quarta-feira, 8 de junho de 2016

SIDNEY REZENDE: " NÃO NEGOCIAMOS NOSSAS CONVICÇÕES:


sidney
"Como não o vejo, infelizmente, há um par de décadas, exceto no seu trabalho como âncora na CBN e na Globonews, e como não tenho – como sempre declarei aqui e agora se tornou público –  nenhum tipo de publicidade federal, fico completamente à vontade para reproduzir o editorial que ele publica no portal que ele comanda, já há 10 anos, o SRZD, que acaba de ser vitimado pela política de perseguição ideológica na distribuição de publicidade do Governo Temer.
Sou testemunha de que o único fanatismo que Sidney pratica é pelo trabalho e pela busca da notícia. Uma vez, recordo, cheguei a brincar com ele, perguntado se a família suportava o ritmo em que ele vivia, correndo de um emprego para outro e, em todos eles, dedicando-se apaixonadamente. É isso e não qualquer tipo de partidarismo que fez dele um empresário de comunicação diferente destes que conhecemos por aí, que o são por herança ou por exploração de negócios, entre eles, aliás, o da exploração da fé religiosa.
Melhor do que eu, ele explicará o que se passa, com a correção que, desde quando ainda um jovem jornalista, todos lhe reconhecem.

Princípios e Ética

Sidney Rezende
Serei direto e sincero. Como sempre. Depois de divulgado pelo Palácio do Planalto para a imprensa de Brasília, no início da noite desta terça-feira, nos chegou o documento oficial da Caixa Econômica Federal cancelando a publicidade destinada ao SRZD, aprovada para o ano de 2016. Este relacionamento comercial existe de forma contínua desde 2012. Entre as empresas públicas, e não são muitas, a Caixa era o nosso principal patrocinador.
Como, até ontem, não tínhamos recebido a oficialização de outros rompimentos, preferimos nos silenciar para que nosso eventual pronunciamento fosse fundamentado em fatos.
Já nos chegaram rumores que o Governo Federal ordenou que todos os outros anúncios vindos de empresas públicas sejam proibidos de veiculação no nosso portal, que no último dia 23 de maio completou 10 anos.
À Caixa, gostaríamos de agradecer o profissionalismo e a seriedade no trato da coisa pública. Sempre republicana, a empresa jamais insinuou ou sinalizou com qualquer pedido que maculasse a ética no cuidado com o centavo do contribuinte.
Austera, a Caixa sempre exigiu resultados. Tínhamos metas de audiência. A cobrança sempre foi rigorosa. Após a prestação de contas mensal dos milhões de visualizações, tanto as agências de publicidade representantes da Caixa quanto a própria instituição sempre foram severas no cumprimento dos acordos comerciais. Nunca houve “moleza” e nem gostaríamos que fosse diferente. Foi uma honra lidar com gente honesta deste quilate.
É importante para nós esclarecermos os nossos princípios aos que não nos conhecem. E, também, nossa visão para o Brasil nesta área de comunicação tão preciosa para a democracia no nosso país.
O ideário de boa prática jornalística que defendemos há mais de 30 anos não mudará por mais cruéis que sejam as pressões. Não negociamos nossas convicções. E, para o país, é bom que existam meios de comunicação com pensamento plural que represente todos os setores da vida brasileira. É um exercício que vemos com alegria quando compartilhado pelas autoridades, empresários, trabalhadores, militares e profissionais liberais.
O pensamento único e o investimento centrado nos mesmos grupos não são bons, nem para eles, além de ser um risco para a democracia.
A nossa forma de trabalhar é tudo sobre a mesa, às claras, franca, leal e de alto nível. E, se não bastasse, rigorosamente honesta.
Aqui no SRZD ninguém “mama das tetas do Estado”, “subtrai dinheiro público”, “participa de fraude para auferir ganhos pecuniários” e muito menos caminhamos na estrada que dissemina a vingança, o ódio ou o rancor. Não achamos digno. Simples assim.
Aqui também não somos partidários ou “simpáticos” a “A” ou “B”, não privilegiamos alguns em detrimento de outros.
SRZD faz Jornalismo. Assim mesmo, com “J” maiúsculo. Nos orgulhamos muito dos nossos repórteres, colunistas, colaboradores e prestadores de serviço.
A quem ainda duvidar, reafirmamos que cada centavo dos nossos patrocinadores é investido no site para o pagamento de salários dos funcionários e funcionamento da nossa estrutura. Ela é complexa. Dos anúncios, tiramos o nosso sustento.
Praticamos jornalismo isento, plural, que respeita a forma do outro pensar, ouvindo todos os segmentos. Sempre fomos assim…
Tornamo-nos, não por acaso, uma das vozes respeitadas pelo público. Veja o exemplo da cobertura do Carnaval do Rio, São Paulo e todo o Brasil todos os dias do ano. O SRZD é reconhecido até pelos seus concorrentes pelo trabalho que realiza. E nós também sabemos respeitá-los.
Quando um site como o nosso consegue atrair grandes patrocinadores, abre portas para outros do mesmo porte. Faz sentido não termos compromisso com partido político algum.
Jornalismo não existe para destruir reputações e, por isso, a indignação quando da existência de perseguições políticas ou ideológicas. Perversidade não faz parte do nosso manual de conduta.
Aqui não mentimos para envenenar a cabeça de desinformados que, de boa fé, leem algo e acreditam que aquilo seja real.
O nosso modus operandi é mais modesto. É realizar nosso ofício com dignidade.
Por isso, leitor, contamos com você, que compartilha da nossa essência e da nossa ética na crença de que dias melhores virão. E nunca, jamais, em tempo algum, o mal vencerá o bem. E nem a mentira vencerá a verdade".
Pensem nisso enquanto  eu  vos digo até amanhã.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O TEMPO

O TEMPO MOISÉS MENDES Para lembrar ou para esquecer no fim do ano: uma lista de fatos que parecem ter ocorrido anteontem. 11 de dezembro d...