Na semana passada, o mundo todo repercutiu de
forma retumbante o episódio da mordida do jogador Soares do Uruguai em cima do zagueiro
italiano, onde todos nós ficamos perplexos com tal atitude.
Nós todos temos nossas mordidas, damos nossas
mordidas mas deixo pra você que está nesse momento lendo essas palavras escritas nesse meu
simples comentário, fazer suas análises, fazer sua interpretação.
Eu, por força e muito do hábito que tenho de procurar
me informar, e diante dessas informações buscadas ali e aqui tentar fazer um quadro desse fato.
Confesso que não é fácil, é fácil sim fazermos nossos
julgamentos sobre qualquer coisa, somos sim, sempre levados a dar nossos pitacos sobre todo
e qualquer assunto, pois, faz parte da natureza humana, mas nem sempre aquilo que a gente fala
ou discorre sobre determinado tema é o correto por isso sempre procuro ir com cuidado em
cada situação.
Para dizer a vocês, vi inúmeros profissionais da área
de psiquiatria, psicologia e estudiosos correlatos falarem sobre o tema e a maioria fala que o
citado atleta deve ser tratado, receber um tratamento no divã, para que possa nesse momento
tentar ver as causas desses ataques mordedores já que não é o primeiro caso ocorrido .
Lembro, do caso do lutador americano, Mike Taison
que mordeu e tirou um pedaço da orelha de um adversário em uma luta aí nesse caso, com toda
certeza, e por sabermos na época, a origem do lutador, que teria todos os pressupostos, variáveis
para ter em seu íntimo desejos de violência explícitos, trazendo essa carga desde a infância de
bairros pobres americanos.
Soares, também como se divulgou trás essa carga desde
criança, pobre, miséria e que teria potencial para desenvolver suas brigas, raivas do mundo.
Ele, é um grande jogador de futebol, joga na liga da
Inglaterra, é um jogador hoje, que tem um alto padrão de vida, venceu a pobreza, venceu a toda
e qualquer miséria mas talvez, digo talvez, não tenha vencido suas lutas internas, aquelas que todo
ser humano carrega dentro de si.
Luizito, precisa de ajuda, como tantos e outros Luizitos
amontoados e espalhados pelo nosso mundão de Deus mas com certeza caberá a ele apenas saber
se ele quer saber, o porque ele morde, o que leva a ele morder.
Disse no título desse comentário, nossas mordidas, sim
nós todos mordemos, e muito, façamos então uma reflexão, porque mordemos. Diante disso, eu sim
começarei fazer minhas reflexões, sobre as minhas mordidas, pois com certeza, quero saber o
porque de nossas mordidas.
Pensem nisso, enquanto eu vos digo até amanhã.
segunda-feira, 30 de junho de 2014
domingo, 29 de junho de 2014
O PAPEL FEIO DE UMA IMPRENSA
Já falamos aqui, já fizemos alguns temas que relacionam-se com
o papel de uma imprensa e o que ela representa no contexto de um País e quais são suas reais e
mais afirmativas intenções num contexto democrático o qual vivemos.
É sem sombras de dúvida importante uma imprensa livre , sem sinal
nenhum de amarras para que ela possa fazer o seu trabalho, que é de informar, todo o cidadão de
um País, sem sonegar a melhor informação possível, e ser assim um canal de comunicação entre o
povo e todos níveis de poder.
Mas, o que temos vivenciados nesses últimos tempos no Brasil é uma mídia que sim está comprometida com outros interesses para que ela possa de uma maneira em
geral escamotear a verdade, se dermos o exemplo da Copa do Mundo no Brasil, ficará muito evidente
essa colocação.
Queremos, uma mídia livre, e ela é, madura, mas ela não o é,queremos
fatos verdadeiros e não fantasiosos deixando a verdade de lado para colocar mentiras e dar ao povo uma versão distorcida da realidade.
Há poucos dias, o Jornal Nacional colocou em editorial que a mídia
sempre esteve ao lado do Brasil, e que as críticas na realidade eram a preocupação de que teríamos
as condições necessárias para realizar o evento da Copa no Brasil e que com certeza passaríamos
vergonha perante aos olhos do mundo.
Esse editorial foi muito acessado nas redes sociais mas com certeza essa
explicação da Globo não colou.
O mundo, em geral, rotula a Copa do Mundo no Brasil, a Copa das
Copas, e sim todos nós que amamos esse nosso torrão verde-amarelo, devemos sim nos sentirmos com certeza orgulhosos, independentemente de cores políticas.
É notório colocar que sim, tem muita gente contra, o evento com
esse espírito vira-lata que as algumas pessoas possuem e destilam por aí.
Pensem nisso enquanto eu vos digo até amanhã.
o papel de uma imprensa e o que ela representa no contexto de um País e quais são suas reais e
mais afirmativas intenções num contexto democrático o qual vivemos.
É sem sombras de dúvida importante uma imprensa livre , sem sinal
nenhum de amarras para que ela possa fazer o seu trabalho, que é de informar, todo o cidadão de
um País, sem sonegar a melhor informação possível, e ser assim um canal de comunicação entre o
povo e todos níveis de poder.
Mas, o que temos vivenciados nesses últimos tempos no Brasil é uma mídia que sim está comprometida com outros interesses para que ela possa de uma maneira em
geral escamotear a verdade, se dermos o exemplo da Copa do Mundo no Brasil, ficará muito evidente
essa colocação.
Queremos, uma mídia livre, e ela é, madura, mas ela não o é,queremos
fatos verdadeiros e não fantasiosos deixando a verdade de lado para colocar mentiras e dar ao povo uma versão distorcida da realidade.
Há poucos dias, o Jornal Nacional colocou em editorial que a mídia
sempre esteve ao lado do Brasil, e que as críticas na realidade eram a preocupação de que teríamos
as condições necessárias para realizar o evento da Copa no Brasil e que com certeza passaríamos
vergonha perante aos olhos do mundo.
Esse editorial foi muito acessado nas redes sociais mas com certeza essa
explicação da Globo não colou.
O mundo, em geral, rotula a Copa do Mundo no Brasil, a Copa das
Copas, e sim todos nós que amamos esse nosso torrão verde-amarelo, devemos sim nos sentirmos com certeza orgulhosos, independentemente de cores políticas.
É notório colocar que sim, tem muita gente contra, o evento com
esse espírito vira-lata que as algumas pessoas possuem e destilam por aí.
Pensem nisso enquanto eu vos digo até amanhã.
A CHUVA QUE MATA
O sul do País, acha-se nesses últimos dias em situação
de desespero e muita destruição ocasionada por uma chuva constante sem trégua que faz
com que regiões, estradas, casas, enfim, tudo que diz respeito à vida de cada um de nós, tenham
suas perdas cada vez mais inclementes.
Os sistemas de estudo de clima no que se refere há o que
pode vir mais adiante em termos de situação climática, pois já se pode sentir agora os prejuízos
dessas chuvas que não param.
Estradas bloqueadas, barreiras em quedas, rios acima do seu
leito normal, perdas materiais diversas, e populações fugindo de seus lares deixando suas coisas
para proteger suas vidas.
É o sul do Brasil na água que oxalá esse tempo de uma parada
para que a população mais desafortunada possa voltar para suas casas e fazer um balanço de seus
prejuízos.
Pensem nisso enquanto eu vos digo até amanhã.
de desespero e muita destruição ocasionada por uma chuva constante sem trégua que faz
com que regiões, estradas, casas, enfim, tudo que diz respeito à vida de cada um de nós, tenham
suas perdas cada vez mais inclementes.
Os sistemas de estudo de clima no que se refere há o que
pode vir mais adiante em termos de situação climática, pois já se pode sentir agora os prejuízos
dessas chuvas que não param.
Estradas bloqueadas, barreiras em quedas, rios acima do seu
leito normal, perdas materiais diversas, e populações fugindo de seus lares deixando suas coisas
para proteger suas vidas.
É o sul do Brasil na água que oxalá esse tempo de uma parada
para que a população mais desafortunada possa voltar para suas casas e fazer um balanço de seus
prejuízos.
Pensem nisso enquanto eu vos digo até amanhã.
sexta-feira, 27 de junho de 2014
A COPA DO MUNDO ESTÁ ACONTECENDO SIM!!!
A copa do mundo está acontecendo sim , um probleminha aqui outro ali, e estamos realizando uma bela copa, o Brasil apesar dos contra, e aplauso da mídia do
outro lado do mundo, faz elogios em todos os seus portais de comunicação.
Um exame crítico se faz necessário após esse torneio mundial de
futebol.
Mas o jornalista, Luciano Martins Costa, coloca em seu comentário
um interessante artigo, para reflexão, ei-lo na íntegra"
outro lado do mundo, faz elogios em todos os seus portais de comunicação.
Um exame crítico se faz necessário após esse torneio mundial de
futebol.
Mas o jornalista, Luciano Martins Costa, coloca em seu comentário
um interessante artigo, para reflexão, ei-lo na íntegra"
Quem vai adotar os vira-latas?
Por Luciano Martins Costa em 27/06/2014 na edição 804
Comentário para o programa radiofônico do Observatório, 27/6/2014
A imprensa brasileira já vinha fazendo lentamente o caminho de volta para a realidade ao reconhecer que a Copa do Mundo no Brasil é, até aqui, um grande sucesso e uma ampla coleção de recordes. Até a revista Veja, que há alguns anos abandonou o jornalismo, já ensaiou o processo de transição do pessimismo para a celebração, caso os fatos continuem a desafiar suas próprias previsões.
Faltava a Rede Globo de Televisão, que vinha remoendo em suas entranhas a contraditória situação de beneficiária e contestadora do evento. Não falta mais: na edição de quinta-feira (26/6), o Jornal Nacional dedicou 2 minutos e 21 segundos a uma espécie de mea culpa sem culpa. Ou, melhor, a emissora reconhece que havia um excesso de pessimismo no noticiário durante o período que antecedeu o pontapé inicial na bola, mas a culpa não foi da imprensa brasileira: segundo a Globo, foi apenas a imprensa internacional que errou na dose de negativismo.
Em tom conciliador, o apresentador William Bonemer Júnior, conhecido como Bonner, fez a passagem da emissora para o campo oficial da festa (ver aqui o vídeo e o texto correspondente).
“Durante meses, os atrasos e os problemas de organização da Copa do Mundo foram assunto de muitas reportagens no Brasil e no exterior. Existia no ar uma preocupação generalizada com as consequências dos atrasos das obras não concluídas e os jornais estrangeiros eram especialmente ácidos nas críticas” – diz o novo discurso da emissora.
“Mas o fato é que, aos poucos, desde o inicio deste Mundial, isso tem mudado” – complementa o apresentador, anunciando a repórter Elaine Bast, que, de Nova York, faz um balanço do que, segundo a Globo, foi a mudança de expectativa da imprensa internacional.
A repórter capricha no tom triunfalista:
“‘A morte e os jogos’ – era essa a manchete de capa da revista alemã Der Spiegel no dia 12 de maio. Dentro, a reportagem destacava: ‘O gol contra do Brasil’ – Era essa a manchete de capa da revista ‘Der Spiegel’, uma das mais respeitadas da Alemanha, no dia 12 de maio. Dentro, a reportagem destacava ‘o gol contra do Brasil’ e afirmava que, justamente na terra do futebol, a Copa poderia ser um fiasco, com protestos, greves e tiroteios.
“Duas semanas antes do início do Mundial, o ‘Wall Street Journal’, o jornal de maior circulação dos Estados Unidos, trazia a manchete: ‘Copa do Mundo: 12 estádios, um milhão de problemas’.”
Agora tudo é festa
A animação da imprensa estrangeira parece contaminar o jornalismo da Globo, mas a reportagem faz de conta que o catastrofismo foi inventado além das fronteiras.
Diz ainda a correspondente:
“Os problemas que antes eram previstos para a Copa do Mundo no Brasil não se confirmaram. Aos poucos, o tom crítico da imprensa internacional foi mudando, com reportagens que retratam também o clima festivo deste Mundial”.
Entre os exemplos citados, destaque para The New York Times, segundo o qual, apesar de pequenos problemas, o torneio até agora foi um imenso sucesso. Na verdade, o Timestem sido um dos maiores entusiastas da Copa, com uma cobertura diversificada e o acompanhamento dos principais jogos em tempo real, através da internet.
Com exceção dos meios ultraconservadores, que depreciam a popularidade do futebol, considerado pela direita americana como um esporte de morenos e latinos, a imprensa dos Estados Unidos festeja a grande audiência do torneio e a massiva presença de torcedores que viajaram para o Brasil.
A Globo também comenta a mudança de linha no espanhol El País, onde a manchete admite: “Não era para tanto”. O jornal destaca que os estádios e aeroportos estão funcionando e os protestos diminuíram assim que a bola começou a rolar.
A revista inglesa The Economist também diz que as baixas expectativas foram superadas. O blog da revista conclui que o visitante estrangeiro vai levar do Brasil “uma mistura de hospitalidade, futebol bonito e... preços além da conta”.
O francês Le Monde chama o sucesso da Copa de “milagre brasileiro” e afirma que o Brasil organiza o Mundial à sua maneira, “desordenado e simpático, despreocupado e acolhedor”.
“A última edição da revista Der Spiegel dá destaque para a animação da torcida e diz que os esperados protestos de massa até agora não aconteceram”, conclui a reportagem doJornal Nacional.
A Globo não diz quem alimentou o pessimismo e o noticiário negativo sobre o Brasil nos dias que antecederam o início da Copa do Mundo. De repente, ninguém sabe, ninguém viu quem estimulou o espírito de porco e quem animou o complexo de inferioridade a se manifestar.
Agora, é preciso recolher nas ruas os órfãos do “quanto pior, melhor”, que começaram torcendo para a Croácia na partida inaugural e já não sabem quem são.
Quem vai adotar os vira-latas?
Pensem nisso enquanto eu vos digo até amanhã.
segunda-feira, 23 de junho de 2014
O ÓDIO NA IMPRENSA
O papel da imprensa no mundo todo tem uma tarefa sempre muito especial pois ela está relacionada com o mundo que vivemos, e muitas e deve ser sempre mostrar a realidade, e contribuir para que possamos ter uma sociedade melhor e mais justa.
No artigo de Luciano Martins Costa, no Observatório
da Imprensa, desse dia 23/06/2014, coloco para vocês o pensamento dele e de modo aquilo que a
média geral pensa. Ei-lo:
No artigo de Luciano Martins Costa, no Observatório
da Imprensa, desse dia 23/06/2014, coloco para vocês o pensamento dele e de modo aquilo que a
média geral pensa. Ei-lo:
A imprensa que insufla o ódio
Por Luciano Martins Costa em 23/06/2014 na edição 803
Comentário para o programa radiofônico do Observatório, 23/6/2014
A Copa do Mundo dá à imprensa brasileira uma oportunidade histórica para se reconciliar com o bom jornalismo. Não apenas pelo fato de, até esta altura, tudo estar acontecendo com um alto nível de qualidade, mas também porque a grandeza do evento permite observar a diferença entre o que os estrangeiros pensam do Brasil e o que os brasileiros são levados a pensar de si mesmos. Trata-se, portanto, de um laboratório para a própria imprensa refletir sobre a imagem do país que ela projeta sobre a sociedade.
Correm nas redes sociais, por exemplo, manifestações de personalidades que se surpreendem com o bom funcionamento dos aeroportos, lembrando que o noticiário vinha prevendo, desde o início do ano, que os viajantes iriam enfrentar um verdadeiro caos em terra e no ar. Os grandes agrupamentos de torcedores não têm causado problemas, com exceção de desentendimentos pontuais sem maiores consequências, como a briga entre argelinos que deixou um ferido com uma garrafada.
Porém, enquanto o jornalismo esportivo se mantém na linha regulamentar entre o otimismo com a seleção nacional e a análise crítica, fiel à linguagem ao mesmo tempo engajada e distanciada da crônica futebolística, certos protagonistas do jornalismo político invadem o campo de jogo com seu discurso chulo. É o caso dos colunistas citados pelo comentarista esportivo José Trajano, da emissora ESPN, que, ao comentar os xingamentos dirigidos à presidente da República na arena do Corinthians durante a cerimônia de abertura da Copa, se referiu ao clima de ódio insuflado pela crônica política.
O entrevero teve repercussão nos jornais do fim de semana, alimentando um debate sobre quem deu origem e quem alimenta o discurso do ódio que parece contaminar a parte de cima do edifício social do Brasil. Sábado, domingo e na segunda-feira (23/6), representantes do estrato mais conservador da mídia têm se revezado em tirar da própria imprensa a responsabilidade por transformar o debate político em campo minado. Mas não há como fugir à evidência de que o jornalismo cedeu lugar ao panfletarismo sectário.
O ovo da serpente
O esforço é bem organizado, mas não há como dissimular o fato de que as expressões contundentes e os adjetivos desrespeitosos que têm marcado os argumentos de um lado e de outro na conflagrada cena ideológica são uma marca de meia dúzia de jornalistas instalados pelas empresas hegemônicas da mídia em posições de destaque. Aliás, pode-se afirmar que alguns jornalistas decadentes, cujas carreiras se encaminhavam melancolicamente para o mausoléu do ostracismo, ganharam uma sobrevida e uma maquiagem contemporânea exclusivamente para atuar nessa tropa de choque da incivilidade.
Não se pode negar que há um pantanal de ódio na sociedade brasileira, e essa predisposição para a irracionalidade no campo político se concentra nas camadas mais privilegiadas em termos de educação e renda. Onde se esperava que se houvesse desenvolvido um nível mais elevado de consciência social e capacidade de tolerância para a diversidade de opiniões é justamente onde vicejam sentimentos como a intolerância, o desprezo pela nacionalidade e o complexo de vira-latas. Os colunistas citados por Trajano são, claramente, autores do discurso que caracteriza essa espécie de lumpesinato de alta renda, onde viceja o ovo da serpente.
Afirmamos que a Copa oferece à mídia tradicional a oportunidade para se reconciliar com o jornalismo porque a complexidade do jogo de futebol, com suas surpreendentes reviravoltas e a imensa gama de possibilidades, deveria servir como metáfora para os outros temas da vida social.
Se, como sabemos, a imprensa atua no sentido de dar aos fatos uma certa organização, que de alguma maneira permite ao indivíduo formular um entendimento do mundo, a adoção do discurso raivoso e unilateral produziu uma ruptura entre o que chamamos de imprensa e o jornalismo.
A bola impõe uma linguagem vigorosa, mas sem asperezas, e as regras preveem que as caneladas sejam devidamente punidas. Na política, ao contrário, a imprensa prefere estimular a agressão, porque não consegue ganhar o jogo dentro das regras.
Se os jornais parecem mais equilibrados, nestes dias de intensas emoções futebolísticas, é porque as empresas de comunicação precisam justificar os altos investimentos dos anunciantes.
Leia também
O discurso do ódio – L.M.C.
Pensem nisso, enquanto eu vos digo até amanhã.
segunda-feira, 16 de junho de 2014
AS VAIAS DO ITAQUERÃO
Nunca poderemos esquecer essa mácula feia e ordinária
que manchou a civilidade humana de torcedores Vips na abertura da Copa do Mundo, aqui em
solo brasileiro, nesse dia damos ao mundo o atestado feio e manchado de pessoas mau educadas
que não tem civilidade, educação e postura, têm apenas dinheiro, pois pra essa gente feia, o que conta é
o dindin, poisa o resto se compra segundo eles.
Chico César em belo e crítico poema descreva com sua
grande escrita, Os Vaiantes do itaquerão, trago pra vocês, lerem e fazerem suas conclusões.
que manchou a civilidade humana de torcedores Vips na abertura da Copa do Mundo, aqui em
solo brasileiro, nesse dia damos ao mundo o atestado feio e manchado de pessoas mau educadas
que não tem civilidade, educação e postura, têm apenas dinheiro, pois pra essa gente feia, o que conta é
o dindin, poisa o resto se compra segundo eles.
Chico César em belo e crítico poema descreva com sua
grande escrita, Os Vaiantes do itaquerão, trago pra vocês, lerem e fazerem suas conclusões.
Bichos escrotos que saíram dos seus condomínios esgotos para envergonhar o Brasil ganham ‘homenagem’ de Chico César
junho 14th, 2014 bymariafro
Como devem se sentir a senhora com suas filhas, o senhor barrigudo de cabeça branca e um monte de marmanjos ofendendo a presidenta da República?
Se sentem superiores? Acham bonito serem mostrados para todo o planeta como seres grosseiros que são?
Como eu havia dito ao Falcão e aos coxinhas do agronegócio que fizeram o mesmo algumas semanas atrás, quem sai pequeno, rastejante são os agressores covardes. Dilma já sofreu tortura física, seus cães vira-latas, o latido de vocês só mostra o que vocês são: vira-latas.
Se sentem superiores? Acham bonito serem mostrados para todo o planeta como seres grosseiros que são?
Como eu havia dito ao Falcão e aos coxinhas do agronegócio que fizeram o mesmo algumas semanas atrás, quem sai pequeno, rastejante são os agressores covardes. Dilma já sofreu tortura física, seus cães vira-latas, o latido de vocês só mostra o que vocês são: vira-latas.
Chico César mostrou com a classe que Chico César tem e esses bichos escrotos nunca terão o que eles verdadeiramente são: vira-latas.
Pensem nisso, enquanto eu vos digo até amanhã.Via Página do PTOS VAIANTES VIPs DO ITAQUERÃOPor Chico Cesaros vaiantes
chegam antes
vão antes de van
com seus seus ingressos vipsos vaiantes não querem saber
se há crianças na sala de casa vendo tv
eles pegaram os aviões
desceram nos aeroportos
e alguns tomaram o metrô até o estádio
finalmente concluídotudo funcionou até ali
e os vaiantes sentem-se frustrados na falta de desastres
e felizes em agredir a mulher
muitos vaiantes são mulheresa euforia
uma certa embriaguez até
de estar ali fazendo ola
e aparecendo no telão de leda euforia
e uma certa embriaguez até
de pertencer ainda a um grupo
um condomínio fechado dá segurança aos vaianteseles precisam gritar em público e em coro aquela palavra
que evitam dizer em casa
na mesa em que se empanturram
para depois fazer dieta
ou debaixo dos lençóis com as luzes apagadasos vaiantes
crêem que tem o direito de ser deselegantes
pois pagam impostos e muitos deles pagaram pelo ingresso
livrando-se assim de estar na fan fest com aquela gente suada
ou no cheiro de fumaça do churrasco com os vizinhos de prédioos vaiantes vaiam
porque a copa é aqui
e eles não tiveram de pagar em prestações
as passagens para a espanha, o méxico, o japão, a frança
vaiam pois não precisam se hospedar em cinco pessoas
em quartos onde mal cabem doiseles vaiam porque estão em casa
mas lá fora aplaudem até microfonia
e as línguas arrevesadas que não compreendem
mas são estrangeiras e deviam estar dizendo coisas interessantes
que fogem a sua ignorânciaos vaiantes vaiam
pois sabem que mesmo não perdendo
o que percebem como privilégio de classe
de gente bem
tem mais gente chegando perto de ter acesso
aos mesmos bens e serviços
a seus carros
aos aviões
aos estádios
ås universidades
metrô não que metrô é coisa de gentinha no entender dos vaiantes
tem mais gente chegando perto de sua bossalidade e ignorânciaos vaiantes em seu estertor espamódico
mostram-se esquizofrêncos e epilépticos morais
espumando com suas bocas tortas na tv
suas barrigas
suas chapinhas
seus stick lips para manter brilhante o botox labialos vaiantes sentiram-se eufóricos
pois não sabem distinguir um jogo de futebol
de uma eleição que sabem que o candidato deles perderá
pois confundem um jogo de futebol
com o carro alegre da história cheia de gente contente
que os atropela ou passa ao largo de sua falta de auto-estimaa história vai
os vaiantes ficam aguardando o challenger para se espatifar no ar junto com ele
os vaiantes adoram gran finale
sábado, 14 de junho de 2014
SERÁ QUE PODERÁ HAVER ALGUMA SABOTAGEM ?
Até o momento, dois dias do evento esportivo do mundo mais esperado, a Copa do Mundo no Brasil e diante do que se já se tem de informações tudo de
uma maneria geral corre tranquilo com um ou outro problema que é normal diante da magnitude desse
espetáculo do esporte mundial.
Como sabemos todos nós, aquilo que se divulgou por muito
"não vai ter copa" é ainda com certeza uma ameaça, ao bom desfecho dessa competição e não se
descarta algum ato de sabotagem por grupos fortes que são contra o evento, pois com certeza diante de algo nocivo que poderia ou até poder acontecer, não se pode deixar de pensar nessa hipótese pois
isso é comentado no artigo brilhante de EDUARDO GUIMARÃES, ao jornal 247, onde ele coloca com
rara propriedade esse temor, o qual coloco a disposição de todos vocês.
uma maneria geral corre tranquilo com um ou outro problema que é normal diante da magnitude desse
espetáculo do esporte mundial.
Como sabemos todos nós, aquilo que se divulgou por muito
"não vai ter copa" é ainda com certeza uma ameaça, ao bom desfecho dessa competição e não se
descarta algum ato de sabotagem por grupos fortes que são contra o evento, pois com certeza diante de algo nocivo que poderia ou até poder acontecer, não se pode deixar de pensar nessa hipótese pois
isso é comentado no artigo brilhante de EDUARDO GUIMARÃES, ao jornal 247, onde ele coloca com
rara propriedade esse temor, o qual coloco a disposição de todos vocês.
TENTATIVA DE SABOTAGEM DA COPA É QUESTÃO DE TEMPO
EDUARDO GUIMARÃES
Vencido o desafio da infraestrutura, cabe ao governo Dilma o segundo desafio, o da proteção do país contra atos – criminosos – de sabotagem, sem os quais o governo federal será reconhecido por ter organizado bem o evento
A esta altura, milhões de brasileiros já começam a se perguntar onde está o “caos” que a mídia, os partidos de oposição e os grupos organizados que promovem vandalismo diziam que sobreviria nos aeroportos, nas vias públicas e nos estádios quando os turistas estrangeiros começassem a chegar para a Copa de 2014.
No terceiro dia, tudo está funcionando. Nenhum problema relevante foi detectado. A falta do que criticar é tanta que as injúrias contra Dilma Rousseff na abertura do evento, em São Paulo, e a simplicidade da cerimônia de abertura se tornaram os alvos da mídia oposicionista.
Sobre os palavrões atirados contra a presidente da República, foram um tiro no pé. Até a grande mídia e a oposição, que de início se animaram com o que fez um grupelho de endinheirados que, da área “VIP” das arquibancadas, puxou o coro obsceno contra a presidente, tiveram que voltar atrás.
Aécio Neves, por exemplo, que inicialmente atribuiu as vaias à “arrogância” de Dilma e tentou faturar em cima dos insultos de que ela foi alvo, teve que mudar o discurso e passou a “condenar” a falta de civilidade do grupelho que puxou o coro insultante de apenas uma parte do público, conforme o vídeo abaixo deixa claro.
O desatino de grupelhos endinheirados e de adolescentes hipnotizados por partidos políticos espertalhões autoproclamados “de esquerda”, assim como a falta de confirmação do catastrofismo midiático, tudo isso tem potencial para causar reviravolta no quadro político. Aqui e ali, já se escuta que houve exagero nas previsões de que o Brasil iria “passar vergonha”.
A aposta no “caos”, porém, foi tão grande que, se nada acontecer para dar alguma razão aos grupos de mídia e aos partidos de esquerda e direita que vêm atacando a realização da Copa no Brasil, Dilma pode sair fortalecida do processo. E, dada a disposição oposicionista para tentar alterar artificialmente o resultado das eleições deste ano, dificilmente esses grupos ficarão parados assistindo isso acontecer.
Os protestos violentos, coordenados por partidos de esquerda, não estão causando o que seus autores acharam que causariam. Até porque, a violência fez esses grupos perderem muitos adeptos, de forma que não passaram de poucas centenas os que saíram à rua dispostos a barbarizar. E, surpreendentemente, até aqui a polícia ainda não cometeu grandes excessos.
Assim sendo, caso a Copa transcorra em tranquilidade, com tudo continuando a funcionar como tem funcionado até aqui, o efeito eleitoral do evento pode ser o oposto do que os grupos políticos sem votos e os grupos de mídia pretendiam. Ora, ninguém imagina que essa gente irá se conformar com isso.
Mas o que fazer? Para Dilma ser responsabilizada por algum problema este não pode decorrer de ações como a dos black blocs. Durante anos, os brasileiros foram bombardeados com a premissa de que iríamos “passar vergonha” por problemas organizacionais, mas como nada indica que isso deverá ocorrer não é difícil supor que possam tentar sabotagem.
Entre todas as possibilidades de sabotagem existentes, a que mais atiça os instintos primitivos desses energúmenos das ruas e dos “aquários” da mídia é a possibilidade de apagão. Um estádio lotado e às escuras, talvez até com queda de transmissão pela tevê, seria a “glória” para a direita e a extrema esquerda.
O caos energético é tão almejado pelos adversários de Dilma que nas redes sociais já há grupos propondo verdadeiras loucuras, como o da página no Facebook abaixo reproduzida
Apesar da cretinice e da inviabilidade dessa ideia de jerico, em um país deste tamanho, com milhares e milhares de quilômetros de linhas de transmissão, parece praticamente impossível evitar algum atentado que deixe alguma região sem luz.
Mas essa não é a única possibilidade de sabotagem. Há outras mais graves.
Recentemente, o perfil do blogueiro no Facebook recebeu mensagem privada em que o signatário, pedindo para não ser identificado, afirmou que deixou um dos grupos que planejam protestos contra a Copa por ter ficado assustado com propostas como a de um ataque a delegações estrangeiras.
Detalhe: a proposta era para o ataque ser violento, com uso de coquetéis molotov, o que, no limite, poderia até custar vidas.
Mas não é dos grupos isolados de militontos contrários à Copa que vem a maior preocupação, pois propostas malucas são comuns entre gente assim; levá-las a cabo é outra coisa.
O que preocupa são os grupos empresariais de mídia. Estes, estão prestes a se desmoralizar caso o evento transcorra sem maiores problemas. Grupelhos de adolescentes desmiolados podem ser contidos com certa facilidade, mas empresários poderosos têm mais recursos.
A Copa de 2014 pode deixar um saldo belíssimo para o país. A boa organização do evento pode projetar internacionalmente o Brasil. O orgulho dos brasileiros ao verem seu país sediar o maior evento esportivo do mundo e tudo dar certo seguramente terá efeitos eleitorais e, como todos sabem, o lado de lá está disposto a tudo para retomar o poder.
Vencido o desafio da infraestrutura, cabe ao governo Dilma o segundo desafio, o da proteção do país contra atos – criminosos – de sabotagem, sem os quais o governo federal será reconhecido por ter organizado bem o evento. Chega a ser inverossímil que não tentem sabotar. Subestimar essa possibilidade será um grande erro.
Digo aos que me dão a audiência a esse blog, que foi um dia triste
num ato de cerimônia de Copa do Mundo e mostrando sem sombras de
dúvida que temos muito que caminhar na tolerância e na civilidade em
nossos ditos comportamentos racionais.
Pensem nisso, enquanto, eu vos digo até amanhã.
sexta-feira, 13 de junho de 2014
A GROSSERIA DA ELITE BRANCA
No dia em que o Brasil dava o pontapé inicial para tentar
buscar o hexa, num lindo dia de quinta-feira, numa festa bonita de abertura de Copa do Mundo, foi
realmente uma grosseria e sem propósito a hostilidade animalesca da elite branca, pessoas que tem ou deveriam ter um comportamento civilizado de desportividade e convívio humano não tiveram.
Nem as pombinhas brancas não conseguiram desarmar os
corações brutos de pessoas que estavam ali, não para ver um jogo de Copa do Mundo, mas torcer
para o quanto pior melhor.
Juca Kfouri, jornalista de renome na imprensa retrata bem a vil atitude, a maior autoridade brasileira presente na tarde de quinta-feira no Itaquerão, a presidenta Dilma o qual repasso aos guris e gurias desse blog, o comportamento nojento de pessoas que foram a festa
da Copa, para torcer para dar tudo errado.
A seguir, as palavras do jornalista, Juca Kfouri e tirem vossas
conclusões desse episódio que mancha a civilidade nossa como brasileiros.
buscar o hexa, num lindo dia de quinta-feira, numa festa bonita de abertura de Copa do Mundo, foi
realmente uma grosseria e sem propósito a hostilidade animalesca da elite branca, pessoas que tem ou deveriam ter um comportamento civilizado de desportividade e convívio humano não tiveram.
Nem as pombinhas brancas não conseguiram desarmar os
corações brutos de pessoas que estavam ali, não para ver um jogo de Copa do Mundo, mas torcer
para o quanto pior melhor.
Juca Kfouri, jornalista de renome na imprensa retrata bem a vil atitude, a maior autoridade brasileira presente na tarde de quinta-feira no Itaquerão, a presidenta Dilma o qual repasso aos guris e gurias desse blog, o comportamento nojento de pessoas que foram a festa
da Copa, para torcer para dar tudo errado.
A seguir, as palavras do jornalista, Juca Kfouri e tirem vossas
conclusões desse episódio que mancha a civilidade nossa como brasileiros.
VAIAS A DILMA TÊM MESMO O PESO DADO PELOS JORNAIS?
Elas estão destacadas na Folha, no Estado de S. Paulo e no Globo, assim como o foram nos telejornais de ontem; partiram de ala Vip do Itaquerão e refletiram, apenas, o comportamento de manada dos estádios de futebol; provavelmente, teriam ocorrido contra qualquer outro presidente; na tarde de ontem, havia muito mais em jogo do que o comportamento de parte da torcida que começou a hostilizá-la perto da área de imprensa, como, por exemplo, o fato de o Itaquerão ter passado pelo teste de fogo e de o dia ter transcorrido sem protestos graves e com transporte de qualidade para os torcedores; do episódio da vaia, emerge uma única certeza: Folha, Estado e Globo fazem parte da torcida organizada anti-Dilma
13 DE JUNHO DE 2014 ÀS 06:21
247 - O que aconteceu de realmente importante na tarde de ontem, além, é claro, da vitória de 3 a 1 da seleção brasileira contra a Croácia? Em primeiro lugar, a Arena Corinthians, que despertava grande temor, passou bem pelo teste de fogo. Além disso, não houve problemas de deslocamento e os torcedores chegaram e saíram com facilidade, utilizando o transporte público. Para completar, não houve a temida greve dos metroviários e os protestos foram realizados por grupos minoritários. Em resumo, uma grande festa, onde a esperança venceu o medo de um eventual fracasso (leia mais aqui).
No entanto, o que mais foi destacado pelos jornais, na manhã seguinte, ou pelos telejornais de ontem? A vaia que partiu da ala Vip do estádio (leia aqui) e, em alguns momentos, foi dirigida à presidente Dilma, num grosseiro "ei, Dilma, vai tomar no c...". O que essa vaia significa? Praticamente nada. Expressa apenas a falta de educação e o comportamento de manada típico dos estádios de futebol, quando um pequeno grupo começa a gritar palavras de ordem, que rapidamente se alastram. Além disso, se fossem outros os presidentes, será que o mesmo não teria ocorrido?
A vaia, em si, foi um evento banal. A cobertura dos jornais e telejornais, nem tanto. Significa que Folha, Estado de S. Paulo e Globo, cujos colunistas falavam em "Copa do Medo" e "chuteiras sem pátria", fazem parte da torcida organizada anti-Dilma. E os torcedores que ali gritavam, gritavam por eles. Os Frias, os Mesquita e os Marinho.
Pensem nisso, enquanto eu vos digo até amanhã.
domingo, 8 de junho de 2014
O som da tortura, por Urariano Mota
O som da tortura, por Urariano Mota
dom, 08/06/2014 - 11:25 - Atualizado em 08/06/2014 - 11:27
Por Urariano Mota
Em mais de uma oportunidade já escrevi que podíamos escrever a história política do Brasil a partir do som da sua música popular. Assim foi, por exemplo, em páginas de Soledad no Recife, quando a ressurreição dos malditos anos da ditadura se fez sob a canção dos tropicalistas. Assim foi quando escrevi sobre Geraldo Vandré, sobre Chico Buarque, sobre Roberto Carlos.
Mas jamais poderia imaginar, e aqui mais uma vez a realidade supera o imaginado, que a música popular fosse usada do modo mais vil, como o noticiado na imprensa dos últimos dias: “Deputado Rubens Paiva foi torturado ao som de ‘Apesar de Você’, diz testemunha
A informação consta de um depoimento escrito pela professora Cecília Viveiros de Castro, que esteve presa nas mesmas instalações que Rubens Paiva. Cecília, então com 48 anos, foi detida ao voltar de uma visita ao filho, Luiz Rodolfo, exilado no Chile.
Com ela estava Marilene Corona Franco, cunhada de seu filho. As duas traziam cartas de outros exilados para suas famílias. No prédio da Aeronáutica, elas ouviram gritos de um preso que estava sendo interrogado. ‘Era a primeira vez que constatava a existência dos horrores da tortura, tão negados pelo governo’, diz.
Em depoimento anexado pelo Ministério Público à denúncia, Marilene Franco disse ter ouvido os gritos de Rubens Paiva, que era torturado em um salão ao lado de onde ela estava. Para abafar os gritos, um rádio foi ligado em alto volume. Tocava ‘Jesus Cristo’, de Roberto Carlos, e ‘Apesar de Você’, de Chico Buarque.”.
A notícia não informa, talvez em nome objetividade, que o deputado Rubens Paiva foi morto ao som de Roberto Carlos e Chico Buarque por diferentes razões, na escolha das músicas. Tentemos um esboço aqui. Chico Buarque, a partir da gradual saída de cena de Geraldo Vandré, veio a ser o valor maior de inconformismo e revolta musical contra a ditadura. Roberto Carlos, o Rei, veio na contramão, contrário à rebeldia política, em real estado de conformismo.
A militância contra a ditadura acompanhava a voz de Chico Buarque, cantava “Apesar de Você” nos bares, na rua, nos pontos de encontro, nas serestas, em documentos rodados em mimeógrafos:
“Hoje você é quem manda / Falou, tá falado / Não tem discussão. / A minha gente hoje anda / Falando de lado / E olhando pro chão, viu? / Você que inventou esse estado / E inventou de inventar / Toda a escuridão / Você que inventou o pecado / Esqueceu de inventar / O perdão. / Apesar de você / Amanhã há de ser / Outro dia…”
Enquanto a “maioria silenciosa”, nela incluídos os jovens mais alienados do mundo, os pequeno-burgueses que apenas queriam uma razão de se dar bem na vida, em lugar de uma razão de viver, acompanhavam Roberto Carlos na canção “Jesus Cristo! Jesus Cristo! / Jesus Cristo, eu estou aqui / Jesus Cristo! Jesus Cristo! / Jesus Cristo, eu estou aqui … / Quem poderá dizer o caminho certo / É você, meu Pai / Jesus Cristo! Jesus Cristo!….”
Deputado Rubens Paiva era torturado ao som de “Jesus Cristo”, de Roberto Carlos
[As razões dos torturadores que mataram um homem ao som desses dois compositores, com extrema perversidade, não cabem no samba curto de um artigo. As pessoas nascidas nos últimos anos não sabem que no tempo da ditadura a música era também uma realização política, era uma concreção, o mais próximo de uma arma possível. O seu lugar na vida e no imaginário da juventude rebelde era um ato inalienável de combate.
A militância contra a ditadura buscava a música de Chico Buarque à semelhança de um viciado que procura oxigênio, urgente. Isso, se aliviava, deixava em seu próprio alívio a ferida mais aberta. Até onde a memória alcança, lembro que nos momentos em que ouvíamos Chico a alegria não tinha morada. E dividam comigo por favor a dúvida, não sei se isso vinha da própria natureza da sua composição ou das circunstâncias, do tempo miserável da ditadura militar em que vivíamos. Pois a música de Chico era uma expressão da nossa asfixia.
Por ironia, a música de Roberto Carlos acabou por ser uma das mais representativas desses anos. O Rei não foi apenas o homem livre que somente fazia o que o regime mandava. Não. Roberto Carlos foi capaz de compor pérolas que realçavam o mundo ordenado pelo regime. Entre outras, o Rei compôs a canção que era um hino, um gospel de corações vazios, um som sem fúria de negros norte-americanos. O Rei orou “Jesus Cristo, eu estou aqui”.
É uma perversa vitória do real que esse crime expresse tão cruel o valor da música popular no Brasil. Com Roberto Carlos, Rubens Paiva e Chico Buarque numa associação que os três não queriam.
Pensem nisso enquanto eu vos digo até amanhã.
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