quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

E A NOSSA LEY DE MÉDIOS VAI SAIR?

                                                                         É   importante    para qualquer  País   uma mídia  forte,
atuante,  mas acima  de tudo  responsável,  e  o cidadão  ter  a pluralidade  de informações  não  ficando  à mercê de  um  monopólio jornalístico.
                                                                         Nosso  vizinho,  o Uruguai, já tem  sua  Ley  de Médios
e com  certeza  fará  muito  bem  ao  pequeno   e  progressista  País  latino e principalmente  a sua  democracia,  pois , enquanto  isso  o Brasil  patina  numa luta  renhida  para implantar  e enfrentar as
corporações  de  nossas  mídias  que não querem  pulverizar e democratizar a informação.
                                                                        Mas  com certeza  será  esse  o  caminho,  não  pode  um
País  ficar  a  reboque  de grupos  que usam   seus  monopólios  para  seus  apenas interesses.

Uruguai aprova Ley de Medios

O intuito da Lei é evitar a concentração econômica e permitir mais pluralidade e diversidade, para fortalecer a democracia no país.
O  blog  do   jornalista  Paulo Henrique Amorim,  o  Conversa  Afiada,  coloca  em  suas  páginas  o  que    ocorreu  no Uruguai, nosso    vizinho   do Mercosul,  eis:
Conversa Afiada reproduz artigo de Renata Mielli, extraído do Blog do Miro:

CONGRESSO URUGUAIO APROVA LEI DA MIDIA


Por Renata Mielli, no BLOG JANELA SOBRE A PALAVRA:


Depois de um ano e meio de discussões, nesta terça-feira, (22/12) a Câmara dos Deputados do Uruguai aprovou a Lei de Serviços de Comunicação Audiovisual. Com o voto dos representantes da Frente Ampla, a lei será regulamentada pelo governo do presidente Tabaré Vázquez.


A nova lei prevê, entre vários outros pontos, a proibição do monopólio na radiodifusão, definindo que cada empresa pode ter, no máximo, seis concessões para prestar serviços de televisão. No caso de empresas que possuam concessões na cidade de Montevideo, este número se reduz para três. O intuito da Lei é evitar a concentração econômica e, também, permitir mais pluralidade e diversidade, para fortalecer a democracia no país.


Sobre o monopólio e as ameaças estrangeiras de controlar a radiodifusão no Uruguai, o presidente Pepe Mujica declarou na última semana “A pior ameaça que podemos ter é a vinda de alguém de fora, ou por baixo, ou por cima, e termine se apropriando… Para ser mais claro: eu não quero o Clarín ou a Globo sejam donas das comunicações no Uruguai”.


A oposição, que representa os interesses dos conglomerados de radiodifusão, adota o discurso dos atuais proprietários das concessões atacando a nova lei. O argumento é o mesmo utilizado em outros países: o de que a regulação é uma afronta a liberdade de expressão. O debate realizado no parlamento Uruguaio foi tenso.


O deputado Carlos Varela defendeu a regulação e afirmou que com a nova lei, haverá transparência e participação social na discussão das concessões. “Neste se outorgavam meio de comunicação sem transparência, se convocavam jornalistas paa questionar as notícias”, afirmou Varela referindo-se à prática corrente promovida pela direita uruguaia. E durante os debates realizados durante a sessão que aprovou a lei lembrou que todas as convenções internacionais de direitos humanos colocam a regulação da comunicação como um dos indicadores de democracia nos países. E disse: “o controle remoto por si só não da liberdade se do outro lado não houver pluralidade”


Outros pontos que estão previstos na lei são a limitação de publicidade, definição da faixa horária diária entre 6 e 22 horas para a proteção da infância e adolescência, cota de 60% de conteúdo nacional a ser veiculado por todas as emissoras, cria um Conselho de Comunicação Audiovisual e um sistema de meios públicos para garantir a pluralidade.


Um aspecto que suscitou muita polêmica foi a criação do horário eleitoral gratuito, inexistente no Uruguai. Para veicular propaganda no rádio e na TV é preciso comprar o horário comercial. Isso, de acordo com os deputados da Frente Ampla é uma distorção, já que os partidos que não possuem recursos não têm como levar suas mensagens para a população.


Leia também: ENTREVISTA COM GABRIEL MAZZAROVICH, membro da Frente pela Democratização da Comunicação no Uruguai.

Pensem  nisso  enquanto  eu vos digo  até amanhã.

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