sábado, 30 de julho de 2016

JOVENS E SEUS CAMINHOS

Estava eu  no  meio  dessa semana,  caminhando  no  centro  de  Santa Maria  mais precisamente passando  pela  praça  principal  da cidade, e  tinha  um  grupo  de jovens, esses  jovens  que  dá pena  de  ver  nas  nossas  ruas,  em  todos os  lugares  quase  sempre, que estão  ali  circulando,  a esmo, atirados, em  companhias  nem  sempre as mais  indicadas  mas  penso  que  todos nós somos  seres humanos:  pois o  respeito  a qualquer  um  deve-se ter.
Escutei  uma voz  que  me  chamou: "professor, olá"! Parei,  e  fui  cumprimentar  esse jovem e pra surpresa  minha, era um aluno  de  um  curso  que  dei em  Santa Maria, no  SENAI, é sempre  bom  sermos lembrados,  aqui,  lá,  acolá, mas ao  mesmo  tempo   ver um jovem naquele  momento e em companhia de outros    como disse ali, com sintomas  de  embriaguez, e outros sintomas, me deu  uma tristeza, em saber,  e constatar  que  nossos  jovens  estão  se perdendo por ai.
E  a pergunta  se  faz,  e  eu  a faço  a mim  sempre, tenho  muitas  e severas  dúvidas se  esses jovens se recuperam  ou não, se não   tiverem  um  apoio  social,   em que  várias  forças possam  se unir para  salvá-los desse mundo  cão  que  vivemos.
Tive  alguns  momentos  de prosa  com   meu  ex-aluno, e  o que  vi  na minha frente, foi  uma tristeza só, dizia  coisas  sem  nexo, vi-o perdido, nessa sanha de vida, e não temos como  não nos comover com  um  quadro  desses.
Mas o  que  me chamou  a atenção,  era que ele lembrava  de  mim, e até  de  alguns momentos  de sala  de aula.
Um  ser  humano  desses,  desse Paulo,  e  de  outros  milhares  espalhados como  esse meu  ex-aluno merecem,  ou mereceriam,    cuidados, porque  são  seres  humanos que  se descambam pela  vida,  por  outros  e muitos  motivos.
E um  motivo  que posso dizer  é  que é  a  desestruturação  familiar  um  dos pontos que  podemos apontar para  essa  situação,  assim  como  outros tantos.
A  família é muito importante é  o cantinho  nosso,  onde  criamos os nossos  laços  afetivos  desde que  viemos ao mundo, é ali,  no  seio  familiar  que  recebemos  as primeiras  lições  de cidadania,  recebemos  os  pilares de  vida.
Mas  hoje  esse quadro  mudou,  as famílias desmoronam como  castelos  de areia  por uma  conjuntura  de  várias  vertentes.

Pensem  nisso  enquanto eu  vos digo até amanhã.


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