Poema: mudança
Estado de natureza
"Então eu resolvi mudar
Assim, de repente, quando saía
Para ir ao banco e ao mar
Mudei meu olhar para ver o luar
Mudei meu pranto para secar
Imagens de Natal que morriam,
Ruas da infância que sumiam
Auroras levemente esmaecidas
Capas de livros nunca lidos
O portão de casa batendo
Velha morada na rua esquecida
Um cisco no olho negro do cão."
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