Eu muitas vezes tenho discutido, falado, com amigos de todos
os seus pontos de vista, cores políticas e sempre me veio um tema que eu nunca obtive uma
resposta que me acalmasse.
Eu dizia que o Brasil, é um País que tem suas castas na nossa
sociedade, como é na Índia, e explico grosseiramente.
Existem, presidente,vi- presidente, deputados federais, estaduais, governadores, prefeitos, vereadores, os membros do judiciário, as assembléias legislativas e seus
quadros, há desembargadores, ministério público federal, estadual, bem pessoal eu vou parar por
aqui, é só para dar uma idéia, e todos esses nominados, com certeza tem bons salários, há uma
legislação própria que conferem a eles um status diferenciado em relação a uma grande parcela
da sociedade, como no meu caso, um aposentado, um trabalhador assalariado, e outros.
Sempre, lemos em jornais, vemos pela tv os noticiários as mais
fortes notícias de que o Estado tal está falido, O Rio Grande do Sul, o Acre, e assim vai, todos
com dívidas, astronômicas, mas para esses nominados aumento tem, e cada vez mais, e também
as justificativas para isso as mais diversas, cabe a nós aceitar, não é mesmo?
O jornalista Juremir Machado do Jornal Correio do Povo aqui do
Estado Gaúcho, coloca esse tema com muita felicidade, e eu os repasso a todos vocês é uma boa maneira para todos nós refletirmos sobre esse tema.
Piso é no Tumelero. Teto é nos Três Poderes
O governador José Ivo Sartori e sua equipe adotaram uma estratégia: espalhar que o RS está totalmente quebrado.
Foram tão eficientes nessa tarefa que ficaram na obrigação de adotar medidas drásticas para conter despesas.
A primeira medida foi um decreto proibindo gastar.
Sartori fez uma piada durante a campanha, sobre o piso do magistério, que lhe valeu muitas dores de cabeça.
Disse, como todo mundo sabe, isto: “Piso é no Tumelero”.
Esperava-se que fosse coerente e vetasse o pacote de bondades para ele mesmo, seu vice, secretários, deputados, etc.
Afinal, quem está entregando pacotes de maldades, descumprindo a lei não pagando o piso do magistério e anunciando outros cortes na carne alheia, deve tomar o cuidado de não se presentear com pacotes de bondades.
Mas Sartori não teve esse desprendimento.
Foi na base do “meu pirão primeiro”.
Nunca deu uma declaração contra a aposentadoria especial para deputados.
Agora, na primeira missão difícil, assinou um presentão para quem manda.
O governador Sartori pode mais.
O TJ/RS deu liminar favorável ao pagamento de auxílio-moradia aos procuradores.
Isso aconteceu no último dia para o fechamento da folha de janeiro do MP.
Especialistas consideram que essa decisão só caberia ao STF.
Na página da Associação do Ministério Público lê-se: “Mantida essa decisão, a folha do mês de janeiro estará sendo rodada com o pagamento do reajuste do subsídio e com o auxílio-moradia”.
Decidiu, pagou na hora.
E o piso do magistério?
Fica assim: piso é no Tumelero. Teto é no Piratini. Nos Três Poderes.
Pensem nisso enquanto eu vos digo até amanhã.
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