domingo, 23 de outubro de 2016

SOMOS UNS BANANAS, UM PAÍS DE BANANAS


Somos uma monarquia das bananas. Jamais uma república


Somos uma monarquia das bananas. Jamais uma república
Somos uma monarquia das bananas. Jamais uma república – Foto: NP
Após o golpe, a escalada conservadora e autoritária nos coloca uma situação surreal: somos uma monarquia de bananas. Jamais uma república.
No Brasil dominado por uma trupe de estabanados golpistas a república deu espaço a uma monarquia histriônica governada por um político sem sangue como Michel Temer. Sem sangue e sem entranhas, ele vive de bajulações do séquito no (sic) parlamento e de mentiras consolidadas na mídia. É um rei cuja coroa de bananas define a monarquia que administra.
Recentemente, ao comentar o envolvimento de Geddel Vieira Lima, Moreira Franco e Romero Jucá na Lava Jato, Temer foi taxativo: “Se a cada momento que alguém mencionar o nome de alguém isso passar a dificultar o governo, fica difícil”. Em outras palavras, aqueles que apoiaram a ascensão do seu governo utilizando-se de motes contra a corrupção, deverão engolir a seco o bando de ladravazes que ele colocou no Palácio do Planalto.
Michel Temer costuma se reunir com Gilmar Mendes, presidente do TSE e ministro do STF, que julgará as contas de sua campanha eleitoral de 2014. Isso não é mais promíscuo do que Gilmar se comportar como porta-voz do governo golpista quando demoniza o Bolsa Família e rasga a CLT ao dizer que os trabalhadores brasileiros são superprotegidos e as empresas desfavorecidas pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). É uma excrescência atrás da outra.
Ainda que relutantes, os antipetistas amargam a tragédia da PEC 241. Em silêncio. Deverão se condoer quando a máquina do governo impuser mais derrotas ao povo brasileiro sob o manto hipócrita da fuga da crise. Se este país estivesse verdadeiramente com o pires na mão não emprestaria US$ 10 bilhões ao FMI da Senhora Lagarde. É um período de destruição da identidade do Brasil com o seu povo para resgatar velhas concepções que ficaram para trás com o regime de 1964.
Para pressionar estudantes secundaristas a abandonar as escolas que ocupam por protesto contra a PEC do Ensino Médio, o ministro (sic) da Educação, Mendonça Filho, ameaça suspender o ENEM. E o governo convocou a AGU para cobrar estudantes por prejuízos aos cofres públicos, uma vez que as escolas ocupadas não poderão realizar o ENEM. Sabe-se que somente no Paraná são mais de 700 escolas ocupadas.
Como monarca de uma república desprestigiada pelo golpe, Temer foi aos BRICS e não se reuniu com o Putin. O presidente russo fez questão de esclarecer que entre ele e o usurpador brasileiro há incompatibilidades políticas. Foi quase como confessar que Temer é um desastre para o Brasil. Todos os chefes de Estado sabem que não fosse o Lula e a Dilma, o Brasil jamais integraria aquele bloco.
No Japão, Temer passou despercebido até pelos jornais. Não se falou sobre a sua visita e tampouco sobre os argumentos que o levaram até ali. O primeiro-ministro Shinzo Abe espinafrou o usurpador ao relatar as perdas das empresas japonesas por causa da Lava Jato. Ele choraria se soubesse da situação das empresas brasileiras. É que o modus operandi da Lava Jato era punir tanto as empreiteiras quanto os seus donos. Outra excrescência.
Numa república de verdade, o presidente não precisaria encher as burras da mídia hegemônica para comprá-la. E por trinta dinheiros, a mídia não se venderia a um governo cuja única essência é desmontar. No caminho de maldades dos golpistas há um odor miasmático de passado, de retrocesso, de antipovo. E o povo, na monarquia das bananas, continua ignorando que ele é antes de tudo o bobo da corte."
PENSEM NISSO ENQUANTO  EU  VOS DIGO  ATÉ AMANHÃ.

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