terça-feira, 26 de junho de 2018

FIAPOS DE ESPERANÇA

Amanheceu  um dia  carrancudo, sem  brilho,  sem sol, e na minha  janela  da alma,  eu  abro, para o sol  entrar,  e vir  raios  de esperança que  estão  escondidos em  alguma  parte  de mim.
Me  dou  conta  que  apenas  tenho  fiapos  de esperanças  guardados num lugarzinho  dentro  de  mim. Não  sei ao  certo, que  meu  DEUS    me perdoe  se tenho  o  direito  de ter  esses  fiapinhos  de  esperança  que  teimam  em  ficar  dentro  de mim.
Está frio, e  esse  frio, congela sentimentos  adormecidos loucos  para  aflorar e sair do meu  corpo  e soltar  suas asas em  busca de sol,  de aconchego, de um abraço.
Há  tempos que sorrisos  de minha alma  saíram,  partiram, sei  que andam  vagando  por ai,  como potros soltos das patas   procurando  nas coxilhas molhadas  e geladas de geada, um  calor  para  aquecer  e aquietar  meu  corpo,  meu  coração.
Há !  vida  que passa  ficando  para  trás  sonhos  não  sonhados,  sonhos  perdidos,  sonhos que  os pensamentos e  saudades  nos trazem a  cada  instante quando nossa alma  chora, chora  por  medos,  chora perdida  sem    passos   para  caminhar.
Um  canto  de um  passarinho  visita meu  pensamento, meus olhos  brilham, como  a  lembrar de tempos  onde  esse gaúcho,  um dia  foi "guri" vem  aquela  saudade  carregada  de sonhos, de  um sonho  guri  que  todo  " piá"   sonha.
Agora,  o  sol,  aparece como  ouvindo  minhas preces,  pedindo  calor,  pedindo aconchego, pedindo  carinhos  perdidos que o  tempo levou.
Nas   minhas  saudades que  ficaram  em mim, eu  as saboreio avidamente como  sendo  o  meu  último  sopro, meu último  abraço,  o  meu  último prato  de  comida do  dia,  eita saudada  maleva, que  brinca de  me visitar,  me dando  pra mim, "saboreios" para  matar  essa  saudade.
Acordo  desses  lapsos  de vida, e sei  que a realidade  é o  que  conta, é ela  com  vida  ou  sem  vida,  sem abraços ou  não, que tenho  que  ir em  frente.

Pensem  nisso  enquanto  eu  vos digo  até amanhã.

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