Essa resposta eu não tenho, não quero saber, não importa saber, porque o tempo é o que temos, se for, mais umas horas, mais um dia, um mês, seja o tempo que for, sei que fiz o que devia fazer, certo ou errado, fiz com a minha cabeça, com as crenças que eu carrego dentro de mim.
Não podemos negar , eu não posso negar, que jamais imaginei passar por isso, por esse tempo, o mundo, virou de cabeça pra baixo, e o que mais se vê, se escuta, são notícias de mortes,isolamento social,caixões descendo nas valas amontoadas de cadáveres que até ontem eram vidas.
Ah, meu DEUS!! Que sofrimento saber que irmãos estão indo, não sei se era a hora deles, pois sempre se diz, ou ouvimos: - Era a hora do JÚLIO CÉSAR ! POXA, ERA UM CARA LEGAL, outro dizia: - ERA VELHO, JÁ VIVEU O SUFICIENTE.
Essa é a ironia nossa da vida, desse caminho, que não sabemos até aonde iremos chegar. Uns encontraram o seu caminho final no encontro com o CORONAVÍRUS , é isso mesmo ?
É ASSIM ? E DAÍ ?
São os mistérios que rondam nossa trajetória de nossas vidas, e não sabemos e não entendemos muita coisa, pois, muitas das coisas que acontecem, não sabemos quando irão acontecer.
Somos a cada vento que desalinham nossos cabelos muitas e muitas respostas, que não temos as nossas perguntas da vida.
Sei, que as vezes não é bom nem sabermos, talvez pelo medo que nos dilacera nossos pensamentos , temos medo, ou quase sempre temos, medo de atravessarmos nossas fronteiras. O medo é inerente ao ser humano, e quado temos medo, também é uma forma de nos protegermos.
Temos medo de nossas coisas irem embora, dos nossos voarem de nós, e não pudermos mais alcançá-los e ficarmos sozinhos.
São as perdas e os danos, aquilo que vai e aquilo que fica. Fica um sorriso,um jeito, um olhar, que só quando vai embora sabemos do que perdemos, ou do quanto que perdemos.
É tudo é vida, tudo depois vira saudade, vai virar pó, enquanto nossa memória guarda no arquivo da mente, aquela vida, aqueles momentos, aquilo que se viveu e depois partiu.
Nesses dias de isolamento social, vem tudo isso em nossa mente , se poderíamos fazer diferente lá atrás, ou o porque, aconteceu daquele jeito, e o porque não foi de outra maneira.
Muitas vezes, não fomos o agente ativo de tal situação de algo que ocorreu inesperadamente, ou por outro motivos porque tudo são elos, correntes que se formam, e se desfazem como um corte de uma espada e se divide, e outros caminhos aparecem., é a vida.
Ficamos nesse limbo, dessas incertezas, de nossas contradições, de nossos sonhos, sonhados, que muitas vezes ficam, ou ficaram pelo caminho , sem o ato final, como numa peça de teatro, ou como um acorde final de uma guarânia que não teve o seu final.
Agora, iremos mudar ? O mundo vai mudar ? Os seres humanos irão mudar ? Com todo esse horror que todas as horas nos acompanham nessas incertezas humanas que vivemos ?
Eu não tenho essa certeza, talvez penso mais no sentido de que cada ser vivente poderá responder eu particularmente acredito que não.
Somos seres humanos, somos falhos, estamos aqui numa passagem, somos aprendizes de vida, nos reformando em todos os sentidos de nossa complexidade humana.
E DAÍ ? É que apesar de tudo que estamos vivendo, temos sim a oportunidade de refletir nosso caminho, nossa vida, a nossa relação com os nossos irmãos de caminhada.
É notório ressaltar que não estamos só nesse universo, a nossa casa, é o planeta terra, devemos cuidar ela, interagir com toda sua beleza e magnitude, o ar, nossas florestas, nossos rios, a terra, os animais todos, tudo que compõem esse ciclo da vida, e nós estamos dentro desse sistema.
Meus dias de pandemia, são de esperança que possamos depois disso tudo, termos um mundo melhor, pois a vida é bela, e nós não temos o direito, de deixar ela feia, e sim cuidarmos dela.
Pensem nisso enquanto eu vos digo até amanhã.
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