segunda-feira, 18 de junho de 2018

JUSTIÇA DE PENAS TUCANAS

Justiça exibe sem pudor suas penas tucanas


"A ministra Carmem Lúcia, presidenta do Supremo Tribunal Federal, parece ter se tornado especialista em frases de efeito. Em recente evento sobre liberdade de imprensa, ela disse: "Sem imprensa livre, Justiça e Estado não funcionam bem". Sem dúvida, até porque a imprensa é um dos pilares da democracia, mas não basta uma imprensa livre se ela não for isenta, séria e honesta. No Brasil de hoje é justamente isso que está faltando para a nossa imprensa: isenção, seriedade e honestidade. Os proprietários dos grandes veículos de comunicação de massa do país, conscientes do seu poder, atuam escancaradamente na defesa dos seus interesses políticos, partidários e econômicos, para isso omitindo informações, distorcendo notícias, destruindo reputações e até derrubando governos. Eles fazem a cabeça de parte da população que há muito perdeu a capacidade de pensar. Os donos da mídia tem todo o direito de defender seus interesses, como qualquer cidadão, mas devem fazê-lo através dos editoriais, espaço destinado a opinião, e não no noticiário, que deve ser isento. Se nada for feito para mudar essa situação, a nossa imprensa se constituirá em breve na maior adversária da própria democracia em nosso país.
Na verdade, o Brasil está precisando de uma profunda faxina também no Judiciário, que há muito deixou de ser árbitro para tornar-se protagonista, atuando politicamente em favor dos partidos da sua simpatia, além de atribuir-se poderes inclusive para legislar. Depois que a Globo transformou o juiz Sergio Moro em popstar, o que levou outros magistrados a buscarem a fama, ele se sentiu tão importante que não respeita a Constituição nem as leis, fazendo o que bem entende sem receber sequer uma advertência das instâncias superiores que, por covardia, o protegem. O Conselho Nacional de Justiça, por exemplo, que teoricamente seria o órgão encarregado de conter os abusos de magistrados, por decisão da sua presidenta, ministra Carmem Lúcia, já retirou diversas vezes da pauta de julgamentos as ações contra o juiz da Lava-Jato. E ele continua usando e abusando dos seus superpoderes sem ser incomodado, já que ninguém tem coragem de contrariá-lo. Todo mundo, incluindo os integrantes do CNJ e do STF, tem plena consciência dos abusos de Moro e das injustiças por ele praticadas – prova disso são as críticas veladas que volta e meia lhe fazem ministros do Supremo – mas nenhum deles tem coragem de tomar decisões que o contrariem.
Agora mesmo surgiu a denúncia de que o juiz Moro não apenas grampeou o escritório dos advogados de Lula como, também, mapeou todas as suas ações. E o que aconteceu? Absolutamente nada. Nem a OAB, que tem o dever de defender os advogados, sequer se manifestou, fazendo-se de cega, surda e muda diante do episódio. Aliás, para que serve mesmo a OAB? Moro sequer foi advertido por ter grampeado a presidenta da República, um crime previsto na Constituição, o que certamente serviu de estímulo para que outros magistrados façam o mesmo. Na verdade, ele faz o que quer para atingir seus objetivos, sem importar-se com o que possam pensar. Um exemplo: até hoje ele impede, sem a menor cerimônia, que o advogado Tacla Duran seja ouvido em depoimento, porque Duran ameaça desmascarar a Lava-Jato denunciando operações suspeitas nas delações premiadas, com a participação do advogado Zucolotto, amigo de Moro. E as instâncias superiores, como o TRF-4, confirmam a proibição, o que aumenta a desconfiança de que escondem algo muito grave. Afinal, por que tanto medo do depoimento de Duran? Por que o STF não obriga a tomada de depoimento do ex-advogado da Odebrecht?
Ninguém tem dúvidas, até mesmo muitos magistrados, de que a Justiça está precisando de uma chacoalhada, com uma limpeza em seus quadros para que cumpra de fato o seu papel constitucional e reconquiste a confiança e o respeito do povo. A fama de Moro encorajou muitos magistrados à corrida em busca da fama, tornando-se protagonistas para a conquista também de um espaço na mídia. Agora mesmo o ministro Admar Gonzaga, do Tribunal Superior Eleitoral, o mesmo que não faz muito tempo esteve envolvido com a Lei Maria da Penha, resolveu ganhar as manchetes deixando claro que se depender dele Lula não será candidato à Presidência da República. Como ninguém é punido, virou moda juízes se manifestarem publicamente sobre processos em que serão julgadores. O CNJ e o STF fingem que não estão vendo nada e homens de toga se tornam a cada dia semideuses, que podem tudo em detrimento de todos, sendo os primeiros a dar mau exemplo no desrespeito às leis e à Constituição. O juiz Moro, usando dos seus superpoderes – de onde ele tirou tanto poder? – já proibiu até o acesso às delações de órgãos oficiais como o TCU e AGU. O que será que ele pretende esconder?
A ministra Carmem Lucia disse recentemente que "a Constituição precisa ser reinterpretada". Não! A Constituição precisa ser respeitada, principalmente pela própria Suprema Corte, que desde o mensalão passou a desprezar o texto da lei para validar a sua interpretação, o que foi adotado por grande parte dos juízes, especialmente pelo juiz Sergio Moro. Como consequência disso, as leis são interpretadas ao sabor de simpatias e antipatias ou de interesses político-partidários. O resultado desse novo comportamento da Justiça, observado de qualquer ponto do planeta, é a proteção de tucanos e a condenação de petistas. O judiciário exibe hoje, sem o menor pudor, suas penas tucanas, entre outras atitudes, arquivando os processos do trensalão paulista e libertando Paulo Preto, acusado de operador de propinas do PSDB, com mais de R$ 100 milhões em bancos suíços. Ao mesmo tempo, mantém Lula em prisão política, sem nenhum crime, e persegue petistas com base apenas em delações e "convicções". Depois da prisão do ex-presidente, o novo alvo passou a ser a presidenta do PT, senadora Gleisi Hoffman, que se tornou líder da resistência. A posição político-partidária da Justiça é tão escandalosa que já há quem diga que se Lula se filiar ao PSDB certamente será libertado e sua condenação anulada. Uma vergonha!"
Saber   que  a justiça  brasileira   de  há muito  tempo  é  da cor  tucana qualquer  um  sabe  o que  não  sabíamos  é que ela  seria tão  escandalosamente tucana,  sem  requintes  de  vergonha alguma.
Não  precisamos  exemplificar  os motivos, todo  dia  na mídia,  temos exemplos, declarações  de juízes  que  se dizem  probos, querendo  justificar os  seus   votos, suas  decisões.
Quando  um  PAÍS    chega  a esse  ponto,  podemos  sim,  chegar a conclusão  que  a luz no  fim  do  túnel,  é muito  difícil  de  enxergarmos, triste isso não  ?
Enquanto  essa  farsa  continua  de  nossa  justiça, fazendo  de conta  que ela  faz, a famosa  engana  bobo  que eu  gosto, esse  grande  PAÍS ,  chamado  BRASIL   cada  vez mais  vai  para o  buraco,  e com  ele  os  sonhos de milhares  de brasileiros.
Se alguém, me perguntar  hoje, se eu  acredito  na  justiça  brasileira, eu,  responderei com um  sonoro "NÂO"  eu  não  acredito nos  seus  homens  de toga   metidos, a sabichões da  justiça, o  que  são  na  real,  homens  que pouco  estão  se lixando  para  nossa  Constituição, querem  somente  os holofotes  das  redes  de televisão, fazendo  suas  macaquices  semanais,  dando  a impressão quando  de  suas  falas, "  o grande  saber  juridico  de muitos  questionáveis" que  estão  trabalhando."
Me  engana  que  eu  gosto.

Pensem  nisso  enquanto  eu  vos digo  até  amanhã.

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