domingo, 24 de setembro de 2017

BRASIL, UM PAÍS DESIGUAL

Seja bem-vindo ao país mais desigual do mundo!

A injustiça social é a mesma da França do fim do século XIX!

publicado 24/09/2017
Sem Título-3.jpg
Vista aérea da casa de João Doria, de 7 mil m2, no Jardim Europa (sic) em SP
Conversa Afiada reproduz da Fel-lha trechos da entrevista de Mariana Carneiro e Flavia Lima com o economista irlandês Marc Morgan Milá, 26 anos, que veio ao Brasil trabalhar no IPEA sobre a distribuição de renda.
(...)

"Quem são os ricos no Brasil?
O grupo dos 1% mais ricos tem cerca de 1,4 milhão de pessoas, com renda anual a partir de R$ 287 mil. O 0,1% mais rico reúne 140 mil pessoas com renda mínima de R$ 1,4 milhão. Enquanto isso, a renda média anual de toda a população é de R$ 35 mil. É uma discrepância muito grande. Esse é o ponto importante no caso brasileiro: a concentração do capital é muito alta.
O Brasil é um caso extremo?
O Brasil é um animal diferente. É o país mais desigual do mundo, com exceção do Oriente Médio e, talvez, da África do Sul. Um ponto importante é que todos os governos brasileiros das últimas décadas têm responsabilidade por isso.
Em que sentido?
A história recente indica que houve uma escolha política pela desigualdade e dois fatores ilustram isso: a ausência de uma reforma agrária e um sistema que tributa mais os pobres. Para nós, estrangeiros, impressiona que alíquotas de impostos sobre herança sejam de 2% a 4%. Em outros países chega a 30%. A tributação de fortunas fica em torno de 5%. Enquanto isso, os mais pobres pagam ao menos 30% de sua renda via impostos indiretos sobre luz e alimentação.
(...)
O ajuste fiscal pode impactar a desigualdade?

O congelamento das despesas públicas por 20 anos pode ter impacto negativo sobre a desigualdade porque são os mais pobres que dependem mais dessas despesas. Também pesam na conta a legislação sobre terras e a política fiscal, seja na criação de uma tributação mais justa, seja na retirada de renúncias que beneficiam os mais ricos.
Quais renúncias?

A principal é a taxação de lucros e dividendos. O Brasil é um dos únicos que não taxam dividendos distribuídos à pessoa física. Obviamente, isso favorece as pessoas de renda mais elevada.
(...)
Melhor combater a pobreza em vez da desigualdade?

Pobreza e desigualdade estão relacionadas. Há políticas que podem atacar ambas, não devemos restringir o foco em apenas uma delas.
Nos últimos 15 anos, a pobreza foi reduzida, é inquestionável. Ao mesmo tempo, a desigualdade melhorou um pouco porque muitas pessoas pobres ascenderam.
Mas os pobres ainda são muito pobres e a diferença de renda entre os dois extremos é muito elevada. Ao se excluir os 20% mais ricos, a renda dos 80% restantes no Brasil é equivalente à dos 20% mais pobres na França. A desigualdade é semelhante à da França do final do século 19."

O  que  se  quer  realmente  é um  PAÍS   para  todos    e  não  para  poucos, um  País  aonde  as oportunidades  para   os  que  estão  embaixo  de  nossa  pirâmide tenha  suas  oportunidades.
Nesse  contexto  dos  dias  atuais, após  a  derrubada de  DILMA  ROUSSEFF,  O  Brasil é um  PAÍS  mais  desigual,  mais  desumano, mais concentrador  e  sem  oportunidades   para  a  grande  maioria  de  nossa  população.
Os  tempos são  outros, são duros  mas  o  futuro  próximo  não  sabemos aonde está.
Pensem  nisso  enquanto eu  vos  digo  até  amanhã,

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O TEMPO

O TEMPO MOISÉS MENDES Para lembrar ou para esquecer no fim do ano: uma lista de fatos que parecem ter ocorrido anteontem. 11 de dezembro d...