Está caindo a tardezita, e com ela aos poucos vem chegando a noite, enxergo alguns fiapos do sol que vão se esvaindo como o sangue numa última trajetória em uma artéria.
Eu não gosto do entardecer soa nostálgico, soa saudade, dos outros, acho triste o entardecer.
Escuto os sons da algazarra dos pássaros que vão a procura de seus alinhamentos para a noite que chega e o descanso.
Vim até minha filha, vim trazer minha Julinha (netinha) porque esses tempos de muita violência assusta a gente, nos deixam inseguros.
É bom estar em companhia dela e também se aproveita para papear mais um pouco.
Eu sempre procuro conversar, escutar ela, ver alguns sinais, para interagir .
Nesses tempos sabemos que os jovens,os adolescentes com certeza , não gostam de conversar , ou andar com "velhos" mas eu não tenho essa dissabor com minha Julinha pois sempre dentro do possível a gente está juntinho.
Ela me conta tudo ( ou quase tudo...não é mesmo?) mas é natural é uma fase linda, de sonhos, aprendizagem , com certeza temos que entender, pois lá atrás a gente também teve essa idade.
A gente aprende, eu aprendo com ela, não é a toa que digo é o meu oxigênio.
Pela janela , vejo o Vincent ( o gato de minha filha )me fazendo companhia ao olhar para a rua.
Fico pensando, ele o que será que está pensando, imaginando. Dias atrás falei pra minha filha Carolina, porque ela não arrumava uma companhia para o Vincent.
Se para a gente humanos é triste estarmos só, imagino eu para os bichanos.
Já chega a noite, em seguida vou embora mas antes um pedido, um pedido para minha filha, pois estou com problemas no blog e ela manja bem esses assuntos técnicos mas confesso que sou um zero a esquerda, um contumaz burro.
Depois disso , vou me retirar, caminhar, pois idoso na noite é perigoso andar solito.
Que a noite traga bons fluidos.
Pensem nisso enquanto eu vos digo até amanhã.
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