Hoje é um sábado triste, cinzento como foram os outros dias mas fazem parte na vida de todos nós mas confesso que não gostaria que fosse e até eu não entendo também muita coisa.
Não sei porque de um momento para o outro as coisas mudam ou já vinham mudando, ou já estavam mudadas talvez tenha faltado uma certa sensibilidade em mim e até acho que foi isso
pois dizem que a mulher é que tem sensibilidade o homem não, não sei, não sei, apenas sei que
está tudo cinzento nesse caminho.
Fiz uma limpeza geral abri gavetas, joguei muita coisa fora, me desapeguei me exorcizei, estandes
ficaram quase vazias pois livros coloquei em uma sacola para dar, meu guarda-roupa, deixei quase
vazio de muita coisa que não tinha mais serventia para passar pra pessoas que possam fazer uso pois, isso é o mais correto.
Apenas sei que não se joga fora são os nossos sentimentos aquilo que carregamos dentro do
nosso coração mas de uma certa forma porém quando a gente não está bem ficamos sim um pouco órfãos, ou completamente órfãos pois falta, o sorriso, a liga, a complementação.
Para complementar quase que a tarefa do meu banho, vi um senhor moribundo, um andarilho sentado comendo um pedaço de pão, com um olhar fixo em mim, pela pele não era um homem velho, e sim um homem que o tempo destemperou, que o tempo judiou, vi aquele olhar triste e
me vi nele, tive uma sensação não muita boa, e pensei o que que a vida nos faz, ou o que que nossas atitudes e atos, concorrem para sermos ou estarmos em determinadas situações.
Subi no prédio, alguns degraus, juntei uma sacola e nela, panetone, outros pães, queijo, uma goiaba, um leite e umas roupas num saco, e fui até ele.
Ofereci a ele a minha mão ele me deu a sua mão, por segundos nossas mãos estavam presas, nos olhamos e ele retribuiu o meu gesto de um ano melhor.
Quando nos deparamos com nossos semelhantes em estados que não dignificam a vida humana
não tem como estarmos ou a gente se sentir feliz, embora o meu momento não fosse bom, por outros motivos mas com certeza o desse homem, fragilizado e só me fez repensar coisas.
Subi, novamente as escadas, e o que eu mais queria era um banho, tipo me penitenciar, agradecer e
pedir, para aquele homem e os outros milhões de irmãos que estão soltos nas ruas do mundo sem
rumo, e sem um lugar para chegar, que os seus passos fossem melhores dos que os até aqui que
foram caminhados.
Foi sem dúvidas o meu banho de mim.
Pensem nisso enquanto eu vos digo até amanhã.
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O autor fez uma boa ação mas está confuso. Fazer a caridade é ocerto mas não envolver demais porque tira o foco.
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