária, mas não suficiente, para a vigência do Estado de Direito, especialmente para aquele que se afirma democrático. Assim, espera-se que o Judiciário brasileiro mantenha-se contra majoritário, evitando “jogar para a torcida” ao invés de preservar imparcialmente as regras do jogo.
A Constituição da República preconiza a separação, o respeito e a harmonia entre os Poderes, mas também assegura que não existam poderes irresponsáveis, de maneira que todo exercício do poder obedeça a parâmetros jurídicos, passíveis de controle.
No Brasil de hoje há o papel politico do Judiciário, evidenciado pela parcialidade de alguns dos Ministros do Supremo Tribunal Federal e pela seletividade e pelos métodos extravagantes do juiz Sérgio Moro, levanta questionamentos sobre o que se pode esperar do Judiciário brasileiro, tornando atual a já clássica pergunta sobre “quem controla os julgadores…”.
A AMB, difícil saber se intencionalmente ou não, aproveita a crítica ao ex-presidente Lula para posicionar-se contra o Projeto de Lei do Senado 280, de 2016, que trata do abuso de poder cometido por autoridades. Certamente a AMB não desconhece que essa iniciativa não é patrocinada pelo partido do ex-presidente Lula, nem por ele e nem pela Presidenta Dilma, em cujos governos foram aprovados inúmeros e variados mecanismos de combate à corrupção.
A AMB expressamente declara que sua vigência “jamais tornaria possível uma investigação como a Lava Jato”. O que a AMB não diz é que referido projeto de lei apenas tipifica como abuso de poder ações que já são reprovadas pela Constituição, pelo Código de Processo Penal e pelo Pacto de Direitos Civis e Políticos. A novidade do projeto de lei, em tramitação no Senado, consiste no reconhecimento de que os controles sobre determinados órgãos e autoridades podem não ser eficazes ou não resultarem em punições efetivas. Nunca é demais rememorar que, no Brasil, juízes que cometem crimes não são demitidos, mas aposentados compulsoriamente, preservando vencimentos proporcionais ao seu tempo de serviço.
É constrangedor perceber que a AMB possa ter receio que juízes sejam punidos por se valerem de métodos e de procedimentos ilegais, proibidos tanto pelo direito brasileiro, quanto pelas normas internacionais.
É um desrespeito à cultura jurídica nacional que AMB e AJUFE pretendam estabelecer um “vale tudo” jurídico, admitindo que o sucesso de processos judiciais possa decorrer da violação ao direito e à Constituição. Ninguém está acima da lei, nem magistrados, nem cidadãos.
As notas da AMB e da AJUFE, ao sugerirem a infalibilidade de Sérgio Moro, apenas consolidam a ideia segundo a qual a alguns é permitida a adoção de práticas arbitrárias e indicam que os fins justificam os meios.
Como nenhum juiz é infalível e o direito brasileiro adota para si as normas da ONU, é de se esperar que as associações de juízes não assumam discursos de ódio contra a Organização das Nações Unidas, nem pretendam o “nós contra eles”, somente para garantir que os atos judiciais praticados por seus associados se sobreponham aos Direitos Humanos.
A reclamação do ex-presidente Lula é legal e singela. Ele exerceu seu direito de petição, isto é, solicitou que o Comitê de Direitos Humanos da ONU, não submetido às disputas partidárias e não sujeito à pressão da mídia brasileira, verifique se ele é vítima de perseguição, se seus direitos estão sendo violados e se Sérgio Moro se porta como juiz ou como acusador. Ele requer um julgamento isento e se submeterá a este novo julgamento: o resultado será o decidido pela ONU.
Em síntese: Lula que ser julgado, mas por juiz imparcial; Lula respeita a justiça, mas não quer ser justiçado."
Pensem  nisso  enquanto  eu  vos digo até amanhã.

JANIO DE FREITAS E A LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE

sábado, 30 de julho de 2016

O GOLPE PASSARÁ , E O BRASIL REENCONTRARÁ SEU CAMINHO


:
Uma horda tomou de assalto o poder no Brasil. Corruptos, misóginos, antidemocratas, ricos, brancos (e cristãos) se associaram numa extensa coalizão, passando por cima da Constituição e do Estado de direito. 
 
Políticos com extensa ficha criminal associados com perdedores das eleições, entorpecidos pelo ressentimento e cujas delações os colocam próximos à prática do banditismo, e o Parlamento mais pífio e conservador da história republicana promoveram uma “congressada” em dois tempos: primeiro na Câmara, que além de baixa é repugnantemente fétida; agora, na Senado, sob a batuta de políticos que envergonham qualquer parlamento no mundo democrático, salvo exceções em ambas as casas legislativas. Sem crime de responsabilidade  caracterizado, os inquisidores, impávidos, julgam a presidenta impunes; uma ação iliberal, porque sequer as leis são respeitadas.
 
Uma mídia venal, partidária, antidemocrática e antinacional tratou de “vitaminar” a sanha golpista. Manipulações de todas as ordens, mentiras e ódio passaram a pautar o cotidiano de um jornalismo que se transformou ora em entretenimento para esconder ou escamotear os fatos; ora em espetáculo inquisitorial.
  
A justiça, eterna servidora da casa grande, tão corrupta e elitista quanto os demais poderes, tratou de pavimentar os caminhos para a empreitada golpista. A corte mais alta assistiu impávida um bandido comandar a abertura do processo de impeachment; e qual tribunal de ninfas castas, acovardou-se quando um juiz - cujas ações seletivas e discricionárias expôs as vísceras de togados que agem seletivamente e são verdadeiros sepulcros caiados -, violentou a constituição permitindo a exibição, em rede nacional, de um grampo ilegal, a motivar a condenação tácita e pública da presidenta. 
 
Empresários do pato amarelo e seus patinhos associados, patrocinadores de golpes no passado e no presente, injetaram dinheiro sujo para todo o tipo de financiamento dos aventureiros golpistas. Sempre beneficiados pelo modelo econômico (especulação concentradora de riqueza e renda) e tributário (que penaliza o consumidor e isenta os ricos) e pelas benesses dos subsídios governamentais, resolveram que, a partir de agora, o assalto à Nação será escancarado e sem pudor.
 
Segmentos perversos da classe média, que não aceitam uma sociedade justa e igualitária, se agregaram a lideranças religiosas, intelectuais e subcelebridades para contaminar as redes sociais de ódio e espírito de vingança. Criaram heróis nacionais que fazem Hitler retorcer no túmulo de inveja e construíram uma narrativa quase hegemônica a justificar o injustificável.
 
Rezando na cartilha dos interesses norteamericanos, que não aceitam a autonomia dos povos latino-americanos, os usurpadores de plantão estão prontos a entregarem nossas riquezas minerais, como o pré-sal; nossos recursos da biodiversidade e nosso patrimônio imaterial: potências que podem transformar esse país numa grande nação.
 
Os partidos políticos, em sua maioria, se transformaram em gangues ávidas pelo poder a qualquer custo. Fins passaram a justificar quaisquer meios nas relações político-partidárias. Dispensam-se comentários sobre os caminhos trilhados pelos partidos de direita, aqui incluso o PSDB. Em síntese, flertam com o fascismo. Mas, é preciso registar que o PT foi dominado por grupos pragmáticos, políticos de péssima estirpe, interesseiros de todas as espécies que embarcaram quando o partido estava no poder e lá convivem se temor, nem pudor. Mostrou em reiteradas vezes que os ideais de seus fundadores na década de 1980 se transformaram em letra (quase) morta. Aqueles petistas coerentes, pouquíssimos e minoritários, que defendem uma refundação do partido, são vozes que clamam no deserto. O lema “o povo não é bobo, abaixo a rede globo” também poderá ser cantado para expurgar outros atores políticos. As eleições se avizinham...
 
Enquanto isso, o discurso e a prática fascistas vão tomando forma e vigor. O grupo usurpador tem uma agenda violentamente perversa contra os pobres, os trabalhadores, as minorias, o patrimônio público. Enfim, contra o Brasil e os brasileiros. Só aguardam a consolidação do golpe, do jogo jogado, para, de forma avassaladora, colocar em prática a política do desmantelamento do estado e da opressão social. Não medirão esforços para passar por cima daqueles que se colocarem no caminho, porque têm pressa em destruir o pouco que foi conquistado com duríssimo sacrifício pelo povo brasileiro desde a Constituição de 1988.
 
A maioria dos brasileiros ainda não entendeu o que ocorre. Não percebeu que o golpe não é contra uma presidenta, nem contra um partido. Apesar de desejarem destruir Dilma e o PT, os golpistas querem inviabilizar, definitivamente, a possibilidade real da construção de uma nação justa e solidária. Por isso, tanta pressa, tanta sanha, tanta violência, tanta cobiça, tanto ódio.
  
Independentemente de Dilma voltar ao poder, um número cada vez maior de brasileiros já entende: os golpistas escrevem o presente da nossa história. Têm nome e identidade. Mas não têm, como outrora, o controle total da informação. Portanto, não poderão sufocar a verdade. Não passarão!
 
Há muitos sinais de resistência. Os movimentos sociais estão se reativando. Os grupos historicamente oprimidos, como as mulheres, dão sinais de extraordinária vitalidade e engajamento cívico. E, certamente, quando os trabalhadores e os pobres perceberem que o pouquíssimo que conquistaram poderá ser perdido, aí teremos construído o caminho do retorno à democracia.
 
Os golpistas não entenderam que o acesso ao consumo nos últimos anos injetou nos trabalhadores desse país o vírus (ainda inativo) do inconformismo com a pobreza e a miséria. Uma pessoa que acostumou a ter um smartphone e uma TV de LCD, a comer carne, viajar de avião, frequentar shopping e universidade não aceitará nunca mais ser chicoteada pelos capatazes da casa grande. Isso explica o medo dos golpistas em relação a Paulo Freire e tanto desejo pela implementação da malfadada “escola sem partido”. Mas, a escassez (de trabalho, de possibilidades de consumo, etc.) e a miséria ativarão, mais cedo ou mais tarde, esse vírus (até agora) adormecido. A consciência coletiva produzirá distintos níveis de indignação. E a indignação será o instrumento das transformações. Esse é o grande temor dos golpistas.
 
Infelizmente, o pouco de consciência de pertencimento efetivo à Nação, ou seja, de sentimento e vivência da cidadania, veio pelos caminhos tortuosos do acesso ao consumo individualista; muito pouco contribuiu a educação e outras políticas públicas. Mas, seja como for, superaremos essa profunda violência a que fomos submetidos à medida que as pessoas se conscientizarem que a pobreza, a miséria e a desigualdade não são vontade de Deus; são imposições injustas de grupos de elite, inaceitáveis sob o ponto de vista ético, social, político e moral.
 
O precipício momentâneo será de suor e lágrimas. Mas, o Brasil reencontrará a planície da democracia.O  GOLPE"


Pensem  nisso  enquanto eu  vos digo  até amanhã.

O TEMPO

O TEMPO MOISÉS MENDES Para lembrar ou para esquecer no fim do ano: uma lista de fatos que parecem ter ocorrido anteontem. 11 de dezembro d...