Belchior em Murta, Sobradinho, RS
CORREIO DO POVO - JUREMIR MACHADO
Belchior teve um grande protetor em Santa Cruz do Sul, o radialista Dogival Duarte. Quando Dogival precisou de ajuda para abrigar o ídolo, recorreu ao professor de filosofia Ubiratan Trindade.
Bira recebeu Belchior em sua casa. Depois de três meses, deu problema com Edna, mulher do cantor, sempre de temperamento difícil e querendo proteger o marido de perigos imaginários.
Surgiu uma solução: transferi-los para uma chácara, em Murta, interior de Sobradinho.
Edna não queria que a identidade de Belchior fosse revelada. Ele foi apresentado ao caseiro como um professor cearense de filosofia. Colou. Belchior podia falar horas sobre Santo Tomás de Aquino.
Bira lembra com saudades das grandes conversas com Belchior sobre Fernando Pessoa, grandes filósofos, literatura. O cantor vivia de vinho, peixes e azeite de oliva.
O caseiro viu Belchior, com um violão emprestado, compor e cantar como um pássaro.
– Esse professor de filosofia conta muito – disse.
Eu estive na casa de Bira, em Santa Cruz, há algum tempo. Ele se lembra:
– Fiz um galeto. Me estressei um pouco. Queria te contar sobre Belchior, mas esqueci.
Outros me contaram que ele estava em Santa Cruz. Acompanhei de longe.
Bira tem uma galeria de fotos de Belchior em Murta.
Pode-se começar por este bilhete do ídolo para Marina, filha do anfitrião, estudante de Artes,
BELCHIOR, sempre teve uma personalidade única, como se vê nas fotos, do blog do JUREMIR MACHADO, não gostava de holofotes, de aparecer, simplicidade era sua característica.
Creio que ainda teremos muito mais escritos sobre esse compositor, cantor maravilhoso, sua obra é uma poesia que embalou muitos de nós.
Pensem nisso enquanto eu vos digo até amanhã.
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