segunda-feira, 24 de junho de 2019

TACLA DURAN COMPROVA PAGAMENTO A AMIGO DE MORO

Tacla Duran comprova pagamento a amigo de Moro e vai processar ministro por calúnia

Ex-advogado da Odebrecht Rodrigo Taclan Durán, que acusa amigos do ministro da Justiça, Sérgio Moro, de pedirem dinheiro em troca de benefícios na Lava Jato, irá à Justiça contra o ex-juiz; na semana passada, Moro disse que a versão do brasileiro seria fantasiosa e que ele era um “lavador profissional de dinheiro”; Duran, porém, apresentou documentos que demonstram o pagamento de US$ 612 mil a um advogado amigo de Moro
247 - "O ex-advogado da Odebrecht Rodrigo Taclan Durán, que acusa advogados amigos do ministro da Justiça, Sérgio Moro, de pedirem dinheiro em troca de benefícios na Operação Lava Jato, irá ingressar com uma ação judicial contra o ex-juiz. Segundo os advogados de Duran, a ação seria uma resposta ao depoimento de Moro no Senado, realizado na semana passada, no qual ele disse que a versão do brasileiro seria fantasiosa e que ele era um “lavador profissional de dinheiro”. 
“Os crimes de injuria, calunia e difamação, praticados pelo ministro Sergio Moro durante audiência pública no Senado Federal transmitida em rede nacional deverão ser objeto de medidas judiciais", disse o advogado Sebastian Suarez, segundo reportagem de Jamil Chade, no UOL. Documentos bancários encaminhados ao Ministério Público da Suíça, porém, comprovam que no dia 14 de julho de 2016, Tacla Duran realizou um pagamento de US$ 612 mil - feito por meio de um banco em Genebra - para a conta do  advogado Marlus Arn, em uma conta do Banco Paulista. 
Na semana passada, Tacla Duram já havia revelado que havia sido vítima de uma extorsão de US$ 5 milhões.  Na ocasião, ele afirmou que pagou “para não ser preso” e para que seu nome não fosse envolvido nas delações premiadas de outros investigados pela Lava Jato (leia no Brasil 247). 
Em seu depoimento no Senado, Moro disse que as declarações de Tacla eram” história requentada. Isso saiu em 2017, é uma história totalmente estapafúrdia. Essa pessoa é um lavador profissional de dinheiro que está foragido do país para escapar do processo", afirmou. Por meio de um comunicado, a defesa do brasileiro afirmou que ele "jamais foi condenado em qualquer jurisdição do planeta" e que "quando interpelado nos autos de processo judicial, em jurisdição europeia, sobre uma transferência bancária comprovadamente realizada, Rodrigo Tacla Duran prestou os devidos esclarecimentos como colaborador".

Pensem  nisso  enquanto eu  vos digo  até  amanhã.

A COVARDIA DE UM SUPREMO FEDERAL ACOVARDADO

Covardia Suprema coloca caso Lula no pé da pauta e joga seu pedido de liberdade para o infinito e além

RICARDO MIRANDA

"Moro foi um juiz parcial e Lula só foi condenado graças ao seu empenho pessoal para isso. Mas o Supremo, mais uma vez, coloca-se como cúmplice dessa trama", diz o colunista Ricardo Miranda, após o STF retirar de pauta o julgamento do Habeas Corpus de Lula, que pediu suspeição do ex-juiz; "Sérgio Moro aceitou o convite do então presidente eleito Jair Bolsonaro para comandar o Ministério da Justiça. Aliás, existe prova mais cabal de foi tudo escancaradamente combinado? O pior cego é o que não quer ver. E usa uma toga do Supremo"
BRASIL  247


"Com Supremo, com tudo. Com Gilmar Mendes. Com Cármen Lúcia. Com a cambada toda – ou quase toda. Lula, por meio de seu advogado Cristiano Zanin Martins, reagiu com indignação à manobra, mas a covardia do Supremo parece sacramentada. Para você que aterrissou no planeta agora, na véspera do julgamento do pedido de liberdade de Lula apresentado pela defesa do ex-presidente, quando nada mais poderia impedir a avaliação da suspeição do então juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba e hoje ministro Sérgio Moro – com The Intercept, com tudo -, decidiu-se colocar o tema como 12º item da pauta da Segunda Turma do STF, o que na prática impediria sua votação nesta terça, 25. Como adiantou Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo, a presidente da Segunda turma, Carminha, colocou inexplicavelmente o caso no último lugar da fila. Antes dele, 11 processos teriam que ser apreciados. Nada tão urgente assim. Mas manda quem pode. Gilmar Mendes, então, decidiu jogar a pauta para o infinito e além – na melhor das hipóteses, para meados do próximo semestre. Quando, esperam todos, Bolsonaro, Moro e cia, as revelações do The Intercept, mostrando um conluio entre o juiz de primeira instância e uma das partes, no caso, o Ministério Público – indicando testemunhas, antecipando decisões, discutindo detalhes do caso com os procuradores, e até se referindo ao trabalho da defesa como “showzinho” -, terá esfriado. Moro foi um juiz parcial e Lula só foi condenado graças ao seu empenho pessoal para isso. Mas o Supremo, mais uma vez, coloca-se como cúmplice dessa trama.
A essa altura, só uma coisa pode ainda impedir a estratégia, certamente nascida dentro do Palácio do Planalto, e que encontrou respaldo no Supremo – mais uma vez. A reação de Lula, que começa a ecoar pelos canais possíveis, para quem está preso. Além de se movimentar por meio de Zanin – que deve entrar com novo pedido para que o habeas corpus de Lula, iniciado em dezembro do ano passado, tenha primazia sobre os demais -, Lula divulgou nesta segunda-feira uma carta enviada ao ex-chanceler Celso Amorim, um de seus aliados mais próximos. “Meus advogados recorreram ao Supremo Tribunal Federal, para que eu tenha finalmente um processo e um julgamento justos, o que nunca tive nas mãos de Sergio Moro. Muita gente poderosa, no Brasil e até de outros países, quer impedir essa decisão, ou continuar adiando, o que dá no mesmo para quem está preso injustamente”, diz ele. “A pergunta que faço todos os dias aqui onde estou é uma só: por que tanto medo da verdade? A resposta não interessa apenas a mim, mas a todos que esperam por Justiça”. Lula também rebate uma tese falaciosa que prospera com a finalidade de mantê-lo trancafiado: a de que liberta-lo seria abortar a Lava Jato e transformar as prisões realizadas até hoje num barata voa, como se o julgamento questionado não fosse exclusivamente o caso do Tríplex do Guarujá. “Alguns dizem que ao anular meu processo estarão anulando todas as decisões da Lava Jato, o que é uma grande mentira pois na Justiça cada caso é um caso. Também tentam confundir, dizendo que meu caso só poderia ser julgado depois de uma investigação sobre as mensagens entre Moro e os procuradores que estão sendo reveladas nos últimos dias. Acontece que nós entramos com a ação em novembro do ano passado, muito antes dos jornalistas do The  Intercept divulgarem essas notícias. Já apresentamos provas suficientes de que o juiz é suspeito e não foi imparcial”, rebateu Lela.
Agora, para que o tema seja chamado a julgamento, dependerá da ministra Cármen Lúcia, que assume a presidência da Segunda Turma nesta terça. O pedido de liberdade, apresentado em 2018, começou a ser julgado no ano passado, e dois ministros da Segunda Turma já votaram contra conceder liberdade a Lula: Luiz Edson Fachin e… Cármen Lúcia. Terceiro a votar na ocasião, o ministro Gilmar Mendes pediu vista, mas liberou o caso para julgamento no último dia 10 depois do vazamento dos diálogos pelo The Intercept. Além do ministro, deverão votar Ricardo Lewandowski e Celso de Mello. Na semana passada, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou um parecer ao STF no qual se manifestou contrariamente ao pedido apresentado pela defesa de Lula. A defesa de Lula apresentou o pedido quando Sérgio Moro aceitou o convite do então presidente eleito Jair Bolsonaro para comandar o Ministério da Justiça. Aliás, existe prova mais cabal de foi tudo escancaradamente combinado? O pior cego é o que não quer ver. E usa uma toga do Supremo."

Pensem  nisso  enquanto  eu  vos digo  até  amanhã.

domingo, 23 de junho de 2019

MORO E DALLAGNOL E SEUS CRIMES

Glenn: Moro e Dallagnol terão agora que encarar seus próprios crimes

Numa sequência de tweets, o jornalista Glenn Greenwald comemorou a parceria com a Folha, que atestou a veracidade das mensagens, e previu dias difíceis para a dupla Moro e Dallagnol. Suas táticas de demonização e intimidação não funcionam. Eles têm que enfrentar a substância incriminadora da reportagem", diz ele
O Brasil está em seu momento mais perigoso
247 – "O jornalista Glenn Greenwald publicou uma sequência de tweets em que afirma que Sergio Moro e Deltan Dallagnol agora terão que encarar os seus próprios crimes. Confira:
1/ Desde antes de começar a publicar #VazaJato, sabíamos que precisaria parceiros jornalísticos para reportar este enorme arquivo. Hoje começamos nossa primeira - mas não única - parceria com a publicação pela @folha. Nós explicamos a parceria aqui.
2/ Antes de discutir as novas revelações na @Folha, isso é a chave: como nós, a @Folha investigou o arquivo e "não detectou nenhum indício de que ele possa ter sido adulterado." Ao contrário, eles confirmaram "um forte indício da integridade do material." https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/06/serie-de-reportagens-da-folha-explora-mensagens-obtidas-por-site-the-intercept-brasil.shtml …
3/ Outros jornalistas com quem estamos trabalhando tb investigaram e concluíram o mesmo, e anunciarão isso. Quase ninguém - sobretudo Moro e LJ - acredita que o material é alterado. É única defesa que eles têm: uma tentativa cínica de distrair e lançar dúvidas. A @Folha enfatiza:
4/ Esta semana, LJ atacou não só eu e @TheInterceptbr, mas tb @ReinaldoAzavedo, que reportou material com @radiobandnewsfm. Agora @Folha. Outros seguirão. Suas táticas de demonização e intimidação não funcionam. Eles têm que enfrentar a substância incriminadora da reportagem.
5/ Essas novas revelações reportados em conjunto por @Folha e @TheInterceptBr provam, mais uma vez, que Moro - ao contrário de suas mentiras ao Senado - não era um juiz neutro, mas comandava LJ. Ele violou as regras éticas não às vezes, mas continuamente:
6/ Além de comandar os mesmos procuradores que ele estava julgando, Moro até tentou comandar grupos de protesto públicos (#TontosDoMBL). De novo, ele também tentou comandar *a campanha pública*. Todo o processo judicial foi corrompido pela constante violação de Moro de seu papel.
7/ Uma parte mais grave dessas novas revelações é a tentativa de Moro não apenas de comandar a promotoria e controlar a opinião pública, mas também de manipular o STF. Esta explicação das manobras de Moro contra o STF é exatamente correta:
8/ @Estadao - antes mesmo de Azavedo e @Folha começarem a reportar - disse que "quem conheceu Moro encontrou um homem abatido" porque "de julgador, passou um ser julgado." Até mesmo @Estadao exigiu sua renúncia. Suas impropriedades são incontestável. https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,moro-tenta-fazer-de-crise-um-plebiscito-da-lava-jato,70002875021 …"
Pensem nisso  enquanto  eu  vos digo  até  amanhã.

O PARTO DE MORO: O FASCISMO

Moro pariu o fascismo

"Ainda é muito cedo para dizer se Moro conseguirá se segurar no cargo ou não. Mas seu legado já é cristalino: destruição econômica, demolição da democracia e ascensão do fascismo. Este foi seu parto", diz o jornalista Leonardo Attuch, editor do 247
"O ex-juiz Sérgio Moro diz em seu Twitter que a montanha da Folha e do Intercept pariu um rato. Se a sua avaliação é correta ou não, saberemos nos próximos dias. Mas um fato incontestável é que Moro pariu Bolsonaro - aliás, a que figura da fauna o bolsonarismo seria comparável?
Na sua manchete deste domingo, o jornal Estado de S. Paulo informa que os brasileiros ficaram 16% mais pobres nos últimos cinco anos, ou seja, no período da Lava Jato. Outra reportagem noticia que nove de dezesseis construtoras nacionais investigadas quebraram.
Foi esse ambiente de devastação econômica que permitiu a ascensão de um governo de extrema-direita que envergonha o Brasil aos olhos do mundo. Nossa dita ‘elite’ finge que tudo vai bem porque Rodrigo Maia é quem manda e Bolsonaro seria uma rainha da Inglaterra.
Ainda é muito cedo para dizer se Moro conseguirá se segurar no cargo ou não. Mas seu legado já é cristalino: destruição econômica, demolição da democracia e ascensão do fascismo. Este foi seu parto."

Pensem  nisso enquanto  eu  vos digo até  amanhã.

SÉRGIO MORO UM JUIZ PARCIAL

Noblat: em um país sério, Lula seria solto e Moro investigado

"Moro privilegiou, sim, a acusação em prejuízo da defesa", diz o jornalista Ricardo Noblat em sua coluna na Veja; segundo o colunista, "em outro país onde a Justiça se leva a sério e a sério também é levada, o que vem sendo revelado a conta gotas seria razão mais do que suficiente para anular a condenação de Lula. Que tudo ou quase tudo fosse refeito, e o caso repassado a outro juiz"
247 - "Moro privilegiou, sim, a acusação em prejuízo da defesa", diz o  jornalista Ricardo Noblat em sua coluna na Veja. Segundo o colunista, "em outro país onde a Justiça se leva a sério e a sério também é levada, o que vem sendo revelado a conta gotas seria razão mais do que suficiente para anular a condenação de Lula. Que tudo ou quase tudo fosse refeito, e o caso repassado a outro juiz".
"Contra Moro então se abriria um processo no Conselho Nacional de Justiça. Mas não estamos em outro país. Estamos no único com nome de árvore. Quando nada, isso deveria servir para que as florestas fossem preservadas. Infelizmente, não serve", acrescenta.
De acordo com o jornalista, "juiz pode pedir investigações. Mas não pode atuar em parceria com a acusação ou com a defesa quando lhe cabe julgar um processo". 
"Evidente por tudo que foi mostrado, e pelo que resta a ser, que Moro privilegiou, sim, a acusação em prejuízo da defesa".

Pensem  nisso  enquanto  eu vos digo  até amanhã

sábado, 22 de junho de 2019

GENERAL QUER LULA NA CADEIA

Mesmo com a revelação de que o ex-presidente Lula foi alvo de uma fraude processual pelo ex-juiz Sergio Moro, o general da reserva Paulo Chagas colocou a faca no pescoço do STF


247 -" O general da reserva Paulo Chagas, aliado de primeira hora de Jair Bolsonaro e que chegou a ser cogitado para ser seu companheiro na chapa presidencial, voltou a criticar o Supremo Tribunal Federal (STF) e cobrou que a Corte mantenha a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no julgamento onde a defesa  pede que ele seja posto em liberdade devido à suspeição do então juiz da Lava Jato, atual ministro da Justiça, Sérgio Moro. Chagas já foi alvo de um mandado de busca e apreensão espedido pelo STF em função de um inquérito que apurava a divulgação de fake News envolvendo o Judiciário (Leia no Brasil 247)
“A composição do STF não mudou e, por óbvio, as suas decisões tendem a continuar apartadas do que os brasileiros esperam da magistratura, guardo, no entanto, a esperança de que no dia 25 de junho não lhes falte, pelo menos, o bom senso para deixar LULA NA CADEIA, o seu devido lugar!!”, postou o militar no Twitter. 
A postagem de Chagas, considerado um militar de extrema direita, vem na esteira de reações intempestivas como a feita pelo general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional, que recentemente deu murros na mesa e pediu “prisão perpétua” para Lula (leia no Brasil 247)
Os questionamentos em torno da prisão de Lula, que é mantido como preso político há mais de uma ano em Curitiba, vem ganhando cada vez mais força nas últimas semanas após a divulgação de que Moro, em conluio com procuradores da força-tarefa da Lava Jato, teria influenciado e orientado os processos envolvendo o ex-presidente, como revelado pelo site The Intercept Brasil. 
Confira o TWitter do general Paulo Chagas sobre o assunto. "

Pensem nisso  enquanto  eu  vos  digo  até  amanhã.

INTERCEPT DETONA DELTAN DALLAGNOL

Intercept solta nova newsletter e detona Deltan: era entusiasta de vazamentos

BRASIL 247

"Em nova newsletter divulgada neste sábado (22), o Intercept Brasil traz diálogos que comprovam que o procurador Deltan Dallagnol defendia com afinco o direito dos jornalistas de publicar processos vazados e afirmava que autoridades são sujeitas a críticas e têm menos direito à privacidade. Em novembro de 2015, num chat chamado PF-MPF Lava Jato 2, enquanto discutiam medidas para coibir vazamentos de informações da força-tarefa (“alguns vazamentos tem sido muito prejudiciais”), Dallagnol alertou seus colegas que utilizar o poder processual para investigar jornalistas que tenham publicado material vazado não seria apenas difícil mas "praticamente impossível", porque "jornalista que vaza não comete crime"
247 -  "Em nova newsletter divulgada neste sábado (22), o site Intercept Brasil traz diálogos que comprovam que o coordenador da força tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, defendida com afinco o direito dos jornalistas publicarem processos vazados e afirmava que autoridades são sujeitas a críticas e têm menos direito à privacidade.
Em novembro de 2015, num chat chamado PF-MPF Lava Jato 2, enquanto discutiam medidas para coibir vazamentos de informações da força-tarefa (“alguns vazamentos tem sido muito prejudiciais”), Dallagnol alertou seus colegas que utilizar o poder processual para investigar jornalistas que tenham publicado material vazado não seria apenas difícil mas "praticamente impossível", porque "jornalista que vaza não comete crime".
Em Janeiro de 2017, os procuradores lamentaram o fato do Brasil ter perdido posições no ranking de percepção da corrupção publicado pela Transparência Internacional, e expressaram admiração pela Dinamarca, que lidera o ranking. Após publicar um link para o ranking num chat no Telegram chamado "BD", a procuradora Monique Chequer (que não pertence à Lava Jato em Curitiba) afirmou que o sucesso dos esforços de combate a corrupção na Dinamarca se devem porque o país – ao contrário do Brasil – valoriza e protege as fontes que expõe corrupção (os whistle-blowers).
08:05:19 Monique: Saiu o índice de percepção da corrupção de 2016. Brasil caiu 3 posições. Aliás, 2/3 dos países caíram de posições. Dinamarca ainda liderando. 08:20:47 Monique É a matéria que saiu ontem. 08:21:39  Aqui 
08:25:45  Esse artigo antigo explica o sempre sucesso da Dinamarca e atribui uma das causas ao fato do país incentivar os “whistle-blower”: http://budapesttimes.hu/2013/03/19/why-denmark-always-finishes-on-top/ 
08:33:49 Livia Tinoco: Infelizmente, estamos muito, muito longe do modelo da Dinamarca 08:43:25 
Monique: “Many companies also make use of so- called “whistle-blower” systems that have become very popular in Denmark”. 
08:44:07  Enquanto aqui no Brasil há “complexa” discussão se o delator é imoral ou não."

Pensem  nisso  enquanto  eu  vos digo  até  amanhã.


quinta-feira, 20 de junho de 2019

PROCURADORES E A DESTRUIÇÃO DE PROVAS , O CRIME COMPENSA ?

Procuradores estão destruindo provas que os incriminam

JEFERSON MIOLA


"O teatro do absurdo do regime de exceção alcançou o apogeu", diz o colunista Jeferson Miola, após o escândalos da Lava Jato envolvendo Sérgio Moro e o MPF-PR; "Procuradores da república e juízes envolvidos em denúncias aterradoras, como práticas ilícitas e associação mafiosa, continuam nos respectivos cargos públicos e, para espanto geral, livres de qualquer investigação" 


"O teatro do absurdo do regime de exceção alcançou o apogeu.
Procuradores da república e juízes envolvidos em denúncias aterradoras, como práticas ilícitas e associação mafiosa, continuam nos respectivos cargos públicos e, para espanto geral, livres de qualquer investigação.
Agora chegamos a um ponto em que esses procuradores, assomados por um sentimento de proteção das instituições e de impunidade, se dão ao luxo de comunicar, por meio de nota oficial da repartição pública da qual deveriam ter sido afastados há pelo menos 10 dias, que estão destruindo provas que os incriminam.
Às 18:35h desta quarta-feira, 19/6, véspera de feriado, enquanto Moro prestava depoimento no Senado, a força-tarefa da Lava Jato divulgou comunicado [aqui] para informar que “os procuradores descontinuaram o uso e desativaram as contas do aplicativo ‘Telegram’ nos celulares, com a exclusão do histórico de mensagens tanto no celular como na nuvem. Houve reativação de contas para evitar sequestros de identidade virtual, o que não resgata o histórico de conversas excluídas”.
Em português claro, excluir “mensagens tanto no celular como na nuvem” e não resgatar “o histórico de conversas excluídas” significa apagar e eliminar, talvez para sempre e de modo dificilmente recuperável, o conteúdo probatório que estava armazenado nos celulares funcionais dos procuradores ou em depósito virtual [na “nuvem”].
A destruição de documentos públicos armazenados em celulares funcionais é mais um ardil dos procuradores na luta desesperada de sobrevivência e na guerra contra a verdade.
Ao dar sumiço nas provas, eles ingenuamente pretendem impedir a eventual auditoria e a comparação dos conteúdos oficiais com aqueles já revelados e com os que ainda serão revelados pelo Intercept.
A estratégia de defesa da Lava Jato, coordenada com a Rede Globo, está clara. Por um lado, inventaram uma falsa invasão por hacker [aqui] e criminalizaram a fonte de informação do Intercept para tentar anular o conteúdo que comprova as práticas criminosas continuadas de Moro, Dallagnol e de outros agentes públicos e privados.
Por outro lado, ao destruir os documentos públicos para dificultar a comprovação material da autenticidade dos conteúdos revelados pelo Intercept, o comando Globo-Lava Jato passará a sustentar outra farsa: a de que os diálogos mantidos entre Moro, Dallagnol e interlocutores são falsos, foram adulterados, ou, mais absurdo, que sequer existiram [sic].
Esse ardil, entretanto, é insustentável. Isso porque, quando das primeiras revelações, tanto Moro como Dallagnol reconheceram e confirmaram a autenticidade das mensagens. Além disso, a autenticidade pode ser atestada por outros métodos e técnicas que não a confrontação com os originais.
O procedimento dos procuradores se enquadra como crime de supressão de documento público tipificado no artigo 305 do Código Penal: “Destruir, suprimir ou ocultar, em benefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo alheio, documento público ou particular verdadeiro, de que não podia dispor”. A pena, neste crime, é de 2 a 6 anos.
Não é crível que procuradores continuem ocupando os mesmos cargos que usaram para perpetrar crimes e que Moro continue se desempenhando como ministro da justiça e chefe direto da Polícia Federal, a polícia judiciária que, em tese, deveria investigar as denúncias.
Indiscutivelmente estamos diante daquilo que o ministro do STF Gilmar Mendes nomeou como uma organização criminosa. Essa organização está incrustada no aparelho de Estado brasileiro e perpetrando, com a mais absoluta consciência e liberdade de agir, crimes continuados contra o Estado de Direito e a democracia."

Pensem  nisso  enquanto  eu  vos  digo  até  amanhã.

BOLSANARO E FILHO E AS NOTICIAS FALSAS

Bolsonaro e filho espalham notícia falsa sobre Jean Wyllys e David Miranda

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) e seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), voltaram a insinuar que o ex-deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) teria aberto mão do seu mandato por dinheiro, para que desta forma David Miranda (PSOL-RJ), caso com o jornalista Glenn GreenWald, pudesse assumir a vaga na Câmara Federal. O boato ganhou força após ter sido compartilhado nas redes sociais por meio de um perfil chamado Pavão Misterioso, criado e apagado no mesmo dia. Mas não existe evidência alguma de veracidade nas informações e os envolvidos negam as suspeitas
247 - "O presidente Jair Bolsonaro (PSL) e seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), voltaram a insinuar que o ex-deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) teria aberto mão do seu mandato por dinheiro, para que desta forma David Miranda (PSOL-RJ), caso com o jornalista Glenn GreenWald, pudesse assumir a vaga na Câmara Federal. O boato ganhou força no último domingo (16) após ter sido compartilhado nas redes sociais por meio de um perfil chamado Pavão Misterioso, criado e apagado no mesmo dia. Mas não existe evidência alguma de veracidade nas informações e os envolvidos negam as suspeitas.
Greenwald é um dos autores das reportagens publicadas pelo site The Intercept Brasil, que mostram escândalos da Operação Lava Jato em que o ex-juzi Sérgio Moro tenta interferir no trabalho do Ministério Público Federal (MPF-PR), orientando investigações.
Em audiência na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, na qual Moro compareceu para comentar as mensagens vazadas, Flávio Bolsonaro reproduziu parte da notícia falsa publicada pelo Pavão Misterioso. 
"O Glenn Greenwald poderia ter uma pago um hacker russo para invadir os celulares de autoridades brasileiras. Essas transações podem ter sido feitas em bitcoins, uma moeda que é criptografada e não deixa rastros, no Panamá", disse Flávio. "Segundo denúncias, esses recursos se transformaram numa moeda chamada Ethereum, que também não deixa rastros, e depois enviados a uma corretora na Rússia. Lá, o dinheiro foi convertido em rublos, É o que está dizendo na denúncia, não estou falando que elas são verdadeiras", afirmou sem citar a origem do boato."

Pensem  nisso  enquanto  eu vos digo  até amanhã.

O TEMPO

O TEMPO MOISÉS MENDES Para lembrar ou para esquecer no fim do ano: uma lista de fatos que parecem ter ocorrido anteontem. 11 de dezembro d...