terça-feira, 15 de junho de 2021

CENA DEPLORÁVEL NO AVIÃO DA AZUL

O presidente entrou num avião,provocou tumulto,aspergiu perdigotos,aculou opositores. É o que ele sabe fazer de melhor,já que,medíocre e ocioso,não trabalha pelo país. Até aí, nenhuma novidade. Mas não pode passar em branco o papel da companhia Azul nessa cena deplorável. Não precisa ser especialista em transporte aéreo para entender que ali foram violados regulamentos do setor e medidas de segurança sanitária. Por mais que não queira,a empresa tem,sim,obrigação de vir a público esclarecer: não sendo Bolsonaro passageiro do voo, quem autorizou sua presença para fazer proselitismo dentro do avião? Quem e por quê? O comportamento da tripulação também deve ser apurado. O piloto estava sem máscara , todo serelepe,posando com o disseminador geral da República. A Azul deve ter um departamento de "compliance",código de ética etc. O que dizem os acionistas e dirigentes da empresa sobre o episódio? Se não concordam, que providências irão tomar? Ou o tal setor de "compliance" é só para enfeitar o organograma? O dono de uma empresa pode ter suas preferências políticas. Mas não pode impo-las a seus clientes e nem agir contra a lei. A tragédia que vivemos não é obra apenas de Bolsonaro, mas de todos os que lhe dão condições de permanecer no cargo.A economia poderia estar muito melhor não fosse a incúria e a negligência criminosa do presidente contra o povo brasileiro.Empresários não entenderam que apoia-lo é dar um tiro no pé. Seguem fiéis ao projeto do estado mínimo. Estado e pais mínimo. Se eu fosse passageira daquele voo,já teria entrado na justiça contra a empresa por atentado à saúde pública.Como não estava lá, o que posso fazer é deixar de viajar pela Azul.É meu protesto solitário.Ou talvez,nem tão solitário assim.Como lembrou-me um amigo outro dia,o oceano é formado por infinitas moléculas de água. E o universo inteiro é constituido por partículas subatomicas. Cristina Serra Pensem nisso enquanto eu vos digo até amanhã.

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