Chuva calma mas o chimarrão sorvo nas reminiscências da noite que começa. Um gosto diferente de tomar sozinho esse vício gaúcho que herdamos dos nossos índios.
Mas vem lembranças a cada pingo de chuva que cai. Como não querendo ser percebida.
Lá fora o campo molhado. O mugido do gado...o vôo da passarada como querendo chamar alguém nessas horas de matear solito.
De dentro da gente soltam imagens de um ontem ...que povoam nossas retinas.
Lembranças..saudades do teu carinho ... do afago de suas mãos em mim..do teu colo..desse amor que sinto falta.
De tua proteção...da palavra amiga..aprendizado constante!
AH! nossos segredos e... bota segredos nossos. Você queria saber de tudo e eu tudo relatava pra você.
Vejo você no sofá da sala comigo.
Uma imagem forte...real.
Nós de mãos dadas como uma corrente eterna de aço...juntinhos. E junto sempre o seu radinho para ouvir suas músicas..as nossas músicas.
Hoje como sempre meu pensamento ...minha saudade reverencia você minha mãe CELY.
O chimarrão me amansa.
Sinto tua presença em mim.
A sala está impregnada de amor...
De uma luz que me acende. Sinto você minha amada mãe CELY.
Lá fora um raio corta a noite de nuvens pretas...enfeitadas de luzes que abençoam os céus.
Hoje... nessas horas que mateio solito cada vez mais tua presença meiga me faz bem.
Meu coração bate cirandas de amor para você...minha amada mãe CELY.
Amor eterno ..presente sempre em mim.
Pensem nisso enquanto eu vos digo até amanhã.
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