"Era uma vez um boi.
Ele não sabia que seria boi de piranha.
Andava sempre na frente da tropa.
Tinha influência sobre cada elemento do rebanho.
Era líder.
Acostumou-se a mandar e a comer pasto de luxo.
Fez do seu lugar um curral.
Era rei.
Cobrava pedágio para quem quisesse pastar no seu campo.
Brigou com a chefe do latifúndio Brasil.
Na quebra de braço, conseguiu afastá-la do poder.
Embora seus malfeitos fossem conhecidos, foi mantido à frente do curral até o afastamento da inimiga.
Vencida essa etapa, tornou-se inútil ou um peso morto a carregar.
Era tão forte que manteve a lealdade de grande parte dos seus.
Mas não de todos.
Outros touros sentados entraram na mira da justiça.
Para que fossem salvos, um boi precisaria ser abatido.
O boi, que era líder e tinha sido útil, foi entregue.
De repente, ficou para trás.
Virou boi de piranha.
Moral da história: nem todo boi de piranha é inocente.
Destino de boi de piranha: largar na frente e ficar para trás.
Era uma vez um boi de piranha.
Chamava-se Eduardo Cunha.
Morreu dando coices"
Pensem nisso enquanto eu vos digo até amanhã.
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