sábado, 31 de março de 2018

POESIA

POEMA Abro a porta não para entrar nem para sair. É para deixar aberta. Enquanto decido o que fazer de mim, deixo o sol entrar.

POETA ÁLVARO FARIA

Pensem nisso enquanto eu vos digo até amanhã.

DITADURA UMA FERIDA ABERTA

PRENDE E NÃO INTERROGA ?

Barroso mandou prender antes de interrogar

José Cruz/Agência Brasil
"O ministro Luiz Roberto Barroso não agiu de acordo com o artigo 5º. da constituição, o dos direitos fundamentais do indivíduo, pilar da nossa carta magna, ao autorizar a prisão temporária de 13 pessoas envolvidas com Temer em tenebrosas transações.
A chefe da PGR, Raquel Dodge queria que os envolvidos fossem interrogados simultaneamente e não presos, para atender a pedido da investigação da Polícia Federal.
Como o instrumento da condução coercitiva, que seria o apropriado nesse caso foi proibido monocraticamente pelo ministro Gilmar Mendes e aguarda decisão definitiva do plenário, Barroso optou pelas prisões provisórias.
Decidiu pelo mais e não pelo menos, em desfavor do indivíduo.
Em vez de mandar interrogar antes de prender, ele mandou prender antes de interrogar.
O precedente é perigoso. Vai que a moda pega."

Pensem  nisso  enquanto  eu  vos digo  até  amanhã.

quinta-feira, 29 de março de 2018

VAMOS DEFENDER A DEMOCRACIA

Esses  últimos tempos    vivemos  em  um  BRASIL     que nunca  esperei   que  estivéssemos  vivenciando,  falo  da política  e  o  destino  nosso  enquanto  povo  e  enquanto PAÍS.
As pessoas  perderam totalmente o  senso das coisas, não  há  diálogo,  o  que  há  é o  meu  interesse  próprio,  cada um  vendo  o  seu  lado  e  esquecemos  o  bem maior que  é a nossa  casa, a nossa  família, que  é  esse  imenso BRASIL.
Depois  do  golpe  que  estuprou  nossa  jovem  democracia  a vida  de  todos nós mudou,  ninguém  tem  mais  certeza  de nada,  pois o  amanhã,  não  sabemos  como  será.
Perdemos  empregos,  venderam-se  empresas estatais, estamos  aos  poucos  nos  desfazendo  de nossas  coisas, nossas leis  já  estão mudadas, hoje  não  se tem  emprego,  é sub-emprego.
O  pior  é  o  que  perdemos, nossa  dignidade, como  ser  humano, nós não  brigamos  por nossas  coisas, não lutamos  por  um  dia melhor  dentro  desse PAÍS,  nossa  apatia,  assusta, dá medo.
Não  zelamos  por nossa  democracia,  e  a  deixamos  na mão de  golpistas, aonde  grande  parte  da população foi instrumentalizada a  gritar  "  fora  PT,  fora  DILMA,  e  muitos  que  estavam  nessas  orquestrações acharam que  com  eles  não  aconteceria  nada, ledo  engano, a  conta  veio,  para todos, de uma  forma  ou  de outra.
Mas  há algo  mais  grave está rondando  nosso   BRASIL,    o   " FASCISMO"    mostrando   suas  garras,  exalando  seu  ódio,  e  cada   vez mais  ódio.
A   caravana  exitosa  de  LULA   foi  um  sucesso, talvez  seja nessas  visitas da caravana  um  novo  despertar,  e que  consciências   possam  terem  sido abertas  para o pensar do  quanto  é importante  a  democracia, e que  devemos  preservar e manter ela e  cuidar.
Sob  pena,  que  nesse  rítimo  aonde    a  violência,  intransigência, caminham de repente perdemos o  controle da  sensatez.
Espíritos devem  ser  desarmados, os  políticos que  realmente tem  algo a dar  para o  bem  do  BRASIL    e seu  POVO   o  que  façam, para  não lamentarmos o  que possa acontecer, nos próximos  meses.
O    povo  esse  sim,  tem  que ter a  consciência  de  que  sem ele   ser  o  protagonista dos  caminhos  de  uma  NAÇÃO,  não  haverá lá adiante, democracia   e  nem  um  tempo melhor.
Todos  que  compõem   nossa  sociedade, todos os  segmentos explícitos ou  implícitos tem  sua  parcela nesse quadro  que hora  vivemos.
Vamos pensar  no  BRASIL   e no  povo.

Pensem   nisso  enquanto  eu  vos digo até amanhã.


AONDE ESTÃO AS PANELEIRAS E OS PATOS ?

TEMER ENCURRALADO: CADÊ AS PANELEIRAS E OS PATOS QUE DERRUBARAM DILMA?


"Com esta blitz desfechada por STF, PGR e PF, na véspera do feriadão, para prender os amigos do peito do presidente Michel Temer (os que ainda estavam soltos, claro), senti falta dos barulhentos personagens que foram às varandas e às ruas dos bairros chiques das cidades para derrubar a presidente Dilma Rousseff, em nome do “combate à corrupção”, apenas dois anos atrás.
Cadê as paneleiras que não podiam ver a cara de Dilma na TV que já entravam em transe e começavam a gritar palavrões ao lado os filhos nos idos de 2016, quando Romero Jucá já queria “estancar a sangria, com o Supremo, com tudo”, e colocar Temer em seu lugar?
Cadê os patos da Fiesp de Paulo Skaf, que desfilavam pela avenida Paulista?
Cadê as multidões convocadas pelos “movimentos apartidários” tipo MBL e Vem Pra Rua, desfilando com a camisa da CBF para a televisão, carregando faixas e cartazes, xingando Dilma e Lula?
Reina agora o mais absoluto silêncio nas varandas e nas ruas como se a Lava Jato tivesse exterminado a corrupção para sempre. A TV continua com sua programação normal.
Prenderam a quadrilha toda do PMDB denunciada pelo ex-procurador geral Rodrigo Janot, e não se ouve um pio de indignação.
Só Temer escapou até agora, além dos fiéis Eliseu Padilha e Moreira Franco, escorados no foro privilegiado.
Esta semana, discretamente, por ironia do destino também foi denunciado ao STF pela Procuradoria Geral da República o candidato tucano derrotado em 2014 _ o mineirinho Aécio Neves, lembram-se dele?
Foi o primeiro a colocar fogo no circo no dia seguinte à eleição, pedindo recontagem dos votos, “só para encher o saco do PT”, e deu no que deu.
Cadê os adoradores de Eduardo Cunha e todos os heróis daquelas jornadas gloriosas que viabilizaram o golpe parlamentar para combater a corrupção do PT?
Os idiotas do patriotismo seletivo certamente vão dizer que eles eram aliados do PT, como se essa gente não estivesse no poder desde sempre, com qualquer partido.
Com o rabinho entre as pernas, eles viram o ex-capitão Jair Bolsonaro tomar suas bandeiras e seus votos e agora estão sem candidato viável.
Sei não, mas se não encontrarem logo um candidato competitivo para chamar de seu, a fina flor do reacionarismo nacional pode querer melar este jogo.
Com Temer e sua turma da “Ponte para o Futuro” encurralados ou encarcerados e seus candidatos encalhados nas pesquisas, será que voltarão às varandas e às ruas para gritar o quê?
Depois do pato que virou sapo, que bicho vão encontrar para os empresários posarem em frente à Fiesp, com bonecos nas mãos, como colegiais em dia de desfile?
Em nome do medo do “comunismo” e do combate à corrupção (dos outros), as aspirantes a madame e os industriais sem fábricas o que estarão pensando neste momento?
Do jeito que vai, não sobrarão mansões em Miami nem quintas em Portugal para abrigar toda esta gente cheirosa que perdeu a noção e o rumo, mas não a pose.
Vão deixar para trás mais de 13 milhões de desempregados e seus sonhos de viver no Primeiro Mundo sem sair daqui, cercados de seguranças, favelas e moradores de rua por todos os lados.
É tudo muito triste, mas ainda pode piorar. Este buraco que cavaram parece não ter fundo.
Vida que segue."
PENSEM   NISSO   ENQUANTO  EU  VOS DIGO  ATÉ  AMANHÃ.

quarta-feira, 28 de março de 2018

LULA EM CURITIBA - 28/03/2018

Pensem   nisso  enquanto  eu  vos  digo  até   amanhã.

AMOR E PAZ


Amor e Paz Primeiro ignoram-te Depois riem de ti Depois atacam-te E no fim.... Tu vence. "Mahatma Gandhi"

Pensem nisso enquanto eu vos digo até amanhã.

terça-feira, 27 de março de 2018

ÔNIBUS DE LULA ATINGIDO POR TIROS

ENTREVISTA : SÉRGIO MORO -TV CULTURA - 26/03/2018

Pensem nisso   enquanto  eu  vos  digo  até  amanhã.

segunda-feira, 26 de março de 2018

AS ENTREVISTAS DE RENATO PORTALUPPI TREINADOR DO GRÊMIO

Pensem  nisso  enquanto  eu  vos digo  até  amanhã.

O FASCISMO MOSTRA AS GARRAS NO BRASIL

Dilma: o chicote da Casa Grande é o símbolo dessa reação

Essa eleição pode ter um banho de violência!

publicado 26/03/2018
Sem Título-5.jpg
Dilma (C), com Lindbergh (E) e Amorim (D): Intervenção (sic) federal no Rio e omissão federal na Caravana do Lula (Reprodução/Mídia Ninja)
"A Presidenta Dilma Rousseff concedeu entrevista à imprensa internacional nesta segunda-feira, 26/III, no Rio de Janeiro, na companhia do Chanceler Celso Amorim e do Senador Lindbergh Farias.
Conversa Afiada reproduz, de modo não literal, algumas das principais declarações:
- quero destacar mais uma vez a intervenção do Ministério Público Federal, que ameaçou reitor de uma universidade de afastamento de cargo caso recebesse a caravana de Lula
- em todos esses lugares são milícias armadas
- eu vi com meus olhos
- temos a tradição do controle social pela violência
- acredito que no Brasil estamos vivendo um momento muito difícil. Eu vivi um golpe. E não é um golpe militar como os outros países conheceram. É midiático, parlamentar, corporativo
- nossa elite tem toda capacidade de dar um golpe sozinha. Mas acho que tivemos ajuda do exterior
- a História vai mostrar
- nós tínhamos reduzido a desigualdade e vivíamos uma Democracia. Acredito que nós temos uma chance única, mas nós temos um bloqueio de mídia. O ex-Presidente Lula tem sido sistematicamente atacado
- como explicar que uma senadora defenda o chicote? Nós tememos pelo resto
- ela não tem vergonha de falar que alguém tem que ser recebido com relho?
- é a arma que a Casa Grande usava contra a senzala!
- onde estava o interventor federal no momento da morte de Marielle Franco? Onde estava o interventor no momento da morte de oito pessoas na Rocinha? E na morte de cinco jovens em Maricá?
- violência foi num crescendo e atingiu quatro moças e uma criança
- é possível aceitar que matem uma vereadora por opinão? Ainda mais sendo negra e combativa? Vim aqui denunciar o que pode acontecer na eleição: um banho de violência
- no Brasil, a exclusão e o privilégio nasceram juntos. Fomos o último país a abolir a escravidão
- nós temos a intervenção Federal de um lado (no Rio de Janeiro) e a omissão federal de outro (que deixa passar a violência contra a caravana de Lula no RS)
- a intervenção é um projeto político de eleição. Faz parte tentar ganhar pontos de apoio, que tem a ver com o fato de que Lula saia do processo eleitoral
- nos lugares mais violentos, como o México, fizeram uma intervenção, mataram mais de 100 mil pessoas e resolveram o problema? Não, aumentou!
- todo Golpe se radicaliza
- Bolsonaro surge porque temos uma herança que formou uma classe média que tem a ver com capataz, que acha absurdo que o povo acesse aeroporto, vire médico...
- a imprensa diz: estão negociando cargos. Mas não explica o sistema de estruturação dos partidos, ninguém questiona isso. Há um problema sério na governabilidade
- a milícia é típica do fascismo
- não vou ficar falando desse cineasta [Jose Padilha]. É fake news.
- Netflix não pode fazer campanha política
- e se faz no Brasil, fará em qualquer país
- não vou mais falar em público, para não dar força para ele"
FONTE:  DO  CONVERSA  AFIADA

Pensem   nisso   enquanto  eu  vos digo   até  amanhã.



SÓ MESMO COM O CHICOTE

Pensem  nisso  enquanto  eu  vos digo  até  amanhã.

TEMPO DE MUDANÇA


"Então eu fiz aniversário e tudo mudou. Uma camada de cinzas cobriu o que eu vinha fazendo como se, de repente, nevasse no sertão. Eu tinha cruzado a vida até ali com a certeza de colher cerejas onde só havia números e metas a atingir. Eu me lembrava a cada dia de um passado muito distante, um país de ficção chamado infância, que me servia de parâmetro para medir o que eu nunca mais deveria ser. O engraçado é que eu não conseguia saber se havia sido feliz ou se estivera sempre à espera do grande salto para frente que me converteria noutro homem, outro ser, outra identidade, um “eu” a ser construído com cinzel, máquina de calcular e adestramento funcional.
Perseguido por esse passado infatigável, que eu conseguia afastar com um aumento permanente de tarefas para enganar o cérebro, esse ardiloso Big Brother silencioso, eu navegava em direção ao futuro com uma determinação feroz: nunca parar, jamais discutir os critérios adotados até ali para justificar minhas escolhas, tomar por natural tudo o que a vida me oferecera a cada bifurcação aleatória. Eu sonhava cada vez mais com cenários exóticos: pessegueiros em flor, regatos luzindo de peixinhos coloridos, maracujás brilhando ao sol, pássaros alertando as manhãs com seus cantos hipnotizantes, cavalos atravessando rios de águas caudalosas, pandorgas coalhando os céus de gomos coloridos, frutas adoçando as tardes com seus aromas e cores, aragens trazendo perfumes longínquos para incendiar a imaginação.
Até ali eu tinha sido razão e perseverança, estratégia e planejamento, adaptação e resiliência, couraça e resultado. Quantas metas alcançadas, quanto objetivos atingidos, quantos troféus armazenados, quantas horas trabalhadas, quantos voos realizados, quantos dias sacrificados no altar da produção, essa hidra implacável e insaciável. Um software contabilizava meus feitos segundo a segundo e me comunicava quando eu vencia uma nova barreira e me alçava a um novo patamar. Era infinita a alegria do algoritmo. Eu até me comovia. Nos deslocamentos, ouvia Beethoven e Dvorak, mas me emocionava de modo preocupante quando ouvia crianças cantarem antigas cantigas, “se essa rua fosse minha…” Sim, ainda havia crianças e cantigas de roda.
O que não havia mais era roda. Finalmente nos deslocávamos, nas raras vezes em que isso se fazia necessário, pelo ar. Nas nuvens, eu me lembrava de quintais, de festas juninas, de galos cantores, do Natal com sapatos nas portas e janelas sempre abertas, salvo quando assaltadas pelo inverno, de bolinhas de gude engolindo nossos olhares vidrados na curvatura do colorido em espiral e das intensas alegrias de rua, aqueles risos, aquelas correrias, aqueles corpos suados, aquelas noites transfiguradas pela existência ao ar livre, aquela sensação de liberdade por não ser e não ter de ser o que quer que fosse. A vida era inútil. Só servia para ser vivida até não ser mais.
Foi então, enregelado numa sala climatizada, que eu me disse:
Daqui onde me encontro, sob coqueiros,
Eu vejo esse extenso e curvo mar azul
Não é, porém, o azul do mar que eu vejo,
Mas um edifício suspenso no ar.
Aqui, destes velhos outeiros,
As nuvens escuras que agora eu vejo
São apenas respirações artificiais
De vidas vividas sem comedimento.
Eu posso soprar ao vento auréolas
Em carretéis de inflar linhas e velas,
Mas nenhuma delas, azuis, amarelas
Me fará movimentar esses barcos
Acotovelados em longos arcos
Na dobradura rubra do sol.
Então, recuo como um caranguejo.
Eu me lembro que essa forma de expressão causou estranheza. Qual o seu público-alvo? Qual a sua capacidade de convencimento? Qual o seu foco? Que resultado poderia gerar? Qual a sua utilidade social? Seria ético usar palavras públicas para fins tão privados e ambíguos? Fiquei malvisto. Fui objeto de sindicâncias. Tive de fazer autocrítica. Diante do Conselho de Administração, que adotara o centralismo democrático de resultados como método de solução de conflitos, eu reneguei esses versos. Aleguei covardemente que só podia ser um desvio de conduta competitiva provocado pela ingestão de um ansiolítico.
– Ainda se vendesse – sentenciara um colega.
Vivíamos no pós-trabalho e na pós-utopia. As máquinas faziam tudo por nós e melhor do que nós. Mas a ideologia produtivista continuava a nos reger. Na falta de outro Norte, continuávamos a viver para o lucro e para o desempenho. Ser melhor do que o vizinho era o sentido da vida. Nunca fomos tão competitivos como quando a competição se tornou anacrônica. Então fiz aniversário e senti nevar no sertão. Clandestinamente, correndo perigo de prisão, passei a escutar uma velha canção: “Ê, ô, ô, vida de gado/Povo marcado, ê!/Povo feliz!”"

Pensem  nisso enquanto  eu  vos  digo  até  amanhã.

O TEMPO

O TEMPO MOISÉS MENDES Para lembrar ou para esquecer no fim do ano: uma lista de fatos que parecem ter ocorrido anteontem. 11 de dezembro d...