Quando um ano começa a relinchar os seus últimos suspiros de suas
caminhadas, é uma oportunidade que temos de fazermos nossos balanços do que foi , o que fizemos, aquilo que deixamos de fazer, promessas feitas e não cumpridas.
É uma oportunidade para a gente olhar pra dentro de nós mesmos e
refletirmos o que cada momento de nossas vidas realizamos.
É a hora para falarmos com a gente mesmo, vamos pra um cantinho
de nós e vamos falar,do que realizamos e deixamos de executar.
Das pessoas que passaram por nós, das injustiças que cometemos, das
críticas sem base alguma que fizemos, da raiva sem sentido, das mágoas que sentimos, das pessoas
que magoamos, que fizemos chorar, de nossos ressentimentos, dos abraços que não recebemos e não demos, daquele beijo que faltou a dar, do sorriso que escondemos dentro de um ressentimento
que as vezes nem sabemos explicar.
Do amigo que não visitamos, no coração, da família, que não curtimos
com amor. De nossa falta de humildade que não reconhecemos em nós mesmos.
É sim, um momento que cada um deveria fazer e corrigir o caminho
que cada um caminha, fazermos uma revisão geral de nós mesmos.
Nesse entardecer de um ano de 2014 quero aqui pedir desculpas, perdão
aos guris e gurias, por alguma falha, algo que falei e magoei algum coração.
Quero desejar, um ano novo com esperanças renovadas e que a felicidade
e o amor sejam sempre o balizamento de todos vocês que estiveram comigo nesse 2014.
FELIZ 2015!!!!
Todo o formador de opinião tem uma responsabilidade muito importante quando coloca suas palavras, idéias ao público, pois queiramos ou não
elas serão com certezas parâmetros para muitos e passarão a ser um norte.
Mas a grande maioria desses formadores de opinião muitos
ídolos nossos em suas profissões hoje graças a democracia que vivemos colocam em bom som aquilo que querem dizer, ou aquilo que mandam eles dizer para repercutir diante de nossa
sociedade.
Nesse espaço falo, escrevo, sobre Ary Fontoura, um grande
ator brasileiro,como tantos outros falou sobre a Presidenta Dilma Rousseff e seu governo desancando
o pau (linguagem chula, desculpem) para todo mundo saber.
A pergunta que faria seria se essas considerações do famoso
ator são idéias dele mesmo, como cidadão, ou mandado dizer pelo seu patrão maior, Globo?
A seguir para seu conhecimento, eis o que foi dito:
ARY FONTOURA E A ARTE DO SENSO COMUM
"O governo do PT é o pior governo que já passou pelo Brasil. Resta saber para quem. Essa é a pergunta que deixo para Ary Fontoura que, se preferir, pode até interpretar no palco a sua resposta", diz o jornalista Marco Piva; "A liberdade de expressão está garantida na Constituição. Falta agora assegurar a pluralidade de informação. Uma carta com esse pedido especial o ator global poderia enviar para a família Marinho"
Não é de hoje que artistas mostram suas preferências políticas e, a partir de sua condição pública, dizem coisas mais sérias e ajudam, bem como podem escorregar e não passarem de ventríloquos do senso comum. Parece ser este o caso de Ary Fontoura que pediu, em postagem nas redes sociais, a renúncia de Dilma Roussef. Apesar de deixar claro a que tipo de renúncia se referia, o que faz no final do texto, o ator global desfia uma série de jargões que não fariam feio na boca do mais despolitizado dos brasileiros em conversa de botequim.
Como explicar, então, que uma pessoa com longa vida profissional e a vivência do teatro, local de excelência para o exercício da cultura, faça o papel de reprodutor inocente de frases comuns? Vejamos algumas delas.
(...) renuncie à falta de vergonha e aos salários elevados de muitos parlamentares (...) renuncie ao apadrinhamento político, aos parasitas, ao nepotismo; renuncie aos juros altos, aos impostos elevados, à volta da CPMF; renuncie à falta de planejamento, à economia estagnada; renuncie ao assistencialismo social eleitoreiro; renuncie à falta de saúde pública, de educação, de segurança (Unidade de Polícia Pacificadora não é orgulho para ninguém); renuncie ao desemprego; renuncie à miséria, à pobreza e à fome; renuncie aos companheiros políticos do passado, a velha forma de governar e, se necessário, renuncie ao PT”.
Ao juntar alhos com bugalhos, em nome de uma suposta indignação que teria atingido “200 milhões de brasileiros” pelo quais diz falar, Ary Fontoura perde a grande chance de colocar os pingos nos “is”. O pedido de “renúncia” à falta de vergonha e aos salários elevados de parlamentares, bem como aos parasitas, ao nepotismo e à velha forma de governar, caberiam bem numa ampla e profunda reforma política, expressão que não sai da boca do ator em nenhum momento. Esse tipo de reclamação óbvia continua quando pede a “renúncia” aos juros altos, aos impostos elevados, à volta da CPMF, combinando com a “renúncia” à falta de planejamento, à economia estagnada. Mais uma vez, nenhuma palavra, sequer um miado, sobre a estrutura econômica vigente no Brasil há décadas, há séculos, e que para ser enfrentada exige exatamente um tipo de governo que ele não quer, embora nos anos de chumbo tenha flertado com a rebeldia de esquerda.
Merecem destaques as “renúncias” ao assistencialismo social eleitoreiro (bolsa-família, é claro), ao desemprego (onde ele vê isso, não sei), à miséria, à pobreza e à fome. Certamente seu olhar não passa do morro do Corcovado ou da ilha da fantasia Projac, onde aluga, como qualquer trabalhador, sua mais-valia às Organizações Globo, o maior conglomerado de comunicação brasileiro e que amealhou bilhões em verbas federais de publicidade entre 2000 e 2013. Cabe aqui, literalmente, a frase que se tornou popular nos discursos do ex-presidente Lula: nunca antes na história desse país se combateu tanto a miséria, a fome, a pobreza e o desemprego. Mas, isso não consta na indignação seletiva de Fontoura.
O “grand finale” vem do seu pedido à Dilma para que renuncie “aos companheiros políticos do passado, a velha forma de governar e, se necessário, renuncie ao PT” e “se permita que a sua história futura seja coerente com o seu passado”. Muito interessante. Dê banho na criança, jogue ela fora junto com a água suja e você terá um ser limpinho e cheiroso. Ou seja, passe uma esponja em tudo o que você acreditou e acredita que esta é a melhor forma de construir o futuro. Claro que ele se refere ao futuro na narrativa da mídia conservadora, da oposição golpista e dos interesses internacionais que não suportam uma soberania brasileira ativa e altiva.
O governo do PT é o pior governo que já passou pelo Brasil. Resta saber para quem. Essa é a pergunta que deixo para Ary Fontoura que, se preferir, pode até interpretar no palco a sua resposta. A liberdade de expressão está garantida na Constituição. Falta agora assegurar a pluralidade de informação. Uma carta com esse pedido especial o ator global poderia enviar para a família Marinho.
Vou repassar na íntegra para os guris e as gurias que me dão a atenção nesse blog, um pensamento que eu comungo, eu não sou entendido nessas coisas de
justiça, pois minha inteligência não alcança esse estudo, mas sou como muitos que estão na
mesma situação que eu, acredito no bom senso do comum pois quando começamos a colocar
entendimentos aqui e ali é que as coisas complicam.
Com todo respeito aos juízes de todas as esferas eu penso que
eles pensam que são Deuses e são infalíveis e que estão acima do bem e do mal e com toda
certeza não estão.
O grande jornalista , do Correio do Povo, aqui do Rio Grande do Sul, Juremir Machado, na sua coluna, de hoje, coloca com muita sabedoria, sobre o tema que
pincelei acima, eis:
O homem comum, como eu, espera da justiça decisões com critérios. Os homens incomuns, categoria na qual se inserem os especialistas e os membros do judiciário, trabalham com uma noção mais sinuosa: a justiça é uma só, mas os juízes são muitos. Cada um pode ter um entendimento diferente. É isso. O que torna a justiça incompreensível para os leigos é o entendimento. Eu, por mim, abolia o entendimento. Seria melhor um robô julgando. Ficaríamos livres do entendimento. O judiciário gaúcho vai ao STF pedir a manutenção do imoral auxílio-moradia para a magistratura alegando que a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul não pode derrubar medida do STF.
Faz sentido. Mas continua indecente. O que deve prevalecer? A decência.
Enquanto isso, uma desembargadora anulou o aumento do salário mínimo regional. O governador deveria ter mandado o projeto de aumento no primeiro semestre de 2014 por ser ano eleitoral. Não mandou, segundo se sabe, para não parecer eleitoreiro (ou, segundo a oposição, para não fechar as portas das empresas financiadoras de campanha). Mandou depois das eleições. Eleitoreiro não ficou. Mas as empresas, que não querem pagar, arranjaram motivo para contestar. Faz sentido. Mas continua chocante. O mesmo judiciário que luta pelos seus privilégios encontra motivos para atrapalhar a vida da plebe.
Um motorista bêbado entrou na contramão e matou uma jovem em Capão da Canoa. Houve flagrante. A juíza não homologou o flagrante por faltar o atestado de óbito. Está de brincadeira. O que pensa o homem comum, o sujeito, que como eu, quer um papo reto: o motorista era branco e de classe média alta. Dirigia uma EcoSport. A moça que morreu era pobre e homossexual. Ia para o batente cedo num feriado. Um leitor me pergunta: como quem se identifica quem tem a tarefa de julgar? O criminoso vai responder em liberdade. A família está revoltada. O homem comum também. O sujeito não quis fazer o teste do bafômetro. Para o homem comum, como eu, isso tem valor de confissão. Ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo. Então ninguém poderia ser obrigado a passar no Raio-X de aeroporto. É diferente? Não vejo como. É a máquina que produz a prova? Fala sério, cara!
A lei precisa mudar. Envolveu-se em acidente: bafômetro. Estou cansado do entendimento. Li a minuta do projeto que altera a Lei Orgânica da Magistratura. Está no STF. Os juízes querem uma dúzia de bolsas (creche, alimentação, inclusive em férias, educação para filhos até 24 anos, formação em nível de pós-graduação, tudo). Se ganharem, virarão semideuses. Não digo deuses para evitar um processo e o pagamento de indenização. Devo ter entendido mal. O problema é sempre o entendimento. A gente não entende o judiciário com tantos juízes e tantos entendimentos. Sou positivista. Acredito que é possível ter regras claras aplicáveis objetivamente para situações equivalentes. Entendo que a razão humana permite saber quando as situações são equivalentes. É um mistério da natureza humana. Pretendo dedicar o resto da minha vida a combater o entendimento, inclusive o meu.
Quando há muito entendimento, ninguém entende mais.
Quando falamos de uma sociedade mais justa, mais igualitária, justiça para todos e todas não é
uma retórica e sim a vontade e o desejo de todos nós,mas isso podemos dizer que é uma utopia
um exemplo é o campo político imaginamos nós pobre mortais.
Temos sim que avançar e esse avanço tem que ser toda a sociedade, todas as forças vivas
que compõem o tecido social.
Dez anos de impunidade Tucana dá margem para pensarmos o que quisermos, ou não?
Sim, dois pesos e duas medidas nosso poder das leis, o Judiciário, usou, nos mensalões do PT
e do PSDB.
Quando uma mídia desqualifica,tenta criminalizar apenas um determinado partido, e faz uma
cortina bem forte para proteger um determinado partido sabemos que tem algo muito errado
e que precisa ser esclarecido, mas nossa mídia não age assim, não tem a mesma vontade quase
que mortal com o partido do PT, deixando de lado, o PSDB.
Com o advento das mídias sociais na internet temos outras formas de sabermos aquilo que a
mídia que mente e esconde a verdadeira noticia de seus telespectadores.
Em 2015, o esquema de compra de apoio político do PSDB de Minas Gerais completará 10 anos sem que nenhum dos acusados tenha sido julgado; o processo contra o ex-governador Eduardo Azeredo, desaforado para a primeira instância pelo STF, sequer tem data marcada para a primeira audiência; enquanto isso, ex-dirigentes do PT, duramente sentenciados com rapidez inédita e num processo sumário e midiático, já finalizam o cumprimento de suas penas por um escândalo que ocorreu sete anos depois
26 DE DEZEMBRO DE 2014 ÀS 14:29
247 - Passada quase uma década, petistas já finalizando o cumprimento de suas penas por conta de acusações semelhantes, e os denunciados pelo chamado mensalão tucano de Minas Gerais sequer foram julgados. O escândalo de compra de apoios à reeleição do então governador Eduardo Azeredo (PSDB) aconteceu em 1998, mas foi descoberto apenas em julho de 2005. De acordo com denúncia do Ministério Público Federal, o mensalão tucano envolveu desvios de R$ 3,5 milhões de empresas públicas de Minas, usados na campanha eleitoral.
Enquanto isso, a Ação Penal 470, o mensalão do PT, foi julgado com rigor extremo pelo Supremo Tribunal Federal (STF), comandado implacavelmente pelo então ministro Joaquim Barbosa e num ambiente de espetacularização da mídia familiar.
Praticamente todos os acusados receberam penas duríssimas, sumárias e inéditas na história da Corte Suprema. Figuras importante do petismo e da República, a exemplo do ex-tesoureiro Delúbio Soares, o ex-presidente da sigla José Genoíno e do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu cumprem suas estão em pleno cumprimento de suas condenações já no regime semi aberto.
Em relação ao escândalo envolvendo o tucanato, o STF não teve o mesmo rigor. A corte que não admitiu o desmembramento do processo para envio às instâncias inferiores, teve entendimento diferente nos caso de Azeredo. O processo do então governador mineiro, que desde março de 2014 está pronto para ir a julgamento, deverá ser analisado pela primeira instância da Justiça mineira. A data sequer foi marcada ainda.
Azeredo, numa clara manobra, renunciou ao mandato de deputado federal e perdeu o foro privilegiado. Apesar de a renúncia ter ocorrido em março, somente no dia 4 de dezembro a ação penal chegou à 9ª Vara Criminal, em BH, onde já tramita outro processo, esse com oito réus.
Essa outra ação tinha dez réus, mas a morosidade da Justiça permitiu que o crime prescrevesse para dois deles, que completaram 70 anos. Os favorecidos foram o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia e o tesoureiro da campanha de Azeredo, Cláudio Mourão.
Esse processo ainda se arrasta, e nenhum réu foi nem sequer ouvido. A última audiência do ano não aconteceu porque os advogados dos réus não foram notificados do depoimento com a última testemunha de defesa, justamente do réu José Afonso Bicalho. A audiência foi remarcada para 21 de janeiro.
Há ainda um terceiro processo, que envolve o ex-senador Clésio Andrade (PMDB). Ele também renunciou ao mandato, o que levou o processo para a primeira instância.
O PETROLÃO E OS OUTROS ESCÂNDALOS ABDUZIDOS PELO NOTICIÁRIO
MAURO SANTAYANNA
Sem reforma política e sem veto do dinheiro de empresas para campanhas, as prisões de envolvidos no escândalo da Petrobras não impedirão que mais escândalos ocorram já nas próximas eleições
Nas últimas semanas, o Brasil tem vivido sob o impacto da Operação Lava Jato, que, em torna da qual o noticiário, na busca de uma associação ao chamado “mensalão”, batizou de Petrolão. Enquanto se eleva esse novo escândalo ao posto de "o maior da história", relegam outros episódios aos rodapés, os lançam um imenso Triângulo das Bermudas, o reduzem aos pedacinhos pelas lâminas de Freddy Krueger, os abduzem feito obra de alienígenas.
Esse é o caso, por exemplo, do "mensalão do PSDB", perpetrado, de forma pioneira, com a ajuda do conhecido Marcos Valério, durante o governo do senhor Eduardo Azeredo, em Minas Gerais.
Esse é o caso do escândalo do Banestado, de desvio de mais de R$ 100 bilhões para o exterior, no qual foram indiciados vários personagens ligados ao governo Fernando Henrique Cardoso, incluído o senhor Ricardo Sérgio de Oliveira, "arrecadador" de recursos de campanhas do PSDB, perpetrado, entre 1996 e 2002, também no Paraná, com a ajuda do mesmíssimo "doleiro" Alberto Youssef do atual escândalo da Petrobras.
Esse parece ser também o caso, do Trensalão do PSDB de São Paulo, que, apesar de ter tido mais de R$ 600 milhões das empresas envolvidas bloqueados pela justiça no dia 13 de dezembro, parece ter sido coberto por um Manto da Invisibilidade digno de Harry Potter, do ponto de vista de sua repercussão.
Seria ótimo se – hipocrisias à parte – o problema do Brasil se resumisse apenas a uma briga entre "bonzinhos" e "malvados".
Está claro que temos aqui, como ocorre em muitíssimos países, bandidos recebendo propinas no desvio de verbas públicas, atuando como "operadores" e facilitadores no trabalho de tráfico de influência, no superfaturamento e na lavagem de dinheiro e envio de recursos para o exterior.
E claro está também que existem empresários acostumados, com o tempo, a pagar ou a ser extorquidos, a cada obra, a cada licitação, a cada aditivo de contrato, pelos "intermediários" e oportunistas de sempre, e que já sofrem sucessivas paralisações, atrasos e adiamentos nas grandes obras que executam, que ocorrem devido a razões que muitas vezes escondem interesses políticos que nem sempre correspondem aos do próprio país e da população.
E padecemos, finalmente, ainda, da falta de coordenação e entendimento, entre os Três Poderes da República, em torno dos grandes problemas nacionais.
Leis, projetos e obras que são essenciais para o futuro do país, não são discutidas previamente entre Executivo, Legislativo e Judiciário, antes de serem encaminhadas para aprovação e execução, o que acaba levando, nos dois primeiros casos, a relações de pressão e contrapressão que acabam descambando no fisiologismo e na chantagem – e que afetam, historicamente, a própria governabilidade.
Na contramão do que imagina a maioria das pessoas, com algumas exceções, ao contrário dos corruptos e dos "atravessadores", os homens públicos – incluindo aqueles que trabalham abnegadamente pelo bem comum – estão muito mais preocupados com o poder, para executar suas teses, ideias e projetos, ou apenas exercê-lo, simplesmente , do que com o dinheiro.
No embate político, ter recursos – que às vezes chegam de origem nem sempre claramente identificada, pelas mãos de "atravessadores" que se oferecem para "ajudar" – é essencial, para conquistar o poder, na disputa eleitoral, e nele manter-se, depois, ao longo do tempo.
Esse é o elemento mais importante da equação. E ele só começará a ser resolvido se houver uma reforma política que proíba, definitivamente, a doação de dinheiro privado a agremiações políticas e candidatos a cargos eletivos, promova a cassação automática de quem usar caixa dois e aumente a fiscalização do uso dos recursos partidários ainda durante o período de campanha.
A gravidade da situação coloca em risco a imagem da empresas mais importante do país levou. A ponto de a defesa da Petrobras ocupar parte importante do discurso de diplomação da presidenta reeleita. Foi um recado importante de que não está fechando os olhos para a crise e de que tampouco permitirá que setores interessados na fragilização da companhia se dela de locupletem.
Mas por mais que sejam importantes, e impactantes, as provávei prisões dos corruptos envolvidos no escândalo da Petrobras e a recuperação dos recursos desviados, se não for feita uma reforma política, de fato, elas não impedirão que mais escândalos ocorram, no financiamento de novas campanhas, já nas próximas eleições.
Todos esses escândalos que a sociedade tomou e toma conhecimento através da imprensa parece que a mesma sociedade fica amortecida e acha
que tudo é normal.
Mas não é, não é o que queremos e desejamos principalmente a todo aquele cidadão que ama o seu País.
Mas todos sabemos que há por parte da imprensa, da mídia uma grande e
nojenta proteção a um partido político, o PSDB,que em seus governos muitos
"assaltos" a coisa pública não foram e não são noticiados como o são os
problemas com o outro partido, o PT , a imprensa, a mídia tem um lado e
o cidadão tem que saber avaliar muito bem o que se noticia de verdade ou aquilo que é uma mentira e se quer passar como verdade aos menos avisados.
Um pouco de amor no coração certamente fará um bem enorme, sobretudo àqueles que, sempre mal-humorados, imaginam que o Natal é tempo apenas de comer peru na ceia e receber presentes de Papai Noel
Há pouco mais de dois mil anos nascia em Belém, na Judéia, o homem que mudaria os rumos da Humanidade: Jesus. Filho de um carpinteiro da Galiléia, ele viveu apenas 33 anos, mas foi o suficiente para plantar a sua doutrina de amor, o Evangelho, cujas primeiras sementes foram lançadas entre humildes pescadores às margens do lago Tiberíades. Com o seu Evangelho, Jesus pregou o amor ao próximo como o principal fundamento para a vida na Terra, ao mesmo tempo em que ensinou o perdão, a humildade, a indulgência, a paciência e a caridade como virtudes imprescindíveis para que os homens sejam verdadeiramente irmãos. Por tudo isso, o Natal, neste mês de dezembro, produz uma atmosfera de paz que envolve o planeta, torna as pessoas mais fraternas e inspira tréguas até nos conflitos entre os povos mais belicosos.
Infelizmente, porém, nem todos os homens se deixam invadir por esse sentimento de fraternidade que torna as pessoas mais sensíveis e predispostas a uma convivência mais amistosa. Muita gente, que encara a data do nascimento de Jesus como um dia igual aos outros, lamentavelmente não sente os eflúvios natalinos e permanece entrincheirado em sentimentos egoísticos, indiferente ao sofrimento dos irmãos menos favorecidos e mais preocupados com os seus próprios interesses. Nem mesmo a explosão de cores nas ruas, as reuniões de confraternização e as mensagens de paz conseguem sensibilizar os corações endurecidos, cujas vistas estão voltadas para o próprio umbigo. E alguns, consumidos pelo ódio, não se importam com as consequências danosas para o país de suas atitudes deletérias, convencidos, talvez, de que a vida se limita a este mundo. Recorde-se Jesus: "A cada um segundo as suas obras".
O Brasil, um país jovem reconhecidamente pacífico e religioso, onde o cristianismo floresceu de maneira vertiginosa, abriga um povo forte, solidário e feliz – conforme atestam as pesquisas – que, após um breve período de dificuldades, amadureceu nas últimas décadas dentro de um regime democrático solidificado pela eleição de um torneiro mecânico para governá-lo. E cresceu no concerto das nações não apenas por suas políticas sociais que arrancaram muita gente da miséria, mas também pelos programas educacionais que permitiram maior acesso do povo pobre às universidades e, ainda, por sua política externa de independência, impondo-se como potência emergente. Constata-se, no entanto, que ainda tem muita gente descontente, sobretudo entre aqueles que detêm algum tipo de poder e, usando-o, atua no sentido contrário às aspirações da esmagadora maioria do povo brasileiro.
A corrupção, essa praga que ataca o mundo inteiro, tornou-se estandarte dos que tem seus interesses contrariados e almejam o poder, tentando alcançá-lo a qualquer preço, mesmo com o sacrifício da democracia tão duramente conquistada. Nunca se combateu tanto a corrupção como hoje, graças ao atual governo, que oferece as condições necessárias às investigações e prisão dos culpados. E, também, graças à garantia da liberdade de imprensa, nunca se divulgou tanto as denúncias e as ações destinadas a investigá-las. Infelizmente nem sempre a liberdade de expressão tem sido usada honesta e eticamente, com determinados veículos de comunicação esquecendo a missão de informar para assumir posições políticas, em prejuízo da imparcialidade da informação. E ampliam os escândalos para criar um clima de instabilidade no governo. Vale a pena lembrar a advertência de Jesus: "Os escândalos são necessários, mas ai de quem por onde venham os escândalos".
Os oposicionistas retroagem no tempo e imaginam que fazer oposição é ser contra tudo o que procede do governo, pouco importando se as iniciativas governamentais atendem aos anseios do povo. Os eternos insatisfeitos, descontentes com tudo o que contraria as suas convicções ideológicas e seus interesses, reclamam até da cor do vestido da Presidenta. E investem contra a maior empresa estatal brasileira, a Petrobrás, por conta dos escândalos de corrupção, mesmo com os responsáveis sendo identificados e punidos. Esforçam-se para desvalorizá-la, provocando a queda das suas ações, de modo a criar um ambiente favorável à sua entrega para o capital estrangeiro. São maus brasileiros que fingem indignação para justificar sua posição entreguista. Na verdade, se dependesse deles, o Brasil não seria um pais independente, mas uma colônia, por exemplo, dos Estados Unidos.
Praza aos céus que os eflúvios do Natal, data maior da cristandade, possam penetrar nos corações endurecidos e o sentimento de fraternidade promova a paz tão desejada pelos brasileiros de boa vontade. É preciso ensarilhar as armas e, pelo menos neste período, esforçar-se para observar os ensinamentos do mestre Jesus, buscando a conciliação em favor do nosso país e do seu povo. Afinal, todos são responsáveis pelos destinos do Brasil e pelo bem-estar da população. Um pouco de amor no coração certamente fará um bem enorme, sobretudo àqueles que, sempre mal-humorados, imaginam que o Natal é tempo apenas de comer peru na ceia e receber presentes de Papai Noel. Lembrem-se, o Natal assinala o aniversário de nascimento de Jesus, aquele que pregou o amor até aos inimigos.
É importante para qualquer País uma mídia forte,
atuante, mas acima de tudo responsável, e o cidadão ter a pluralidade de informações não ficando à mercê de um monopólio jornalístico.
Nosso vizinho, o Uruguai, já tem sua Ley de Médios
e com certeza fará muito bem ao pequeno e progressista País latino e principalmente a sua democracia, pois , enquanto isso o Brasil patina numa luta renhida para implantar e enfrentar as
corporações de nossas mídias que não querem pulverizar e democratizar a informação.
Mas com certeza será esse o caminho, não pode um
País ficar a reboque de grupos que usam seus monopólios para seus apenas interesses.
Uruguai aprova Ley de Medios
O intuito da Lei é evitar a concentração econômica e permitir mais pluralidade e diversidade, para fortalecer a democracia no país.
O blog do jornalista Paulo Henrique Amorim, o Conversa Afiada, coloca em suas páginas o que ocorreu no Uruguai, nosso vizinho do Mercosul, eis:
O Conversa Afiada reproduz artigo de Renata Mielli, extraído do Blog do Miro:
Depois de um ano e meio de discussões, nesta terça-feira, (22/12) a Câmara dos Deputados do Uruguai aprovou a Lei de Serviços de Comunicação Audiovisual. Com o voto dos representantes da Frente Ampla, a lei será regulamentada pelo governo do presidente Tabaré Vázquez.
A nova lei prevê, entre vários outros pontos, a proibição do monopólio na radiodifusão, definindo que cada empresa pode ter, no máximo, seis concessões para prestar serviços de televisão. No caso de empresas que possuam concessões na cidade de Montevideo, este número se reduz para três. O intuito da Lei é evitar a concentração econômica e, também, permitir mais pluralidade e diversidade, para fortalecer a democracia no país.
Sobre o monopólio e as ameaças estrangeiras de controlar a radiodifusão no Uruguai, o presidente Pepe Mujica declarou na última semana “A pior ameaça que podemos ter é a vinda de alguém de fora, ou por baixo, ou por cima, e termine se apropriando… Para ser mais claro: eu não quero o Clarín ou a Globo sejam donas das comunicações no Uruguai”.
A oposição, que representa os interesses dos conglomerados de radiodifusão, adota o discurso dos atuais proprietários das concessões atacando a nova lei. O argumento é o mesmo utilizado em outros países: o de que a regulação é uma afronta a liberdade de expressão. O debate realizado no parlamento Uruguaio foi tenso.
O deputado Carlos Varela defendeu a regulação e afirmou que com a nova lei, haverá transparência e participação social na discussão das concessões. “Neste se outorgavam meio de comunicação sem transparência, se convocavam jornalistas paa questionar as notícias”, afirmou Varela referindo-se à prática corrente promovida pela direita uruguaia. E durante os debates realizados durante a sessão que aprovou a lei lembrou que todas as convenções internacionais de direitos humanos colocam a regulação da comunicação como um dos indicadores de democracia nos países. E disse: “o controle remoto por si só não da liberdade se do outro lado não houver pluralidade”
Outros pontos que estão previstos na lei são a limitação de publicidade, definição da faixa horária diária entre 6 e 22 horas para a proteção da infância e adolescência, cota de 60% de conteúdo nacional a ser veiculado por todas as emissoras, cria um Conselho de Comunicação Audiovisual e um sistema de meios públicos para garantir a pluralidade.
Um aspecto que suscitou muita polêmica foi a criação do horário eleitoral gratuito, inexistente no Uruguai. Para veicular propaganda no rádio e na TV é preciso comprar o horário comercial. Isso, de acordo com os deputados da Frente Ampla é uma distorção, já que os partidos que não possuem recursos não têm como levar suas mensagens para a população.
Publicado em 22/12/2014 A presidente da Petrobrás, na edição do JN, do dia 22. ontem, deu uma entrevista mas eu concordo com Paulo Henrique Amorim, parecia mais um interrogatório do repórter da poderosa platinada GLOBO mas com certeza ela fez bem em dar a entrevista, porque se não desse a entrevista pareceria que a mesma está fugindo dos problemas embora realço que o governo seja ele qual for, não deve ser nunca, pautado por qualquer órgão da imprensa. Acredito que ela tentou dar uma satisfação aos brasileiros até porque no dia anterior o Fantástico exibiu uma entrevista de uma ex-diretora da empresa e Graça rebateu todas as denúncias ditas na entrevista do domingo. Eis, o que o Conversa Afiada, repercutiu, sobre a entrevista de Graça Foster:
Graça não dá coletiva. Defende-se na Globo
Presidente da Petrobras volta a detonar a “testemunha” da Glória Maria no Show da Vida.
A presidente da Petrobras, Graça Foster, concedeu entrevista exclusiva ao jn nessa segunda-feira (22). Assim como fez em nota oficial divulgada pela Petrobras na última semana, Graça Foster esclareceu que Venina Velosa Fonseca não foi explícita em nenhum momento sobre casos de corrupção na empresa.
Graça afirmou que Venina usou “comentários que pareceram cifrados” para alertar a diretoria. “Em nenhum momento ela (Venina) falou em corrupção, fraude, cartel… são palavras muito fáceis de serem entendidas”.
O Conversa Afiada reproduz matéria do Globo com a íntegra da entrevista:
Presidente da Petrobras negou qualquer proximidade com a ex-gerente executiva e afirmou que funcionária pediu para ir para Cingapura, ao contrário do que disse ao “Fantástico”
RIO – Em entrevista nesta segunda-feira na sede da Petrobras, a presidente da empresa, Maria das Graças Foster, disse que nunca foi avisada pela ex-gerente executiva, Venina Velosa da Fonseca, sobre irregularidades que estariam acontecendo dentro da empresa. Segundo Graça Foster, Venina só a informou em 2009, através de um email, sobre problemas na área de comunicação da diretoria de Abastecimento, à época sob o comando de Paulo Roberto Costa. Graça, que naquele ano era diretora de Gás e Energia da estatal, disse ter passado as informações a Costa, fornecendo ao então diretor uma série de documentos entregues a ela pela própria Venina.
— Eu definitivamente nunca fui omissa. Inclusive, pagamos (a diretoria atual) duro pela dureza que temos empreendido — afirmou a presidente da Petrobras.
Ao contrário do que disse a ex-gerente executiva em entrevista ao “Fantástico” neste domingo, Graça garantiu que nunca foi próxima de Venina. Ela desmentiu ainda o depoimento dado pela ex-gerente de que foi obrigada a se mudar para Cingapura. Graça disse ter sido informada por José Carlos Cosenza, que assumiu a diretoria de Abastecimento da estatal em abril de 2012, no lugar de Paulo Roberto Costa, que Venina pediu para ir morar em Cingapura.
A presidente da Petrobras disse ainda serem bem-vindos os documentos apresentados por Venina ao Ministério Público Federal:
— O que a gente mais quer é virar essa página. Se a Venina vai ajudar a Petrobras a virar essa página, ótimo.
A senhora sabia?
Eu sabia o quê? A Venina nunca fez nenhuma denúncia usando as palavras conluio, cartel, corrupção, fraude, lavagem de dinheiro. A Venina nunca fez nenhuma denúncia na diretoria sobre essas questões, nunca falou desta forma para a diretoria e não falou para a Graça. (Eram) e-mails cifrados, truncados, muito misturados. Isso foi em outubro de 2011, quando eu já sabia que seria presidente da Petrobras. Sabíamos disso e isso estava sendo trabalhado dentro da companhia. Uns dias depois que eu estava já presidente, ela pediu para falar comigo e conversamos de novo. Sobre os desafios que tínhamos, foi uma conversa da necessidade que a gente tinha de ajustar a forma.
Do email de outubro de 2011, ela falava que tinha muitas sugestões para o Abastecimento, de como os técnicos gostariam de monitorar os projetos, trabalhar os custos. A gente conversou muito sobre isso. E logo na sequência vieram muitas mudanças. Os diretores saíram, saiu o Paulo Roberto logo depois, saiu o (Renato) Duque (ex-diretor de Serviços), depois o (Jorge) Zelada (ex-diretor internacional), e a gente mudou muita coisa na Engenharia. O centro da questão era custos e prazos.
Nesse email de 2011 ela voltou a falar de outras irregularidades? Ela não denunciou que havia superfaturamento?
A gente focou naquilo que eu estaria fazendo. Ela não fez denúncias. Ela não colou essa palavra. Ela entendia que muitas melhorias deviam ser feitas, e muitas dessas melhorias eu concordo, mas a Venina já estava afastada das atividades, porque 2007 ela apresentou o plano de aceleração da refinaria, que foi uma grande marca nas atividades da Rnest (Refinaria Abreu e Lima).
Objetivamente, você sabia ou não sabia antes que tinha cartel, superfaturamento?
Se cartel era discutido, era fora daqui. Irregularidades, era fora daqui, conluio, era fora daqui. Não consigo imaginar como a Venina poderia saber. Ela não me disse que havia e não me disse como ela sabia. O que ela tem dito, não para mim, é que tem informações que vem organizando há anos e que eu só entendo que será positivo para a Petrobras. Ela é uma pessoa muito organizada de fato, eu a vejo assim. Ao organizar documentos e mostrar que não tem nenhuma responsabilidade nas não conformidades, ela vai estar fazendo um bem para a Petrobras. Esse é o entendimento da Comissão Interna de Apuração. Quando ela mostrar tudo isso, estará fazendo um bem enorme à Petrobras. E ela escolheu o caminho que ela quis. Porque ela teve todo o tempo para depor nas comissões (internas). Então, quando ela tomou conhecimento de que era uma das onze pessoas que estavam no relatório da comissão, ela ficou bastante aborrecida com o Abílio (Paulo Pinheiro Ramos, gerente executivo da área de Abastecimento) e disse que ia tomar um caminho que é o que ela achou correto. Torço para que ela tenha de fato toda a documentação que ela diz que tem, para que a gente tenha tudo isso resolvido e que ela seja inocentada. Que ela confirme tudo aquilo que diz.
A senhora tomou conhecimento em 2009 sobre as irregularidades que estavam acontecendo na Petrobras?
Nós não estivemos juntas uma vez, estivemos juntas algumas poucas vezes nesse período de e-mails que ela passou para mim. Naquele primeiro e-mail de abril de 2009, foi ali, não sei se foi um pouco antes ou depois, ela me procurou. Eu era diretora de Gás e Energia e foi ali naquele momento é que eu vi a Venina extremamente emocionada, muito triste e havia uma ruptura entre ela e o Paulo Roberto (então diretor de Abastecimento). Eles tinham brigado. conversamos. O cara (Geovani) tinha um orçamento de R$ 30 milhões e fez R$ 150 milhões de pagamentos e R$ 60 milhões não foram comprovados e a Venina estava muito nervosa, muito preocupada.
O que a senhora fez em relação a esse caso?
Eu disse que era um assunto do Abastecimento, com Paulo Roberto. E ela disse que queria deixar uns papéis comigo. Ela deixou e era literalmente da área de comunicação sobre as tais resultados das comissões internas. Eu olhei, folhei de novo e entreguei na mão do Paulo Roberto. Eu disse que ela estava muito triste e soube até que ela estaria indo para Cingapura. O Paulo Roberto disse que nunca tinha ouvido falar nisso, pegou o pacote e e ali dentro o que tinha era informações sobre a área de comunicação.
Ela disse que a senhora conhecia outros assuntos sobre a área de comunicação.
Outras informações sobre a área de comunicação eu já conhecia porque esse assunto foi tão comentado na diretoria, esse é o ponto.
Naquele momento não se falava nada sobre a refinaria Abreu e Lima?
Não, não tinha nada sobre Abreu e Lima. O que a abatia e a deixava bastante triste era porque ela não estava tendo uma boa relação com o Paulo (Roberto Costa). A troca de apoios, ela se queixava do apoio. Depois a vida continuou.
Quantas vezes vocês conversaram?
Conversamos algumas poucas vezes. Uma vez que estava indo para o curso em Cingapura, ou já estava no curso . ela teve duas idas para Cingapura, na primeira ida ela estava um pouco insegura, e tal com as meninas (filhas) pequenininhas, mas é primeiro mundo, é uma coisa espetacular. Eu falei para ela que seria bom para ela, iria fazer MBA. o que marcou ali foi a conversa sobre a viagem. Não sei se ela já tinha ido e voltado, não definitivamente, estava aqui de passagem. mas foi uma conversar sobre o esforço que tinha que fazer depois de tanto tempo sem estudar, outra língua, as meninas pequenininhas. Nessa época eu era diretora de Gás e Energia.
Você conhecia a Venina há muito tempo?
Ela trabalhava com o Paulo Roberto desde 1999, trabalhou com ele no Gás e Energia, onde eu também trabalhei. Meu chefe era Richard Ohm, aquele que morreu e iria ser meu diretor de Engenharia, e a Venina trabalhava com o diretor de Paulo Roberto que era gerente. Eu sentava no meu canto, em baias bem bacanas onde todo mundo se vê. Eu via ela lá na ponta, no elevador oi-oi. E depois ela me procurou nessa questão do Geovani.
Então a senhora não era próxima da Venina como ela disse?
Não , nem de nada. A gente nunca teve problemas, nunca trabalhou juntas em nenhum projetos. Não éramos próximas, tínhamos talvez respeito. Os e-mails que ela escreveu para mim são muito respeitosos, e eu sempre a respeitei. Ali de longe vi e olhava aquela pessoa que trabalhava muito e era muito determinada. Eu era gerente técnica, mas via o prestígio que ela tinha com o Paulo Roberto. Tanto que quando o Paulo foi para a TBG em 2003, quando ele veio em 2004 para ser diretor, três dias depois a Venina já era assistente do Paulo. Então tinha nela muita confiança, depois virou gerente-geral , gerente -executiva, tinha uma convivência intensa de trabalho com o Paulo.
Houve alguma resistência da Petrobras de investigar o caso na área de comunicação?
Eu não participei de nada. Soube desse assunto numa conversa mais superficial que soube na diretora. Muitas comissões internas acontecem na Petrobras e as outras áreas não ficam sabendo. Nesse caso teve uma comissão interna, depois uma segunda. Então esse rapaz (Geovani) entrou em licença médica sucessivas. Um dia já presidente me falaram que ele voltara e o Jurídico me disse que tinha que ser demitido. eu falei com o (José) Cosenza (diretor de Abastecimento) que tinha que demitir e foi feito em 2013 por justa causa. Então essa foi a história.
Foi então Paulo Roberto que enviou Venina para Cingapura pela primeira vez?
Lógico, porque o escritório de Cingapura é ligado ao Abastecimento. o tempo todo que ficou aqui a Venina continuou ligada a ele. Ela fez metrado, e pós-graduação de 20 meses. E depois ela voltou e ficou no Abastecimento por oito meses e aí veio a mudança na presidência da Petrobras. Ao assumir fevereiro de 2012. A Venina foi para Cingapura de 04 de janeiro de 2010 a 20 de outubro de 2011. Em 29 abril de 2012 Paulo Roberto sai e dois meses depois aparece vaga em Cingapura.
Foi então quando ela voltou para Cingapura?
Nosso gerente-geral saiu e o Cosenza (diretor de Abastecimento) me disse que a Venina pediu para ir para Cingapura. E foi para lá 01 de julho de 2012 até 19 de novembro de 2014 no comando geral do escritório. e até onde chegou para mim fez um bom trabalho como presidente do escritório. Ela pediu para ir para lá. O salário total dela foi de R$ 167.342,00, o que é muito mais do que eu ganho. E 90% da escola das meninas era custeada pela Petrobras. Ela pediu para voltar para Cingapura, fez um bom trabalho e ganhava essa remuneração. Em setembro ela pediu prorrogação por mais um ano no escritório. Como ela estava muito bem, eu autorizei.
Então quando ela pediu para voltar para o Brasil?
Poucos dias antes dela perder o cargo (início de novembro) de gerente-executiva, ela fez um contato com o diretor Cosenza dizendo que precisava voltar este ano porque estava com problemas com uma das meninas. Eu falei para o Cosenza, traz logo, nessa ocasião ainda não tinha resultado das comissões internas.
E a primeira vez que ela foi para Cingapura, ela teria sido exilada como disse ?
Não existe isso exilado. Eu não sei se sofreu assédio. Não sei quais foram as circunstâncias da primeira transferência dela para Cingapura. Só sei que ela foi estudar . mas ninguém ó obrigado a nada, o dia que alguém fizer alguma coisa nesta empresa obrigado. Não conheço esse assédio, eu a vi entristecida, preocupada com a questão do rapaz, do Giovani. Ela estava muito abalada e eu falei com o Paulo. Ela disse que ia para mim que ia para Cingapura que estava preocupada com a entrevista com orientador, essas coisas. Ela voltou uma profissional certamente com uma formação melhor, voltou para ser diretora-presidente da empresa (em Cingapura) porque pediu. Ela foi pela segunda vez para Cingapura de 01 de junho de 2012 a 19 de novembro de 2014.
Mas então depois do e-mail em 2009, você recebeu outros contatos da Venina?
No meio dos e-mails teve dois e-mails dela. Um de feliz aniversário dia 26 de agosto de 2011 e outro sobre parabéns pela minha posse, ou seja, em 2012.
E sobre o e-mail de outubro de 2011?
Vocês conhecem muito bem Ela novamente, foi um email bastante emocionado, ela reconhece virtudes da minha parte. Só que em outubro, fala de projetos esquartejados, licitações de baixa eficiência e ela diz que agora é tarde demais para comentar detalhes. Que eu já sabia o quê? A Venina nunca fez nenhuma denúncia usando a palavra conluio, cartel, corrupção, lavagem de dinheiro. Ela nunca fez nenhuma denuncia na diretoria sobre essas questões, nunca falou para a diretoria, e ela não falou para a Graça. Não falou nesses termos. E-mails truncados, muito misturados. Isso. Foi em outubro de 2011 quando eu já sabia que seria presidente da Petrobras. Sabíamos disse e isso estava sendo trabalhado dentro da companhia.
E como foi a conversa com a senhora já presidente?
Uns dias depois eu já estava presidente da Petrobras ela pediu para falar comigo e conversamos de novo na minha sala. Sobre os desafios que tínhamos , sobre a necessidade que a gente tinha de ajustar a forma (já me lembrei do e-mail de 2011) que ela falava que existiam muitas sugestões de como o abastecimento entre os técnicos gostariam de acompanhar, monitorar os projetos. E depois vieram muitas mudanças, o Paulo Roberto, o Renato Duque, o José Zelada. mudamos muita coisa na engenharia.
Quando a Venina fala em esquartejamento de projetos, isso não é um indício de possíveis irregularidades? A senhora diz que o email estava truncado, mas não voltou a falar com ela?
Mas os assuntos que ela tratava ali, licitações ineficientes, (eram) altamente discutidos na reunião da diretoria. Quantos atrasos existem porque os preços vêm excessivos, e faz outra licitação, quantas vezes você pega um grande projeto e divide em processos, quebra aquele projeto grande e faz em blocos?
Você só teve informações em 2009 sobre irregularidades na área de comunicação, e passou para o Paulo Roberto Costa. Nunca desconfiou que haveria irregularidades? A Venina disse na entrevista que toda a diretoria da Petrobras sabia, inclusive a senhora.
Ela nunca disse para a diretoria que vocês estão cometendo superfaturamento, que estão sendo corrompidos ou corrompendo.
Ela disse que comunicou à diretoria, que a diretoria sabia das irregularidades.
Que irregularidades? Não era explícita.
E esse documento de que ela queria ouvi-la antes de dar o próximo passo?
Mas por quê? o que ela queria com isso? Eu não sei. Ela esteve comigo três vezes. A última vez é muito clara para mim, foi na minha sala, eu já era presidente.
Mas ela não levou as irregularidades para você nesse encontro?
Não. Conversamos sobre futuro, que precisava mudar, que tinha que rever várias coisas. Nunca (entrou em pauta) essa palavra corrupção, lavagem de dinheiro, eu escutei tudo isso das delações premiadas. A diretoria da Petrobras, o (ex) presidente (José Sérgio) Gabrielli, eu, a diretoria do (Guilherme) Estrella (ex-diretor da Petrobras), do (José Antônio) Figueiredo (diretor de Engenharia), do (José Miranda) Formigli (diretor de Exploração e Produção), essa diretoria aqui não foi comunicada disso pela Venina. Se ela sabia, ela não disse. E não trouxe provas.
A senhora acha que ela se aproximou porque já sabia que a senhora seria presidente?
As pessoas se aproximam. Ela que me procurou e eu a recebi. Venina é uma pessoa estudiosa, que faz um bom trabalho.
Qual o caminho normal que um funcionária como a Venina deveria ter feito se quisesse colocar para a empresa as denúncias?
Temos uma ouvidoria e uma auditoria. Eu chamo a todos os empregados que cheguem à auditoria e à ouvidoria o mais documentados possível. E, além disso, a gente teve aprovado a diretoria de governança. Um diretor sentado do nosso lado, e tudo indica que no final de janeiro a gente já tenha esse diretor trabalhando. E uma das funções é a integridade das pautas. É mais um grande filtro.
Os controles foram falhos?
Não foram falhos. Precisa de mais controle, é uma empresa grande que contratou R$ 70, R$ 80, R$ 90 bilhões nos últimos anos e precisava de mais controles. (Barreiras) mais fortes. É preciso ter confiança no diretor, é ele que traz a pauta. E o rigor nos anexos, para que estejam completos, tudo isso é muito importante. Mas é preciso ter diretores que sejam confiáveis. E suas equipes também. Uma pessoa não pode ser responsabilizada, esse conjunto tem que ser olhado, por isso estamos fazendo uma investigação interna pelos escritórios brasileiros e americanos.
Como a senhora responde a críticas de que foi omissa?
Eu não fui omissa, definitivamente eu não fui omissa. Tenho feito mudanças sucessivas na companhia junto com diretores na busca de melhores controles. Definitivamente não fui omissa. Os diretores (Almir) Barbassa, eu, Formigli, não somos omissos. Aliás, pagamos duro pela dureza que nós temos empreendido na companhia.
A informação de que ela entregou um dossiê ao MPF lhe traz algum incômodo?
Nenhum incômodo, só acho que tudo que a Venina entregou ao Ministério Público Federal é bem vindo, porque o que a gente mais quer é virar essa página. E, se a Venina vai ajudar a Petrobras a virar essa página, ótimo.
O que vai acontecer com a Venina como funcionária da Petrobras?
Ela está no Abastecimento, no MC (Marketing e Comercialização) e como gerente de bunker, que ela mesmo, junto com as pessoas aqui, fez auditorias e melhorias relevantes. Ela vai continuar trabalhando nessa área que a espera. Não sei quando ela volta, ela tem a área dela, a função dela, a baia dela, assim espero, porque falei com o (José Carlos) Cosenza (diretor de Abastecimento da Petrobras). Ela já tem o que fazer hoje.
A Petrobras criou dificuldades para ela voltar?
Negativo, a Petrobras fez tudo que a Venina pediu, tudo que foi pedido foi checado, cuidamos da vinda dela do jeito que ela quis.
A senhora chegou a ligar para a presidente Dilma Rousseff depois da entrevista do Fantástico? Houve uma quarta colocação do cargo à disposição?
Não houve. Não houve conversa, não houve nada.
A presidente disse inclusive que ia mudar o conselho.
É? Acho que ela faz bem. Faz bem mudar.
Em tempo: em vez de uma coletiva às 9h da manhã, e ocupar as mídias um dia inteiro depois do Show da Vida, d Graça apanhou 24 horas para dar uma exclusiva a quem tentou destruí-la…
Preferiu fazer uma omelete com o Bonner. – PHA
Em tempo2: por que cargas d’água a presidente da Petrobras tem que se submeter a um interrogatório policial de repórter terciario da Globo , como se fosse meliante no Cidade Alerta ? Onde é que nós estamos? Por que não mandar o terciario repórter ler a nota em que TUDO já está esclarecido ? Ou a Petrobras considera que o jn tem ” poder de polícia”? – PHA