quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

CORREDOR DE HOSPITAL

No corredor  do  hospital ,  estou  aflito, nervoso, inquieto, pensando  mil coisas    que passam  sobre minha  cabeça,  aguardo  o  Mano  chegar  de  um  procedimento  médico, e  após ajudar as  enfermeiras colocá-lo  na cama e  ver  ele  chorar ,  ver  a  aflição  dele, o medo  dele, sinto-me   impotente   para ajudar,  porque a gente  chora  junto, mas  não  posso deixar  ele  ver em  mim lágrimas  que  correm em  meu  rosto.
Sei  que ele sofre  bastante, foi  a primeira  vez que vi ele  chorar, copiosamente, senti  um  calafrio,  uma sensação  horrível, sentir  o  sofrimento  dele, um  choro de  desalento, de  desesperança e  agente chora junto porque  é um  momento   que  estamos  fragilizados, e junto  a ele.
Ao ajudar o Mano  colocar  roupa, ele  se  queixa, de  desconforto,  de dor, xinga, e  a gente sei disso,não  temos  a  dimensão da dor  dele. Eu não  queria ver  esse  quadro  triste  pois  é duro, doloroso  ver  alguém sofrer, e não  poder fazer  nada. Eu também  me faço   perguntas  e não tenho  as  respostas.  Sei   que  é  desse jeito  que  as  coisas são.
O Mano  é inquieto, quer  tudo  pra ontem, quer uma solução  imediata,  na mesma  hora,  Nessa hora  difícil  que não  sabemos  nem o  que  falar,  dizer, porque  a  gente  está estraçalhado por  dentro, e  não vemos  saída.
O sofrimento,  a dor  machuca,  esvazia   a alma  e  ficamos entregue  ao  que possa  acontecer. Cada  hora  que  passa,  me parece  infindável, os  medos, nos atacam   por todos os lados.
Força...esperança...DEUS    sabe    o  que  virá,   e  o  que  virá   será a vontade DELE,   do  nosso DEUS.

Pensem  nisso  enquanto eu  vos  digo  até  amanhã.

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