Era uma senhora que tinha uns quase setenta anos, um lenço nos cabelos branqueados pelo tempo, uma saia vermelha, estilo floral, e uma sapatilha, caminhava pela calçada, ela vinha em sentido contrário ao meu,e a chuva forte que batia no meu chapéu, marca marcatto, e que ao mesmo tempo ensopava o chapéu que me protegia do aguaceiro, na tarde pintada de nuvens escuras, umas mais outras menos.
Eu no meu estilo meio chucro, vi aquela mulher sorrindo que vinha em minha direção,sotaque acastelhanado me dizia, "vamos vier suorte gaúcho guapo", "vamos ver as linhas de sua mão".
Eu já tive experiências com ciganas, foi em PORTO ALEGRE, já fazem algumas luas, e confesso na minha lembrança foi impactante o que ouvi quando não quiz na ocasião que a cigana, em pleno parque farroupilha, lesse minha mão, e as palavras dela, ecoavam e ainda por muito tempo fizeram morada na minha lembrança.
Fiquei sim, temoroso mas o tempo passou, e sempre quando ciganas se aproximavam, eu as evitava, talvez com um medo que não entendia o porque.
Mas aquela chuva que caia, eu me sentia abençoado, lavado, e quando a cigana tocou em meu ombro, eu aceitei o desafio para ela ler a minha mão.
Bem, o que ela disse, foi impactante, fiquei com uma sensação, de que diante dela, ela me deixou completamente nú, me dizendo coisas que realmente ocorreram, nesses últimos dois anos, o que eu iria passar, e passei, dizendo apenas que "eu me cuidasse, que os caminhos são muitos, mas temos que saber qual que temos que percorrer ".
Agradeci, de uma maneira educada, pelos presságios, o que ela disse-me, lógico que não posso externar, fica comigo.
Retomando o caminho de meu objetivo, e ainda a chuva caindo em caldos grossos pensava nas palavras da cigana, cada palavra, cada olhar daqueles olhos negros em mim.
Sempre fica no nosso imaginário a figura, a magia, a história dessas pessoas.
Pensem nisso enquanto eu vos digo até amanhã.
terça-feira, 11 de abril de 2017
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