entre outras coisas, o compartilhar, o amor, o cuidado com a natureza, e sobre homofobia
além de outras causas.
Muitos setores da própria igreja católica conservadores não
comungam ou estão atônitos com a maneira liberal do papa de tratar muitos assuntos que antes
eram tabus para a própria igreja católica.
O papa Francisco não cansa de dizer ao mundo, fazendo
uma mea culpa pra própria igreja que ele comanda que se precisa abrir-se para o mundo e deixar
ela a própria igreja ficar apenas olhando pro seu umbigo.
Publicado em 17/07/2015
Comparato: Francisco I
é um revolucionário
Nao esquecer que João Paulo II visitou o Chile e Pinochet!
A abertura da Igreja Católica a setores não ligados à religião e a crítica ao capitalismo fazem do Papa Francisco I um revolucionário - é a opinião de Fábio Konder Comparato, pensador, escritor e Professor Emérito da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo – http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727856D9.
Nessa quinta-feira (16), Paulo Henrique Amorim entrevistou Comparato no Conversa Afiada e tratou da Encíclica Laudato si’, publicada em 18 de junho de 2015, em que critica o consumismo e denuncia a degradaçao do meio ambiente, e do pronunciamento do Papa no encontro de Movimentos Sociais, em Santa Cruz de la Sierra, na Bolivia.
“ Essa Encíclica não é apenas uma continuação das Encíclicas sociais anteriores, ela representa, também, uma abertura para todos os líderes não cristãos e religiosos. Uma abertura no sentido do altruísmo, ou seja, precisamos de deixar de olhar para o nosso umbigo. Temos que sentir os grandes problemas da humanidade. E o grande problema da humanidade é a destruição da biosfera”, afirmou Comparato, que concorda com o teólogo Leonardo Boff, para quem o papa fez a opção pelos pobres.
Para Comparato, “ a crítica severa da situação atual do mundo vem da formação jesuítica de Francisco”.
Leia outros trechos da primeira parte da entrevista:
Inovação do Papa Francisco I
Ele representou uma abertura extraordinária que antes só havia sido feita por João XXIII, quando convocou o Concílio e disse que a Igreja precisava se abrir para o mundo, pois estava fechada sobre si mesma.
A desigualdade
Um fato evidente é que a partir da Revolução Industrial iniciou-se um processo de desigualdade entre pobres e ricos na humanidade.
E quem produziu isso foi o sistema do capitalismo, que é fundado no egoísmo.
Critica do Papa Francisco ao capitalismo
É uma crítica moderada. Na verdade, a Igreja nunca teve coragem de criticar o capitalismo. Ela seguiu, nesse particular, a sentença determinante de Jesus quando disse: “Não podeis servir a dois senhores, a Deus e ao dinheiro”.
A Encíclica Laudato si’ não é literalmente contra o capitalismo.
O Papa disse, na Bolívia, que é preciso apoiar os mais pobres com os três Ts: terra, trabalho e teto.
O Papa Jesuíta
O fundamento dessa crítica severa da situação atual do mundo vem da formação jesuítica dele. Os jesuítas sempre foram analistas muito profundos dos males da sociedade.
O Papa Francisco é um verdadeiro revolucionário. Ele se liga às grandes autoridades religiosas adeptas do altruísmo. Por exemplo, o Dalai Lama, que diz claramente que a sua pregação não é religiosa.
O Papa Francisco e a teologia da libertação
Ele tem uma outra tonalidade, pois critica muito o capitalismo, mas não parece ter uma influência marxista, como na teologia da libertação.
Comparato critica a perseguição a Leonardo Boff e lembra que João Paulo II foi ao Chile e abençoou o ditador Augusto Pinochet. O contraste entre João Paulo II e Francisco I é muito grande.
Comparato discute ainda que tipo de influência Francisco I pode vir a ter sobre partidos e políticos brasileiros: não será uma influencia do ponto de vista religioso, disse ele.
Não deixe de ler também as entrevistas de Alfredo Bosi e Leonardo Boff ao Conversa Afiada, sobre o Papa.
Breve, o Conversa Afiada exibirá a segunda parte da entrevista, em que Comparato trata do Papa, da Comunicação de Massa e do Brasil.
Um papa com a cabeça sintonizada com os clamores do mundo, que sabe do seu papel
nesse contexto mundial podemos dizer que é uma benção.
A coragem de Francisco I , todos os lugares que ele vai em sua peregrinação mundial
para levantar a sua voz, e ao menos dar um caminho ao mundo que sem sombras de
dúvida precisa de mais amor, paz e partilhas.
Pensem nisso enquanto eu vos digo até amanhã.
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