segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

OS MÉDICOS E NOSSO MEDO

Entrar  nas  dependências de  um  hospital  é  um  ritual que  não  gosto,  e  acredito  que  ninguém  gosta,   mas  nesses  dias de  fevereiro, é  uma rotina que  nos  dói,  nos machuca, nos deixa enfraquecidos outros  momentos  esperançosos, outros uma luz  de  esperança  no  horizonte, é o  que  sempre se  busca.
Mas   hoje, precisamente, as  20;08 h, antes de  abrir  a  visitação  na na  CTI, para  ver  o  meu  mano, os  médicos  vieram  nos  dar o  resultado, do  exame, de urgência que  tiveram que  fazer.
Lamentavelmente,  meu  irmão, piorou  muito, onde  agora, segundo  os  médicos,  as  chances  ficaram nulas, uma questão  de  tempo.não  há  mais  nada  a fazer.
Olhei  para   o  corredor  do  hospital  e  vi  uma  imagem que  eu queria  ver, "  sair  com  ele abraçado  do  hospital,  indo  embora  para casa".
Mas  essa  imagem  é apenas  um  sonho que  não  irá acontecer, essa  noticia me  deixou  arrazado,  um  profundo  pesar, lástima  que percorreu    meu  corpo, meu  olhar  se perdeu, não senti  meus pés.
Os  médicos  me  disseram tudo, mas  não  conseguiram enfrentar  e combater a  doença  dele,  pois segundo  eles,  fizeram  tudo, que podiam,  ao  alcance da  tecnologia médica, perguntei   se  o  mano,  sentia  dor, "disseram que não", e  que  tempo  tinha de vida,  " aguardar, sem  tempo, apenas, aguardar".
Poxa, que  tristeza, nos  resumimos  a  aguardar,  os  momentos, as  escaramuças de  vida  ainda  no  corpo  dele, isso  é  triste   constatar,  e  saber, porque que  tem  que  ser  desse  jeito ?  Por  que  esse sofrer ?  Essa  lenta,  profunda, e longa agonia  ?
Agora.....agora....esperar.....esperar...o  fim,  o  fim  da  vida.

Pensem   nisso   enquanto  eu  vos  digo  até  amanhã.

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