sexta-feira, 17 de julho de 2020

UM TALAGAÇO NO MEU AMIGO

Essa madrugada  foi  fria,  ala pucha!   Mas confesso aos  incrédulos  que  não  gostam de um  friozinho,  eu quando  vou  pra  cama, não consigo  estar  encilhado, é  a sunga(cueca),  e  a camiseta manga curta,  sempre, é o  véio é  quentito, mas  a alma  é mais, confesso.
Mas  eu  não  senti frio, a gente aqui  dessa terra  gaúcha,  aqui  no fim  do  BRASIL,    estamos  curtido  por  esse  friozito, lógico, que   usamos  alguns  artíficios para vamos  dizer , dar  uma amainada   nesse  frio que  foi  macanudo,  isso  eu  tenho  que  dizer.
Uns  gole  de  canha,  curtida  no butiá, na  casca da bergamota, um licor de butiá, um vinho  tinto  seco, um camparizinho, de  vez  enquando, não pode  faltar  é  o  chimarrão  mas  confesso,  matear  solito, não  gosto, as  veze  minha  JULINHA,  pede  um  chimarrão, ai  eu  faço,  dois,  um  para  ela  outro  para mim,  é temos  essa  coisa  desse CORONA,   meu  DEUS,  até  quando vai  isso ?
Mas  essa  madrugada tive um  pesadelo, mas bah!  me  deu  um  arripio,  um medo,  parecia  coisa de  outro mundo, coisa do  boitatá, ou um  lobisomem, tive um  sonho surreal.
Passo   então  a lhes  contar,  o  sonho  desse  gaúcho:
Eu acabara  de  ler um  livro,  é  um  vício que tenho,  ler, e  fui   procurar   o  sono  dos justos.
Meu  DEUS! Eu  estava  na  cama(no  sonho) eu  entrei para  dentro  das cobertas, sabe  como  é, o  homem    as vezes  ponhe  a mão, no  seu "objeto  de retoço"  essas  coisas  de véio, coça aqui,  ali, eu  levei um  susto daqueles, aonde eu  apalpava  não havia  viva   alma, dava uns cutucões, e nada, dei  um  tapa no companheiro de  fuzarca,  e  o seu  menino sessentão, estava  quietinho  que   nem  guri   que  fez arte, tentei  fazer  outras  artimanhas,  e nada  do  bicho que eu  achava  que  tinha  se  evaporado,  correu um  gelo no  meu  corpo,  não  sentia minhas  pernas, tudo  sem função.
MEU  DEUS!  O  que  estava  ocorrendo,  cheguei  a orar pros  santos para   uma  ajuda, pois  eu  achava  que  o  fuzarqueiro  tinha  já  falecido.

Mas  bah!!!!!  Dei  um  grito  na  noite  escura  e  friolenta  de julho, que  a cama  tremeu,  só  vi  o  barulho do  rádio que  tocava  uma música  bem cuiuda do  XIRU MISSIONEIRO, acordei,assustado, e  perguntei  para  mim  mesmo:
- o  que  aconteceu,  ele  morreu ?
-  não  pode  ser   meu  DEUS !
-  e  agora?
Eu  já  muito  assustado, no  meio  da  madrugada  fria, de SANTA  MARIA,  fui ver o vivente, o  bichinho, estava  lá, quietinho, dormindo, que   nem cusco lagarteando, mas  eu  estava  tão atônito,  que  queria uma prova, e pensava: - será  que não  houve  algo?   - ou  essas  coisas  de COVID-19, por fim  pensei.
Mas ai,  veio aquele  instinto  de  sobrevivência,  dei  um  talagaço  no meu  amigo  de fuzarca, que ele se bandeou  pro um lado, dei outro, e  ele  virou pro outro.
BAH...   estava  assim  num   nervoso  daqueles, quando de  repente, apareceu o amigo de sempre, porque  vamos  convir, aqui  comigo,  sempre  dependurado, já faz  parte da  família,  né ?
Parecia que  ele  após  os  safanões que dei  acordou  mesmo, fiquei  até  com  pena  pela maldade cometida por   mim ,  um  talagaço   de tapa,  nesse frio,não  é  fácil.
Parecia  até  que  ele  dizia :  - Poxa, patrão,  doeu!!
Mas  enfim,   era um  sonho, graças aos céus,  e agora prontito pros retoços, mas,  após  essa pandemia, não é mesmo?


Pensem  nisso enquanto ernquanto  eu  vos digo até  amanhã.

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