O dia passa a passos lentos, tem chuva lá fora, tem frio, tem vento, um típico dia de inverno gaúcho.
Nesses dias assim, nossas lembranças caminham por pagos distantes, não tem como não lembrar, ainda bem que possamos recordar, enquanto estamos aqui nesse plano.
Dizem alguns, que o inverno é a estação do ano dos velhos, dos idosos, dos de terceira idade, ou da melhor idade, dessas possibilidades qualquer um está bom.
Não podemos negar, esconder,os cabelos estão brancos, a pele enrugada, talvez os passos mais lentos, a mobilidade com mais calmaria, mas sei também que há muita vida ainda, muita vontade de caminhos....fuzarcas...alegrias a buscar..abraços a dar, mãos a estender , aconchegos a repartir, carinhos a compartilhar.
A noite já começa a dar sua cara, são 18 h, e 12 min , a chuva continua a correr no asfalto, procurando seu caminho.
Oxalá, o campo desse RIO GRANDE VÉIO , tenha essa felicidade da chuva fertilizar o seu solo , as plantas beberem a água santa que vem dos céus, o gado, os animais todos, cavalos, ovelhas, enfim, a água; esse H2O é a vida que desce do céu para dar água aos que tem sede.
Penso, vejo o barulho nas janelas, dos pingos grossos da chuva, parecendo tambores retumbando no meu coração.
Lembro, do meu avô, HILDEBRANDO FAGUNDES sentado no seu banquinho fedondo de madeira no seu galpão,sempre com o seu palheiro pitando, contando suas estórias do homem de campo, e eu guri, de cidade, ávido por apreender, conhecer, me virava em sonhos, imaginando aqueles causos ca campanha gaúcha.
Meu avô, era um homem muito bom, tinha como característica sua calma, o seu silêncio, um sorriso de vez em quando limpo, sincero, como sempre foi, falava pouco, era mais "falador" quando a noite aparecia, na luz do lampião a querosene, e o fogão de lenha fazendo o calor para nos aquecer.
Era o seu HILDEBRANDO FAGUNDES, uma mistua de índio, bugre , pele escura, sempre com sua bombacha e suas botas.
Meu avô, que tempo bom !! Que tempo vivido, que tempo faceiro!
Lá na fazenda, quando nos reuníamos os primos, primas, era uma festa só, um gritedo da gurizada, o Valandro, o primo K, o Eduardo, o Dolimar, o Sérgio,o Júlio, o Perizinho, o Gabriel, o Paulinho, saíamos pro campo para fuzarquear, íamos pro açude, andavamos a cavalo, ( tem coisas que não posso falar...rsrsrs),éramos arteiros, mas bons guris,minhas primas eram comportadas, todas, a Suzana, a Soninha, Rosinha....nos dávamos muito bem, primos e primas.
Eu aprendi muito com o vovô HILDEBRANDO, todos nós aprendemos, isso é um fato.
Então, quando vejo essa chuva teimosa que teima a cair, veio em mim, um flash do meu livro da memória e veio a figura, bonita do meu avô, e não tem como a gente derixar de relatar, rever na memória enquanto dá esse tempo desse tempo vivido, dessas cenas, desses atos vivenciados.
O campo para mim, e os meus primos e primas, com certeza, nos ensinou muito, aprendemos muito, principalmente dar valor a terra, e a convivência entre nós todos.
Sim, a gente sente saudae, como não sentir ? O cheiro do campo, da terra santa gaúcha, as frutas que a gente pegava subindo nas árvores frutiferas, pêras, maças, tinhamos tudo a nossa frente, sem falar na nossa comida, que vovó, LÍDIA fazia, ela era pequenina, vovó ( TUTUCHA), muito brava, rsrsrsrs. Lembro que um dia fizemos uma bagunça, e quando não fazíamos né ? O primo K, mano do Eduardo, e do Paulinho, disse um nome "feio" (kkkkkk) e a vovó correu atrás dele com uma maçã na mão e colocou na boca dele, eita veinha braba, para ele não dizer mais nomes feios.
Sim, fomos felizes, éramos muito amigos e isso lembro muito bem.
Para se ter idéia, os causos do vovô, se prolongavam, entrando na noite, sempre tinha platéia para ouvir.
A chuva está forte...mas calma, chuva abençoada, amém !!
Vou tentar comer uma bóia, hoje sopão, e pra variar um vinho tinto seco, afinal, o véio precisa se aquecer.
Meu avô HILDEBRANDO, vovó, LÍDIA, obrigado, por tudo, pelas lições de vida..saudade eternas.
Pensem nisso enquantro eu vos digo até amanhã.
Nesses dias assim, nossas lembranças caminham por pagos distantes, não tem como não lembrar, ainda bem que possamos recordar, enquanto estamos aqui nesse plano.
Dizem alguns, que o inverno é a estação do ano dos velhos, dos idosos, dos de terceira idade, ou da melhor idade, dessas possibilidades qualquer um está bom.
Não podemos negar, esconder,os cabelos estão brancos, a pele enrugada, talvez os passos mais lentos, a mobilidade com mais calmaria, mas sei também que há muita vida ainda, muita vontade de caminhos....fuzarcas...alegrias a buscar..abraços a dar, mãos a estender , aconchegos a repartir, carinhos a compartilhar.
A noite já começa a dar sua cara, são 18 h, e 12 min , a chuva continua a correr no asfalto, procurando seu caminho.
Oxalá, o campo desse RIO GRANDE VÉIO , tenha essa felicidade da chuva fertilizar o seu solo , as plantas beberem a água santa que vem dos céus, o gado, os animais todos, cavalos, ovelhas, enfim, a água; esse H2O é a vida que desce do céu para dar água aos que tem sede.
Penso, vejo o barulho nas janelas, dos pingos grossos da chuva, parecendo tambores retumbando no meu coração.
Lembro, do meu avô, HILDEBRANDO FAGUNDES sentado no seu banquinho fedondo de madeira no seu galpão,sempre com o seu palheiro pitando, contando suas estórias do homem de campo, e eu guri, de cidade, ávido por apreender, conhecer, me virava em sonhos, imaginando aqueles causos ca campanha gaúcha.
Meu avô, era um homem muito bom, tinha como característica sua calma, o seu silêncio, um sorriso de vez em quando limpo, sincero, como sempre foi, falava pouco, era mais "falador" quando a noite aparecia, na luz do lampião a querosene, e o fogão de lenha fazendo o calor para nos aquecer.
Era o seu HILDEBRANDO FAGUNDES, uma mistua de índio, bugre , pele escura, sempre com sua bombacha e suas botas.
Meu avô, que tempo bom !! Que tempo vivido, que tempo faceiro!
Lá na fazenda, quando nos reuníamos os primos, primas, era uma festa só, um gritedo da gurizada, o Valandro, o primo K, o Eduardo, o Dolimar, o Sérgio,o Júlio, o Perizinho, o Gabriel, o Paulinho, saíamos pro campo para fuzarquear, íamos pro açude, andavamos a cavalo, ( tem coisas que não posso falar...rsrsrs),éramos arteiros, mas bons guris,minhas primas eram comportadas, todas, a Suzana, a Soninha, Rosinha....nos dávamos muito bem, primos e primas.
Eu aprendi muito com o vovô HILDEBRANDO, todos nós aprendemos, isso é um fato.
Então, quando vejo essa chuva teimosa que teima a cair, veio em mim, um flash do meu livro da memória e veio a figura, bonita do meu avô, e não tem como a gente derixar de relatar, rever na memória enquanto dá esse tempo desse tempo vivido, dessas cenas, desses atos vivenciados.
O campo para mim, e os meus primos e primas, com certeza, nos ensinou muito, aprendemos muito, principalmente dar valor a terra, e a convivência entre nós todos.
Sim, a gente sente saudae, como não sentir ? O cheiro do campo, da terra santa gaúcha, as frutas que a gente pegava subindo nas árvores frutiferas, pêras, maças, tinhamos tudo a nossa frente, sem falar na nossa comida, que vovó, LÍDIA fazia, ela era pequenina, vovó ( TUTUCHA), muito brava, rsrsrsrs. Lembro que um dia fizemos uma bagunça, e quando não fazíamos né ? O primo K, mano do Eduardo, e do Paulinho, disse um nome "feio" (kkkkkk) e a vovó correu atrás dele com uma maçã na mão e colocou na boca dele, eita veinha braba, para ele não dizer mais nomes feios.
Sim, fomos felizes, éramos muito amigos e isso lembro muito bem.
Para se ter idéia, os causos do vovô, se prolongavam, entrando na noite, sempre tinha platéia para ouvir.
A chuva está forte...mas calma, chuva abençoada, amém !!
Vou tentar comer uma bóia, hoje sopão, e pra variar um vinho tinto seco, afinal, o véio precisa se aquecer.
Meu avô HILDEBRANDO, vovó, LÍDIA, obrigado, por tudo, pelas lições de vida..saudade eternas.
Pensem nisso enquantro eu vos digo até amanhã.
O vô ia passar o inverno lá em casa, quando mais velhinho, para escapar dos rigores do clima. Era o chefe da lareira. Passava o dia ali, numa confortável poltrona, remexendo o fogo, remoendo as suas reminiscências e contando suas histórias.
ResponderExcluirAgora nesse momento em que estamos passando só nos resta recordar...e esperar.
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