Escutei uma voz que me chamou: "professor, olá"! Parei, e fui cumprimentar esse jovem e pra surpresa minha, era um aluno de um curso que dei em Santa Maria, no SENAI, é sempre bom sermos lembrados, aqui, lá, acolá, mas ao mesmo tempo ver um jovem naquele momento e em companhia de outros como disse ali, com sintomas de embriaguez, e outros sintomas, me deu uma tristeza, em saber, e constatar que nossos jovens estão se perdendo por ai.
E a pergunta se faz, e eu a faço a mim sempre, tenho muitas e severas dúvidas se esses jovens se recuperam ou não, se não tiverem um apoio social, em que várias forças possam se unir para salvá-los desse mundo cão que vivemos.
Tive alguns momentos de prosa com meu ex-aluno, e o que vi na minha frente, foi uma tristeza só, dizia coisas sem nexo, vi-o perdido, nessa sanha de vida, e não temos como não nos comover com um quadro desses.
Mas o que me chamou a atenção, era que ele lembrava de mim, e até de alguns momentos de sala de aula.
Um ser humano desses, desse Paulo, e de outros milhares espalhados como esse meu ex-aluno merecem, ou mereceriam, cuidados, porque são seres humanos que se descambam pela vida, por outros e muitos motivos.
E um motivo que posso dizer é que é a desestruturação familiar um dos pontos que podemos apontar para essa situação, assim como outros tantos.
A família é muito importante é o cantinho nosso, onde criamos os nossos laços afetivos desde que viemos ao mundo, é ali, no seio familiar que recebemos as primeiras lições de cidadania, recebemos os pilares de vida.
Mas hoje esse quadro mudou, as famílias desmoronam como castelos de areia por uma conjuntura de várias vertentes.
Pensem nisso enquanto eu vos digo até amanhã.
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