Bolsonaro usa Roberto Marinho para defender a ditadura na GloboNews, jornalistas se calam
"Participamos da Revolução de 1964, identificados com os anseios nacionais de preservação das instituições democráticas, ameaçadas pela radicalização ideológica, greves, desordem social e corrupção generalizada"
"Ao ser indagado sobre se houve ou não ditadura militar no Brasil no último bloco da entrevista da GloboNews, por Roberto D´Avila, Bolsonaro aproveitou para dançar funk com samba e passou a recitar de cor um editorial de O Globo assinado por Roberto Marinho, que segundo ele foi um grande democrata.
Neste editorial, Marinho defendia o legado da revolução que tirou o Brasil de uma ditadura comunista.
“Participamos da Revolução de 1964, identificados com os anseios nacionais de preservação das instituições democráticas, ameaçadas pela radicalização ideológica, greves, desordem social e corrupção generalizada.
Quando a nossa redação foi invadida por tropas anti-revolucionárias, mantivemo-nos firmes em nossa posição.
Prosseguimos apoiando o movimento vitorioso desde os primeiros momentos de correção de rumos até o atual processo de abertura, que se deverá consolidar com a posse do novo presidente.
Temos permanecidos fiéis aos seus objetivos, embora conflitando em várias oportunidades com aqueles que pretenderam assumir o controle do processo revolucionário, esquecendo-se de que os acontecimentos se iniciaram, como reconheceu o Marechal Costa e Silva, “por exigência inelutável do povo brasileiro”.
Sem o povo não haveria revolução, mas apenas um ‘pronunciamento” ou “golpe” com o qual não estaríamos solidários….
A bancada de nove jornalistas presentes não sabia o que fazer, se calou. E Bolsonaro continuou dizendo que a Globo e a Veja foram criadas já na ditadura, como havia dito no Roda Viva.
E o silêncio continuou imperando.
Os ossos da ditadura enterrados na história da Globo sentiram a dor do silêncio.
Bolsonaro ganhou o último round. E saiu muito maior da GloboNews.
PS: Ao final do programa, quando este post já havia sido publicado, Miriam Leitão leu uma nota de O Globo, que lhe foi ditada pelo ponto eletrônico justificando o fato de Roberto Marinho ter defendido a ditadura num editorial de 1984. E citou um outro editorial de 2013, que termina assim:
“À luz da História, contudo, não há por que não reconhecer, hoje, explicitamente, que o apoio foi um erro, assim como equivocadas foram outras decisões editoriais do período que decorreram desse desacerto original. A democracia é um valor absoluto. E, quando em risco, ela só pode ser salva por si mesma.”
Amanhã este vídeo estará circulando e você poderá confirmar, foi um dos momentos mais constrangedores da história da televisão brasileira."
A todos aqueles incrédulos que insistiam ou ainda insistem que não houve golpe, e não houve a participação da GLOBO nesse momento de nossa história ontem isso foi mais uma vez confirmado.
O que o cidadão deve saber, é se informar, e não ser vaquinha de presépio das mídias da GLOBO que não informam, eles apenas dizem o que é de interesse de seus propósitos.
Sempre reafirmo, digo, coloco que uma democracia se constitui, se fortalece com o cidadão se informando, aqui e ali, para fazer nesse momento, sua base de conhecimento, e pensamento, sobre o momento que se vive, não ir em mídias que mancheteiam e não informam, e sim desinformam.
Estamos em momentos claramente decisivos de nossa história como PAÍS, o BRASIL, é muito maior, que os interesses escusos do poder econômico, e de uma classe política, que a cada dia desmantela, arrasa, e coloca nosso futuro de soberania, e perspectivas maiores para seu povo muito distantes.
O cidadão tem que participar ativamente de seu protagonismo, sendo assim, poderemos lá adiante quem sabe colocar esse BRASIL no caminho de um futuro melhor.
Pensem nisso enquanto eu vos digo até amanhã.
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