quarta-feira, 16 de junho de 2021

O. FRIO DA TARDE

A temperatura caiu, junto com ela um sopro do vento forte e frio balança as orelhas do gaudério que pensativo e triste caminha pela calçada.
Eu conheço bem  esse gaúcho, ele anda triste, vejo ele as vezes, olhar perdido, angustiado.
Nossas dores muitas vezes guardamos elas, pois não queremos  mostrar elas, apenas ruminar... para de um jeito ou outro de amansar dentro da gente.
O frio bate como um açoite no corpo, o sol misturado as nuvens de vez enquando aparece timidamente.
Quando caminho eu falo comigo, nesses tempos de pandemia sentimos falta de uma boa conversa.
Vejo um Cusco baio cruzando por mim  e lembro de minha Totó, que há muito foi embora, desde então nunca mais quiz um outro cachorro.
A Totó era uma cadelinha pitoca, carinhosa, amiga de todas as horas.
Os animais conhecem a gente, se estamos num bom momento, se tristes ou não, eles tem um cumplicidade que nos apaixona.
Digo que , gostaria muito de ela estar comigo.
Vejo na minha frente pessoas bem agasalhadas, e penso naqueles que estão com frio.
O frio da alma, é o pior frio que temos.
Chego no primeiro compromisso que é pegar uns exames, a clinica cheia, mas preciso aguardar, uns minutos mais , pego o envelope, e outro compromisso é buscar outro exame, até que não demorou, já tenho os exames , atravesso a rua e estou no hospital, agendo uma consulta e é dia 22 a tarde que vou saber como estão as coisas.
Ao sair do hospital vejo muita gente , o frio se intensifica mas é hora de voltar e sigo meus passos, acompanhado por meus pensamentos, uns vão longe demais, outros estão pertos.
Meus cabelos saracoteiam com o brincar do vento... Alapucha tchê!!! Friozito macanudo!
Mas agora é caminhar...caminhar...para as casas.

Pensem nisso enquanto eu vos digo até amanhã.

 

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