Falar de amor é muito dificil pois são sentimentos intensos quando se ama que não encontramos muitas vezes, algo que o define e mesmo penso
que quando achamos que temos uma definição, um conceito , me parece que falta algo a acrescentar
e com certeza sempre tem algo a acrescer.
Também falar de amor em tempos atuais não sei se é dificil ou não, pois, é mais importante amar.
Passar uma vida se amor, sem amar, sem sentir saudade
de um amor, do amor, será que é assim?
Miguel Esteves Cardoso com sua maestria, leveza quando escreve sobre esse tema em " Quando nos Apaixonamos", eis:
Quando nos ApaixonamosQuando nos apaixonamos, ou estamos prestes a apaixonar-nos, qualquer coisinha que essa pessoa faz – se nos toca na mão ou diz que foi bom ver-nos, sem nós sabermos sequer se é verdade ou se quer dizer alguma coisa — ela levanta-nos pela alma e põe-nos a cabeça a voar, tonta de tão feliz e feliz de tão tonta. E, logo no momento seguinte, larga-nos a mão, vira a cara e espezinha-nos o coração, matando a vida e o mundo e o mundo e a vida que tínhamos imaginado para os dois. Lembro-me, quando comecei a apaixonar-me pela Maria João, da exaltação e do desespero que traziam essas importantíssimas banalidades. Lembro-me porque ainda agora as senti. Não faz sentido dizer que estou apaixonado por ela há quinze anos. Ou ontem. Ainda estou a apaixonar-me.
Gosto mais de estar com ela a fazer as coisas mais chatas do mundo do que estar sozinho ou com qualquer outra pessoa a fazer as coisas mais divertidas. As coisas continuam a ser chatas mas é estar com ela que é divertido. Não importa onde se está ou o que se está a fazer. O que importa é estar com ela. O amor nunca fica resolvido nem se alcança. Cada pormenor é dramático. De cada um tudo depende. Não é qualquer gesto que pode ser romântico ou trágico. Todos os gestos são. Sempre. É esse o medo. É essa a novidade. É assim o amor. Nunca podemos contar com ele. É por isso que nos apaixonamos por quem nos apaixonamos. Porque é uma grande, bendita distração vivermos assim. Com tanta sorte.
Miguel Esteves Cardoso, in 'Jornal Público (14 Fev 2012)Pensem nisso enquanto eu vos digo até amanhã.
sexta-feira, 17 de outubro de 2014
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