Poeminha do impeachment
"E de repente, não mais do que de repente
Romero Jucá se fez um homem decente,
E o velho PMDB desapegou do poder
Mas se esqueceu de devolver o chofer.
De repente, não mais do que repente
A elite branca parou de sonegar
E foi como louca às ruas protestar
Contra a corrupção dos seus eleitos.
Só vendo, porém, certos defeitos.
As razões do impeachment eram dez
As de sempre e mais o medo do revés.
De repente, não mais que de repente
A oposição respondeu presente
E gritou fazendo caras e bocas de mau:
temos de matar a cobra e mostrar o pau.
De repente, não mais do que repente,
Chamaram o impoluto Eduardo Cunha
Para disparar a sua única bala de prata
na cabeça da jararaca com cara de lata.
E fez-se a luz: eram todos da mesma classe.
Uns mais adiantados, outros reprovados.
Mas todos com boletim (de ocorrência).
O impeachment vestiu-se de golpe maneiro
Janaína rodopiou o seu corpo inteiro
E foram todos passear na floresta
À espera de mais uma carta do Lobão."
PENSEM NISSO ENQUANTO EU VOS DIGO ATÉ AMANHÃ.
Nenhum comentário:
Postar um comentário