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"A ABI (Associação Brasileira de Imprensa) divulgou uma nota nesta terça-feira (31) contra a decisão da Justiça do Paraná que mandou retirar do ar textos com críticas à Operação Lava Jato. Os textos haviam sido publicados no blog do jornalista Marcelo Auler.Um das sentenças, segundo o advogado do jornalista, determina que o blog não só retire do ar as reportagens listadas no processo como se abstenha de divulgar novas matérias "com conteúdo capaz de ser interpretado como ofensivo ao reclamante [um delegado da Polícia Federal]".
"A ABI denuncia o restabelecimento da censura através da decisão da Justiça do Paraná ao determinar a remoção de textos e proibir reportagens sobre a Operação Lava Jato e a Polícia Federal", afirma o texto da nota.
"A medida proferida pela Justiça de Curitiba representa também perigoso precedente ao exumar mecanismos de controle da expressão do pensamento usados sem parcimônia durante a ditadura militar", continua.
Por fim, o texto afirma que os delegados que se sentiram ofendidos pelo blog dispõem de outros meios para se defender, "sem a necessidade de vivificar procedimentos de caráter autoritário que se acreditava sepultados para sempre com o fim do regime de 1964".
O jornalista foi acionado na Justiça pelos delegados da PF Erika Marena e Mauricio Moscardi Grillo, integrantes da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.
A advogada que representa os dois delegados, Márcia Marena, afirmou que em nenhum momento foi determinado pelo Judiciário que se retirassem do ar reportagens sobre a Lava Jato, mas, sim, conteúdo considerado ofensivo. "
O que se lamenta disso tudo é que temos em várias instâncias de justiça um judiciário seja ele de onde for que quer junto com essas forças pró-golpe, e a operação lava jato, fazer com que as pessoas não possam expressar com liberdade os seus pensamentos.
Pensem nisso enquanto eu vos digo até amanhã..