PT: DODGE É IRRESPONSÁVEL E VISA ATINGIR LULA, LÍDER NAS PESQUISAS
Após a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, oferecer denúncia contra o ex-presidente Lula e membros do PT nesta segunda-feira (30), véspera deste 1º de maio, que terá ato unificado de sete centrais sindicais e várias mobilizações pela liberdade dele e contra a Reforma Trabalhista, o partido afirma que, mais uma vez, o órgão "atua de maneira irresponsável, formalizando denúncias sem provas a partir de delações negociadas com criminosos em troca de benefícios penais e financeiros"; "A denúncia irresponsável da PGR vem no momento em que o ex-presidente Lula, mesmo preso ilegalmente, lidera todas as pesquisas para ser eleito o próximo presidente pela vontade do povo brasileiro"
247 - "Após a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, oferecer denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta segunda-feira (30), véspera deste 1 de maio, que terá ato unificado de sete centrais sindicais e várias mobilizações pela liberdade dele e contra a Reforma Trabalhista, o PT afirma que, mais uma vez, o órgão "atua de maneira irresponsável, formalizando denúncias sem provas a partir de delações negociadas com criminosos em troca de benefícios penais e financeiros".
"O Ministério Público tenta criminalizar ações de governo, citando fatos sem o menor relacionamento, de forma a atingir o PT e seus dirigentes", diz o partido, em nota.
De acordo com a legenda, "além de falsas, as acusações são incongruentes, pois tentam ligar decisões de 2010 a uma campanha eleitoral da senadora Gleisi Hofmann em 2014". "A denúncia irresponsável da PGR vem no momento em que o ex-presidente Lula, mesmo preso ilegalmente, lidera todas as pesquisas para ser eleito o próximo presidente pela vontade do povo brasileiro".
A PGR denunciou Lula, Gleisi, os ex-ministros Antônio Palocci e Paulo Bernardo, e o empresário Marcelo Odebrecht, pelos crimes de corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro. Outro denunciado foi Leones Dall Adnol, chefe de gabinete da parlamentar."
MEMORIAL RESGATA HISTÓRIA DE TERROR NO SUL DOS EUA
O Memorial Nacional para Justiça e Paz foi inaugurado na cidade de Montgomery, no estado do Alabama, no mesmo local de um antigo depósito onde negros foram escravizados; o museu narrativo usa mídia interativa, escultura, videografia e exposições para imergir os visitantes nas vistas e sons do tráfico doméstico de escravos, o terrorismo racial; sobre o tema, o ativista Douglas Belchior questiona: "Onde estão nossos memoriais? Quando o terror racial no Brasil será pauta nacional?"
Por Douglas Belchior - A notícia sobre a inauguração do Memorial Nacional para Justiça e Paz na cidade de Montgomery, no estado do Alabama, EUA, não ocupou muito espaço na imprensa brasileira.
Inspirada no memorial do Holocausto em Berlim, na Alemanha e no memorial do Apartheid, em Johanesburgo, África do Sul, este monumento em memória às vítimas do terror racial promovida por supremacistas brancos que enforcaram, queimaram vivos, afogaram e espancaram até a morte mais de 4400 pessoas negras no sul dos Estados Unidos, é uma demonstração da força política da comunidade afro-americana. É também, para este Blog, a oportunidade de inaugurar a parceria com o Blog O lado B em NYC do nosso irmão Edson Cadette, negro brasileiro, jornalista e radicado em Nova York há mais de 20 anos. Em nossos diálogos de comparação sobre a questão racial no Brasil-EUA, transborda agonia ante a supremacia racial tupiniquim: O racismo no Brasil é igual ou pior, talvez até mais violento do que foi e é nos EUA. Como é possível não discutirmos isso em alto nível? Onde estão nossos memoriais? Quando o terror racial no Brasil será pauta nacional? Seguimos nós aqui, em busca de respostas e em tentativas de ação.
Com vocês, Edson Cadette, sobre memórias que também são nossas:
Por Edson Cadette do Blog LadoBNY – Correspondente em NY
Localizado no local de um antigo depósito onde os negros foram escravizados em Montgomery, Alabama, este museu narrativo usa mídia interativa, escultura, videografia e exposições para imergir os visitantes nas vistas e sons do tráfico doméstico de escravos, o terrorismo racial, o Jim Crow. Sul e o maior sistema prisional do mundo.Visuais convincentes e exposições ricas em dados fornecem uma oportunidade única para investigar a história de injustiça racial dos EUA e seu legado – para criar conexões dinâmicas entre gerações de americanos impactados pela trágica história da desigualdade racial.
Mais de 4400 homens, mulheres e crianças afro-americanas foram enforcados, queimados vivos, abatidos, afogados e espancados até a morte por multidões brancas entre 1877 e 1950. Milhões de pessoas fugiram do sul como refugiados do terrorismo racial. Até antão, não havia nenhum marco concreto de reconhecimento às vítimas de linchamentos por terrorismo racial. Em um terreno de seis acres no topo de uma colina com vista para Montgomery, o memorial do linchamento nacional é um espaço sagrado para a narração da verdade e a reflexão sobre o racismo nos Estados Unidos e seu legado.
O “Memorial Nacional Para Justiça E Paz” (National Memorial For Peace And Justice) inaugurado no último dia 25 de abril na Montgomery, no Estado do Alabama, foi projetado para homenagear os afro-americanos linchados durante décadas por aqueles que defendiam a supremacia racial branca nos Estados Unidos. Poderíamos também chamá-lo de Memorial do Terror.
O Memorial é uma antiga demanda da comunidade afro-americana para forçar a América a reconhecer uma de suas piores atrocidades direcionada especificamente contra os negros particularmente nos estados do Sul.
Com o final do período conhecido como Reconstrução (1865-1877), chamado também de reunificação do país após a Guerra Civil (1861-1865), os Estados confederados criaram suas próprias constituições estaduais juntamente com barreiras legais para impedir o avanço sócio-econômico dos ex-escravos, tratando-os como cidadãos sem qualquer direito constitucional.
Exposição interna ao Memorial
Este período de terror amparado em leis segregacionistas e racistas, colocadas em prática em todo sul do país, ficou conhecida como a era “Jim Crow”. Entre 1877 e 1950, uma campanha sórdida de terror apoiada pelo Estado, inflamou as relações entre negros e brancos acarretando nos linchamentos de mais de 4 mil pessoas.
A magnitude destas mortes que em muitas vezes ocorreram por questões banais como, por exemplo, a morte de Park Banks apenas por carregar no seu bolso a foto de uma mulher branca, ou a morte de Mary Caleb Gadly, linchada depois de denunciar a morte do seu esposo. Grávida, ela foi pendurada de ponta cabeça. Teve seu corpo incendiado e cortado ao meio enquanto seu feto, ainda vivo, caia no chão.
Muitos destes linchamentos eram motivos de verdadeiros pic-nics com direito a fotos ao lado dos cadáveres pendurados. São notórias também as fotografias tiradas nos linchamentos sendo usadas como cartões postais enviados a amigos e familiares.
Estas mortes deixaram cicatrizes tão profundas na comunidade afro-americana que ainda hoje elas podem ser sentidas por todos aqueles conectados com os mortos.
Estátuas representando pessoas acorrentadas
Segundo o advogado Bryan Stevenson, fundador da ONG “Iniciativa de Justiça Igualitária” (Equal Initiative Justice), e responsável por este importante Memorial, muitos dos nomes dos mortos que agora fazem parte do memorial jamais vieram a público antes.
Segundo reportagem publicada no periódico The New York Times, Bryan Stevenson e um grupo de advogados mergulharam de cabeça nas pequenas livrarias espalhadas pelos vários condados nos estados do Sul para documentarem os milhares de assassinatos. Segundo o grupo, foram catalogados mais de 4 mil linchamentos.
Baseado nos dois mais importantes memoriais do planeta, o memorial do Holocausto em Berlin, e o memorial do Apartheid em Johanesburgo, Bryan Stevenson decidiu por construir um memorial único onde o impacto seria ainda maior para dar uma ideia mais completa da dimensão do horror perpetrado. Além dos nomes das vítimas escritos nas madeiras penduradas no teto representando cada condado, o memorial colocou em pequenos jarros a terra onde os linchamentos ocorreram.
Jarros a terra onde os linchamentos ocorreram
Segundo Bryan Stevenson, a ideia de construção do Memorial do Linchamento surgiu durante as décadas visitando as cortes no Alabama onde o sistema judiciário local ainda trata os cidadãos afro-americanos com crueldade e indiferença.
Há quase 30 anos a “Iniciativa de Justiça Igualitária” vem oferecendo serviços jurídicos para a população mais pobre dentro de um Estado ainda mergulhado em memórias, imagens e comemorações aos soldados confederados. O Estado do Alabama tem o maior número de sentenças per capta nos Estados Unidos. Maioria esmagadora dos condenados, sejam quais forem os motivos, são negros.“Não estou interessado em falar sobre a história porque eu quero punir os EUA”, disse o advogado Bryan. “Na verdade, quero libertar a América”.
O Memorial do Linchamento não é um museu normal. Foi criado com o propósito de mostrar que a escravidão não terminou com a emancipação dos escravos. A instituição continuou se transformando com o tráfico de escravos interno, com as décadas das leis segregacionistas, com os linchamentos, e por fim, nos dias atuais com a prisão em massa dos afro-americanos."
Estive pensando eu já no tempo da melhor idade, pois é, o tempo passa ou nós passamos ?
O tempo não conta tempo nós é que contamos , não é mesmo?
Daqui algumas horas na minha mente, no meu pensamento haverá velinha, bolos, alegria, música, tudo que fazem parte de uma comemoração, ou mudança de idade mas isso só vai acontecer no meu pensamento .
Faz um bom tempo que não sei ou lembro a última vez que assoprei velinha de aniversário, ter esse momento.
Claro que eu gosto desse momento, quem não gosta não é mesmo?
Sabe, não é porque estou velho, ou idoso como querem ou desejam, essa definição.
Nesse tempo todo em que os meus passos me levaram, por muitos caminhos, muitas andanças, outras e diversas esquinas, só tenho que agradecer ao PAI MAIOR, por tudo.
Eu poderia ter sido isso, ou aquilo ou outros issos ou também outros aquilos mas graças ao PAI MAIOR, sou eu com os meus acertos, meus erros mas sempre tentando melhorar como ser humano, enfim, ser alguém melhor.
Dizem que velhos, não comemoram esse dia. Mas acredito e creio piamente que esse dia como todos os demais, dessa caminhada temos sim, que agradecer por termos e espero chegar até aqui, nesse dia.
Um caminho longo , com alegrias, tristezas outras, muitas perdas e danos mas digo que com dignidade de homem, de ser humano.
Quem não gostaria de estar na companhia daqueles que amamos, queremos bem, embora ressalvando que outros também gostaria que aqui estivessem ou ao menos de longe.
Mas no meu pensamento estarão pessoas que o meu coração lembra em sua memória com carinho e muita saudade.
A mesa está posta , preparada e eu espero a todos , pois, o meu coração tenham certeza é grande e os recebe.
Nesta data, alusiva ao dia do trabalhador também, quero também lembrar e homenagear nesse contexto de tempos árduos, dificíeis que a classe trabalhadora brasileira passa.
Sei, que uns vão telefonar, mandar recados via internet para dar um oi, um alô mas também outros não vão lembrar, se dispersaram talvez.
Ontem até me perguntaram o que eu gostaria de ganhar como presente, então, respondi na lata: " um abraço". Até me questionaram o porquê, então eu disse " um abraço ele abraça a nossa alma, nos fortalece, nos aquece, nos acarinha, nos dá uma energia boa de maneira maravilhosa e também nos enche de alegria.
Com a minha resposta só vi olhos arregalados, mas com certeza, só um abraço queria.
Então eu vou comemorar ao menos no meu pensamento e agitando a minha memória ainda lúcida essa nova oportunidade.
FELIZ ANIVERSÁRIO , JC !
"O ataque a tiros contra o Acampamento Lula Livre, em Curitiba, é mais um sinal de que o neofascismo avança sobre a sociedade e as instituições.
Não se combate a violência reacionária apenas com denúncias e protestos.
Se deixados com as mãos livres, os neofascistas fazem da violência, como a história o demonstra, instrumento de intimidação das forças populares e de organização da malta contra-revolucionária.
Esses bandos precisam ser derrotados em todos os terrenos, incluindo o da confrontação aberta.
Os partidos, movimentos e grupos progressistas não podem ser alvos inertes e descuidados a esses ataques, pendurados na ilusão de que o sistema de justiça, penetrado pelo neofascismo, irá combater a delinquência política e o terror de direita.
Está mais que na hora para se organizar a auto-defesa do povo brasileiro, sob a coordenação dos partidos e das frentes populares.
"Os 20 tiros contra o acampamento de Curitiba colocam a crise política num novo patamar de gravidade.
Está claro, agora, que a violência -- em grau homicida -- deixou de ser um lance episódico para se incorporar ao cotidiano como um instrumento de ataque às forças que resistem a miséria, à perda de direitos e à entrega do país aos senhores do capital financeiro e ao império norte-americano.
Não vamos perder a lucidez. Um ataque com tamanho grau de periculosidade só ocorre quando os seus autores têm certeza de que jamais serão encontrados. Sabem que poderão contar com a conivência -- se não for coisa pior -- de autoridades que tem obrigação de proteger uma população pacífica, que batalha 24 horas por dia para defender suas condições de vida e não abandonou o sonho de construir um país melhor para filhos e netos.
A responsabilidade pelos tiros de ontem, que se somam ao assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Pedro Gomes, e aos ataques contra a caravana de Lula, cabe às lideranças que não aceitam a democracia e pretendem conservar o poder de Estado pela força, pela intimidação e pelo assassinato. Adotam métodos típicos do fascismo, uma das latrinas da pior experiência humana.
Representam uma tentativa de resolver à bala uma disputa política que a maioria do população quer resolver pelas urnas, pelo voto livre e democrático, de acordo com o calendário e as regras estabelecidas pela Constituição. Não é apenas pela simbologia que o ataque se dirige a militantes empenhados na defesa dos direitos de Lula, a começar por sua liberdade.
Na origem desse movimento assassino, encontra-se uma derrota política. Enquanto assombrações fantasiadas de candidatos desfila pelo país, embelezados pelos oligopólios da mídia e solenemente ignoradas pela maioria do eleitorado, o único candidato conhecido e legítimo, com autoridade para pacificar o país em bases democráticas, encontra-se encarcerado numa cela solitária, a pouca distância dos tiros de ontem, sem que se apresente um fiapo de prova para justificar uma condenação de 12 anos e um mês.
O dado politicamente relevante, que deve orientar nossa visão de futuro, é este.
A reação da maioria dos brasileiros e brasileiras à prisão de Lula e ao veto a sua candidatura desmoraliza a ditadura judicial que pretende dirigir o sistema político.
A perda de credibilidade da Lava Jato é o ponto essencial da crise. Não é só uma questão jurídica. Revela a incapacidade congênita dos tribunais para apontar uma saída aceitável para o país, ainda mais numa conjuntura de desemprego em alta, o salários no chão e a festa dos patrões do dinheiro e do poder de Estado num patamar inaceitável de arrogância e indecência.
Incapazes de produzir um candidato competitivo nas urnas, a Lava Jato e seus aliados pretendem garantir o resultado final pela destruição programada do concorrente que consideram indesejável.
O fundo do problema, está aqui. Reside na persistência do povo em defender a democracia. Apesar de toda pressão, das denuncias fabricadas, das inúmeras demonstrações de força e tentativas de intimidação, a vontade de democracia não foi quebrada.
Essa força explica o impulso assumido pela campanha Lula Livre, hoje um elemento real da vida do país.
A consciência democrática persiste e explica, dentro do próprio Supremo Tribunal Federal, movimentos legítimos de defesa da Constituição e direitos individuais.
O Brasil dos brasileiros e brasileiras não baixou a guarda e não recuou. A violência desta madrugada é a reação criminosa de quem se percebe incapaz de fazer valer seus interesses políticos sem empregar o jogo sujo e da covardia.
A resposta deve ser a unidade em defesa da democracia e a denúncia da violência contra os trabalhadores e trabalhadores, suas lideranças e organizações. Trata-se, acima de tudo, de uma luta política, de articular partidos e lideranças sociais que representam a maioria dos brasileiros, que rejeitam saídas que abrem o caminho para uma ditadura. A gravidade da situação define a linha divisória.
Neste caminho, mais do que nunca é preciso reforçar os atos de 1 de Maio, em Curitiba e nas demais cidades brasileiros. A importância de contribuir para grande manifestação nesta conjuntura dispensa muitos comentários. É preciso uma resposta a altura, pois não haverá saída sem uma ampla mobilização popular. Pode parecer pouco mas é o decisivo.
Não custa lembrar que uma das finalidades essenciais dos ataques fascistas consiste em fazer o povo duvidar de suas próprias forças e capacidade de resistência.
É possível, diante dos tiros de Curitiba, recordar as palavras de advertência do reverendo Martin Niemoller, testemunha da ascensão do nazismo na Alemanha de Hitler:
Quando os nazistas levaram os comunistas, eu calei-me, porque, afinal, eu não era comunista. Quando eles prenderam os sociais-democratas, eu calei-me, porque, afinal, eu não era social-democrata. Quando eles levaram os sindicalistas, eu não protestei, porque, afinal, eu não era sindicalista. Quando levaram os judeus, eu não protestei, porque, afinal, eu não era judeu. Quando eles me levaram, não havia mais quem protestasse"
POEMA
"Sirvo-me
dessa fatia de pão
à mesa
à minha frente
esse pão que divido
com os pássaros
essa fatia
com que me sirvo
que me abre o peito
e me deixa
sentir a vida
e que vida me sinta
como sou
um pastor
com suas ovelhas
à procura
de uma casa
e da relva
para adormecer."
POETA ÁLVARO FARIA Pensem nisso enquanto eu vos digo até amanhã.