quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

AO MEU AMIGO JOÃO ODIR VERFFEL


É   sempre  triste,  a   perda  e  a   partida de um amigo  deixa  em  nós  vazios,  lembranças, de um  tempo, de muitas  coisas  realizadas, outras nem   tanto, mas é  assim, na vida, vivemos  os  nossos  ciclos, e  todos  como dizemos temos  nossa hora.
Falo,  de  um  amigo, que  hoje  nos deixou, assim  como  eu,  muitos  outros seus  amigos, também  estão sentindo,  sua partida.
Trabalhei  com  João   Odir  Verffel,  na RFFSA,  foi  meu  chefe  na  área de segurança  do trabalho, comecei  em  1979,  quando  em  Porto  Alegre   vim  de  mala  e  cuia para  os   desafios em  trabalhar  numa  empresa  estatal  federal na  cidade  de  Santa Maria.
Lembro,  que  quando  cheguei no  edifício central  da RFFSA, em  Porto  Alegre,  me deram, um pilha  de livros  para eu ir  conhecendo como  era  a empresa,  sua  história,  finalidades, essas  coisas que na  verdade  temos que  saber, me  disseram, vai na sala  ao lado, que está  o  engenheiro João  que  será  teu  chefe em  Santa Maria.
Confesso,  que quando  entrei  na  sala, não tive  uma  boa   impressão, daquele homem,  sisudo, de  bigode, de muito  poucas  palavras mas  que  o  tempo  depois, mostrou-me a  outra  face,  o  outro lado  desse  homem  de  poucas  palavras.
Realmente,  João Odir, o  chefe, ele  não  gostava  que  o chamássemos dessa  maneira, mas  com  certeza era  um modo  de  respeito  ao chamá-lo dessa  maneira.
Fortalecemos,  um convívio   profissional  muito  grande, ele  engenheiro   de segurança  do  trabalho,  e eu técnico  de  segurança do  trabalho,  além desse  convívio tivemos  uma grande  amizade  exercida  por muitos anos, lembro, de  nossos  jogos  de  futebol, com  o  grupo  todo  nosso, até os  filhos dele  ele  levava pra jogar  com  a  gente,  ou  simplesmente  assistir  nossas  peladas.Ele, o  João Odir, foi  além  de  profissional,  foi pra mim, um  verdadeiro   pai, pois  num  momento que  tive com  o  meu   pai,  doente, em  São  Gabriel, ele  me deu muita  força,  muito  apoio, uma  solidariedade, sem igual.
Hoje, pela  manhã,  quando    fui  ao velório, dona Carmen, me disse,  sua  esposa: "poxa Júlio, vendo  vocês  aqui,  lembro quando vocês, se reuniam para jogar  bola, e muitas  vezes  nos encontrávamos no  escritório do  João"
Quando  encontrei os seus  filhos, fiz questão  de  dizer a eles, o  quanto o pai  deles  foi  um  homem   generoso, amigo,  e  leal, e  que tinha, uma  gratidão muito  grande por  ele.
O amigo, João, foi  embora, ele  foi  um  homem, muito inquiéto, nós  falávamos  muito de conjuntura política, situação várias, ele  era muito  solidário,  um  homem que  venceu,  de origem pobre, muita  luta .
Hoje, muitos  de nós,  seus  amigos,  mais próximos, colegas de  trabalho, fomos nos despedir  do  amigo, muitos  não souberam do  falecimento  dele, entre o problema de  saúde detectado,  foi  muito  rápido,  muitos  não  tiveram  a oportunidade de  dar um  tchau,  ao  amigo  João.
Na cerimônia de  sepultamento, um  dos filhos  disse, " o  nosso  pai levou nossa  família  nas  costas  fez  tudo  por  nós".
Amigo, vá em  paz, vá na luz   do amor do  nosso  DEUS  que encontre  do outro   lado, o  seu  descanso.
Dizer, aos familiares,  do  meu amigo João  Odir, que  lamentamos, e sei o quanto  dói, essa perda  desse marido, desse  pai, desse  avô, força, e  dizer sempre que  nossos  caminhos  um dia  terão esse destino, somos  vida  hoje, depois ao  pó  retornaremos.

Pensem  nisso enquanto eu  vos  digo  até amanhã.

2 comentários:

  1. Julio, as tuas palavras me comoveram profundamente, e ler cada uma delas me deu a certeza de que a vida do pai teve um enorme valor, não só pra nós, seus filhos, mas para todos que conviveram com ele.
    Muito obrigada por tuas palavras, mas acima de tudo, muito obrigada por todo o sentimento implicito nelas.
    Ele certamente estará grato e feliz no lugar que esteja.
    Obrigada!
    Luciana Verffel Mayer.

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  2. Agradeço suas sinceras palavras que confirmam o que nós sentimos e pensamos sobre nosso pai. Ele sempre lembrava dos companheiros de trabalho com grande respeito e satisfação. Abraços.
    Alessandro S. Verffel

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